TÍTULO: ESPECTROMETRIA: UMA VISÃO DIDÁTICA

AUTORES: Nunes, M.I.G. (IFAL) ; Cordeiro, W.L. (IFAL) ; Mesias, V.B. (IFAL) ; Lima, D.M. (IFAL)

RESUMO: Este trabalho foi elaborado numa perspectiva proposta na disciplina de Projetos Integradores III, no curso de Licenciatura em Química, do Instituto Federal de Educação de Alagoas. Foi apresentado um seminário numa turma do ensino médio, do referido Instituto, sobre a espectrometria associando ao cotidiano, onde foi possível perceber que uma das dificuldades sobre a compreensão deste assunto de química está relacionada, muitas vezes, a falta da correlação na sua aplicabilidade no dia a dia. A proposta foi explanar este assunto levando notícias reais e úteis que tratam do assunto a fim de despertar o interesse e expor a importância dos conhecimentos de química aos alunos. Acredita-se que esta atividade despertou o interesse dos licenciandos em buscar novas metodologias de ensino.

PALAVRAS CHAVES: Espectrometria; Cotidiano; Importância da química

INTRODUÇÃO: Visto que a espectrometria é um dos assuntos presente no currículo escolar do ensino médio e, geralmente, apresentado como subtema que vem explicar o modelo atômico de Bohr e, que devido a isso é pouco explorado, tanto por alunos como professores, foi intenção deste trabalho evidenciar a importância do referido tema para a compreensão dos princípios que regem o estudo do átomo referente a radiação benéfica e maléfica, fazendo um comparativo com jornais, revistas, por exemplo, onde conste reportagem e/ou notícias onde relatem radiações por usinas nucleares, raios UV, infravermelho. Em outras palavras, à medida que o assunto foi sendo ministrado, evidenciou-se a importância desse estudo para a compreensão de assuntos da atualidade. Considerando que o estudo da espectrometria é de natureza abstrata, foi proposto o desafio de explanar sobre suas ocorrências no cotidiano, bem como proporcionar uma visão facilitadora da aprendizagem sobre o tema. Acredita-se, portanto, que o presente trabalho contribuiu significativamente para atuação docente, motivando os futuros professores em química a correlacionar os assuntos tratados em sala de aula à realidade contemporânea na qual a escola está inserida.

MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo onde, inicialmente, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre a espectrometria, bem como sobre a atuação docente no ensino médio a fim de fundamentar a apresentação do seminário. Além disso, foi elaborado um jornalzinho ilustrativo sobre a espectrometria, entregue no momento do seminário, com reportagens e notícias do histórico com o objetivo de facilitar a compreensão dos alunos a respeito do tema proposto. A coleta de dados in lócus foi realizada após a apresentação do seminário, com a aplicação de um questionário semi - aberto a todos os participantes presentes para avaliar na ótica discente a atuação de campo dos licenciandos em química. Os dados coletados foram tratados e tabulados de forma qualitativa, juntamente com as informações observadas e anotadas durante o seminário.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Iniciamos dando um breve panorama histórico dos modelos atômicos (Thomson, Rutheford), até chegar ao modelo de Bohr onde a espectrometria é explanada. O tema foi aprofundado dando ênfase aos fundamentos teóricos do mesmo, fazendo, simultaneamente, a correlação com o cotidiano ilustrado no jornalzinho entregue durante a prática do seminário. Com a aplicação do questionário semi-aberto, pode-se verificar a visão dos discentes, assim como o nível de compreensão expresso por eles sobre o referido tema. Estavam presentes 16 (dezesseis) alunos onde 62,5% eram do sexo masculino e 37,5% do sexo feminino, cujo 68,75% do total de alunos, possuem faixa etária entre 15 a 17 anos. Do total de participantes do sexo feminino aproximadamente 66% afirmam que gostam de química e 80% dos do sexo masculino. Pode-se observar, que do total de participantes, os que afirmaram não gostarem da disciplina, 25% justificaram que possuem mais afinidade com “as matérias das exatas”, o que é contraditório, visto que a química, mais evidenciado no nível superior, é considerada um curso das áreas das exatas. Quando questionados sobre qual (is) a (s) dificuldade (s) nos assuntos de Química, 6,25% indicaram tanto a didática do professor, quanto não terem afinidade com a disciplina por quaisquer outros assuntos. Tendo 37,5% que apenas não possuem afinidade com a disciplina; 31,25% apontam a didática utilizada pelo professor e 31,25% não conseguem correlacionar com o cotidiano. Foi perguntado sobre a didática utilizada na apresentação do seminário, se o mesmo havia favorecido a aprendizagem do tema proposto e, 100% dos alunos afirmaram que correlacionando com o cotidiano, o tema fica mais fácil de ser assimilado, pois visualizar sua aplicabilidade fixa e facilita a compreensão do mesmo. Em relação

CONCLUSÕES: Podemos perceber que, sobre os assuntos de química, uma das maiores dificuldades apontadas pelos discentes que prejudica a compreensão, vem a ser a visualização da aplicabilidade dos temas no cotidiano, bem como a própria metodologia de trabalho dos professores que não enfatizam esta correlação. Entendemos que nosso maior desafio é ministrar nossas aulas de forma didática com o intuito de facilitar a aprendizagem aos alunos em nosss futura atuação docente, o que vai requerer busca contínua de novas formas didáticas e pedagógicas de ensino.

AGRADECIMENTOS: Ao IFAl pela oportunidade ofertada. A nossa orientadora por acreditar em nossos esforços.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: EGA, 1996. KUENZER, A. Ensino médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2009. LEE, J.D. Química inorgânica não tão concisa. 5ª ed. São Paulo: Blucher, 2011. MORTIMER, E. F. MACHADO, A. H. Química, volume único: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005. NOVAIS, V. L. D. Química 3: estrutura da matéria e química orgânica. São Paulo: Atual, 1933.