11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: Química dos Contos: o teatro como ferramenta de expressão própria e grupal

AUTORES: Santos, J.C.S. (IF-SERTÃO) ; Barbosa, D.M.N. (IF-SERTÃO) ; Silva, H.E.O. (IF-SERTÃO) ; Sá, K.D.M. (IF-SERTÃO) ; Teixeira, D.V.B. (IF-SERTÃO) ; Silva, H.C. (IF-SERTÃO)

RESUMO: Este projeto buscou trabalhar conteúdos químicos através da metodologia do teatro, uma vez que o mesmo pode tornar a Química mais atraente aos olhos dos alunos, possibilitando ao professor disseminar o conhecimento de forma mais dinâmica e critica, levando em conta como os discentes se expressam diante da Química, relacionando suas ocorrências e transformações. O trabalho proporcionou o aprendizado significativo em um momento de lazer, aos atores e aos espectadores que o estavam assistindo, sem a obrigação de estar em uma sala de aula para que isso ocorresse.

PALAVRAS CHAVES: Teatro; Metodologia; Aprendizado significativo

INTRODUÇÃO: O teatro pode tornar a Química mais atraente aos olhos dos alunos,possibilitando ao professor avaliar o aluno de uma forma mais dinâmica e critica, levando em conta como os alunos se expressam diante da Química. O teatro tem todas as potencialidades para ser encarado como um veículo transmissor de conceitos científicos, através do qual a aprendizagem é feita de uma forma simples, lúdica e agradável. Para, além disso, o teatro, se levado a cabo nas escolas, possibilita o desenvolvimento pessoal, permite ampliar o espírito crítico e o exercício da cidadania.”(Montenegro et. al., 2005). As artes cênicas como ferramenta de aprendizado é uma prática pouco usada em escolas públicas principalmente ao relacioná-la com conceitos científicos, como química, física e biologia que geralmente são ministradas de forma tradicional sem a preocupação de relacionar com o contexto social. A Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e como construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade.( BRASIL, 2002) O projeto “Química dos Contos: o teatro como ferramenta de expressão própria e grupal” buscou oferecer aulas diferentes e atrativas, fugindo do ensino tradicional aplicando os conteúdos vivenciados em sala de aula a uma peça teatral, tendo como titulo “Química dos Contos”. Pretendeu-se através dessa metodologia uma superação do atual ensino praticado, proporcionando o acesso aos conhecimentos químicos, fora da rotina diária da sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS: O projeto foi conduzido na Escola Estadual de Referência em Ensino Médio Capitão Nestor Valgueiro de Carvalho, no município de Floresta – PE com alunos do 1º ano do ensino médio “B”, por bolsistas PIBID do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano – Campus Floresta. O roteiro da peça foi elaborado pelos bolsistas PIBID, sendo incluído no contexto da mesma, conteúdos já vivenciados na sala de aula no intuito de reforçar os conhecimentos adquiridos. A peça Química dos Contos fala de uma estória que se passa no Reino Periódico, a mesma relata um romance proibido vivido por Criptônia (Julieta), filha do rei Radônio e rainha Xenônia, da família Nobre do Reino Periódico, e o plebeu Lítio (Romeu) da família Alcalina. O Lítio perdeu seus pais (Potássio e Rubídia) recentemente em uma reação violenta, durante uma enchente, só lhe restou seu irmão adotivo Hidrogênio. Eles tentaram de tudo para viver esse amor, que infelizmente devido suas propriedades químicas será totalmente impossível. Além dos obstáculos químicos, em seu caminho há uma bruxa (Fluorinda) que pertence à segunda família mais rica de elétrons na última camada de valência, a Família Halogênio, e que por não aceitar possuir apenas sete elétrons em sua última camada, guarda um ódio muito grande pela família Nobre. Ela planeja descontar todo seu ódio na filha do rei, que além de pertencer à família Nobre, gosta do mesmo elemento que ela. A Bruxa vê no Lítio a oportunidade de se tornar estável possuindo seu tão sonhado octeto. O nome Química dos Contos vem da mistura de cenas de alguns contos vivenciados durante a peça como: Branca de Neve e Rapunzel, porém, o corpo da peça se assemelha ao romance de Willian Shakepeare, Romeu e Julieta. Nos diálogos

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A peça teatral Química dos Contos teve o roteiro preparado pelos bolsistas do PIBID o qual foi protagonizado por alguns discentes da turma do 1º ano “B” do ensino médio, os mesmos já haviam estudado o conteúdo envolvido na peça como: Tabela periódica, as propriedades dos elementos químicos, tipos de ligações e reações químicas. O teatro serviu como um recurso para reforçar a aprendizagem dos conteúdos abordados. O trabalho contou com a participação de todos os alunos da turma, alguns na atuação e os demais foram designados a efetuar tarefas no intuito de ajudar na ornamentação, figurino e sugestões para a peça, já que o tema deixa à margem a inclusão de vários personagens, por a mesma se tratar de uma mistura de contos, ou seja, todos se envolveram participando ativamente estando ou não dentre os protagonistas. Sendo assim, segundo Rosseto: Ao proporcionar ao aluno o papel de espectador, tanto em espetáculos teatrais quanto nas encenações realizadas pelos colegas de turma, o professor deve promover a reflexão dos diferentes olhares. Nessa proposta pedagógica, o receptor deixa de ser um mero espectador passivo e passa a atuar como agente ativo da obra artística. A peça teatral foi vivenciada na quadra poliesportiva da Escola de Referencia Capitão Nestor Valgueiro, sendo uma das atrações no evento realizado no Primeiro Festival de Saberes Interdisciplinares em Dezembro de 2012, com um tempo de 40 minutos, a mesma contou com a participação de Discentes e Docentes da Escola, num total aproximado de 400 pessoas.

CONCLUSÕES: Durante as fases do trabalho todos os alunos sejam protagonistas ou não, colaboraram direta ou indiretamente para o sucesso do mesmo, onde cada um pode não só aprender, como também acrescentar coisas novas através da participação grupal e individual. Pode-se perceber que todos os envolvidos na peça estavam totalmente seguros dos conteúdos e de suas falas, o que possibilitou uma melhor apreciação da mesma por parte dos espectadores, que além de apreciar um momento cultural oferecido pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio adquiriram também conhecimentos químicos de grande importância para formação intelectual de cada um que estavam presentes.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Deus, a nossa família,ao Instituto Federal do Sertão PE, a Escola Capitão Nestor Valgueiro de Carvalho, a CAPES e ao PIBID.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Referências: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, Brasília, 2008.
ROSSETO, Robson. Jogos e improvisação teatral.
MONTENEGRO, Betânia. O papel do teatro na divulgação científica: A experiência da Seara da Ciência. Disponível em: http://lapeffs.googlepages.com/F758_p_31a32_Opapeldoteatronadivulga.pdf. Acessado em: 05 de Abril de 2013 as 15:35