TÍTULO: CAMPANHA CONTRA O CRACK NAS AULAS DE QUÍMICA ORGÂNICA

AUTORES: Nascimento, F.G. (UFAC)

RESUMO: O crack tem sido cada vez mais utilizado, não só por pessoas de baixo poder aquisitvo, mas, de classes média e alta. É um problema que vem se alastrando por todo o Brasil. A Química constitui-se uma ferramenta capaz de possibilitar a tomada de decisão e a formação de um cidadão capaz de dizer não às drogas.O presente trabalho visa, então, contribuir com essa formação através de uma intervensão feita no 3º ano do Ensino Médio. Esta foi desenvolvida em três etapas: a primeira compreendeu na sensibilização feita através da leitura de reportagem sobre o crack e a identificação das prinicpais funções orgânicas presentes nas drogas citadas no texto lido; a segunda compreendeu a produção de texto dissertativo sobre as drogas; e por fim, foi feita uma campanha contra o crack em rede social.

PALAVRAS CHAVES: FUNÇÕES ORGÂNICAS; DROGAS; SOCIEDADE

INTRODUÇÃO: Nossos jovens estão cada vez mais conectados. Não é mais uma escolha da escola fazer parte dessa conexão, é uma realidade da qual não se pode fugir. Nesse contexto, destacamos a importância do uso de uma ferramenta altamente difundida entre esse público para dinamizar as aulas de Química e associar esse procedimento à necessidade que a sociedade tem de atingir mais jovens e adolescentes no tocante às drogas. Segundo SILVA & WATANABE (2011) a educação visa formar cidadãos críticos e com isso, ela está assumindo seu verdadeiro papel na sociedade, é nesse momento, que a química enquanto ciência contribui para o desenvolvimento social e contribui na formação de indivíduos capazes de intervir no meio em que vivem. De acordo com os PCN (2000, p.116), ”a Química pode ser um instrumento da formação humana, que amplia os horizontes culturais e a autonomia, no exercício da cidadania [...]”.Baseado no que foi exposto, o trabalho em questão diferencia-se, pois, atende à uma demanda pública que é o combate às drogas; contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao Enem, além de identificar as prinicpais funções orgânicas presentes nas drogas apresentadas na reportagem. Segundo MELLO (2011), entender textos é condição fundamental para o exercício profissional, para o exercício da cidadania e, sobretudo, para a aquisição de autonomia de aprendizado. Com a análise desse tipo de texto - reportagem, pode-se então, além de dinamizar as aulas,trabalhar os conceitos em Química Orgânica e propiciar oportunidades aos jovens de analisar e escolher o que é melhor para si e para os amigos, pois foi possibilitado a oportunidade de compartilhar essa idéia em rede social.

MATERIAL E MÉTODOS: Primeiramente, foram selecionados texto de jornais, revistas que contenha reportagens sobre fatos atuais entre eles, ciência e tecnologia; meio ambiente; fontes de energia; aquecimento global e suas consequências. Estes textos foram colocados no mural do professor e permitido o acesso aos alunos que foram levados à sala de informática para acessar à rede social. Após lida a informação, os alunos teriam que comentar e compartilhar a reportagem sobre o Crack com seus “amigos”. Ao final dos debates, cada aluno buscou na internet as estruturas dos principais componentes químicos de cada droga citada na reportagem; desenhou em seu caderno e identificou as funções orgânicas. Também aproveitou-se para escrever as fórmulas e as massas moleculares. Como etapa final,produziu-se uma redação sobre o tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na primeira etapa, onde os alunos teriam que ler a reportagem e comentar, notou-se a preocupação e necessidade de conhecer um pouco mais sobre o assunto, é o que afirma SANTOS & SCHNETZLER (2011) que a Química possibilita ao aluno a oportunidade de intervir diretamente no meio em que vive e capaz de mudar a própria forma de viver. No momento em que foi pedido para produzir os textos, surgiram as dificuldades em organizar as idéias nos padrões do ENEM. O auxílio veio nas aulas de redação, onde eles puderam compreender um pouco mais sobre a estruturação dos textos. Por fim, o mais esperado: o momento de entrar na rede social e compartilhar o não às drogas. Houve uma euforia, pois, não imaginavam que teriam uma aula de Química usando o faceboock. Rapidamente trataram de ler a reportagem novamente, ver a animação incluída e, em seguida,comentaram e compartilharam a informação recebida. Foi postado: "ei cara, droga não é coisa de gente inteligente, se liga..."; " não perca essa; saia das drogas"... "leia a reportagem sobre as drogas...". Na etapa em que tinham que identificar as funções orgânicas, eles pesquisaram na internet as estruturas dos principais ccomponentes da LSD, da cocaína, da maconha; desenharam no caderno e marcaram as funções e apresentaram em sala de aula. Aproveitamos para escrever a fórmula e caucular a massa molecular e assim desenvolver o conteúdo específico de maneira mais completa.

CONCLUSÕES: O presente trabalho não teve a intenção de apresentar uma receita de como melhorar as aulas de Química, mas, trazer à tona a necessidade do uso de novas metodologias para melhorar o apresndizado das funções orgânicas e a sensibilização no tocante às drogas. O uso de reportagens de revistas semanais possibilitaram o desenvolvimento da leitura e escrita fundamentais a todas as disciplinas do currículo do Ensino Médio.Já o uso de redes sociais possibilitou a aproximação do professor ao aluno, pois, houve o uso de uma linguagem Usiversal - a tecnologia para a construção do conhecimento.

AGRADECIMENTOS: À Coordenação pedagógica pelo empenho para que tudo desse certo e aos alunos: o motivo da nossa existência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMARAL, Acleto. Química. 1°ano.-- Tatuí, SP: Casa Publicadora do Brasil, 2009. MELO. Adriano Alves. Interpretação de textos. V1, 2. 2ª Ed.. Fortaleza: Sistema Ari de Sá de Ensino – Coleção Integrada para o ENEM, 2011. http://veja.abril.com.br/noticia/saude/crack-avanca-na-classe-media-e-entra-na-agenda-politica.