11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DE QUÍMICA DO IFAL-MD “UMA VISÃO EXPLORATÓRIA DO ALUNO MONITOR”

AUTORES: Oliveira, L.C.F. (IFAL) ; Júnior, J.G.S. (IFAL) ; Freitas, J.D. (IFAL) ; Freitas, A.J.D. (IFAL) ; Freitas, M.L. (IFAL) ; Lemos, D.L.P. (IFAL) ; Eleutério, E.R.S. (IFAL) ; Ferreira, L. (IFAL)

RESUMO: Tendo em vista a grande dificuldade encontrada pelos alunos - não só do Instituto Federal de Alagoas, mas também de outras instituições referentes ao ensino médio no aprendizado da disciplina química especificamente, proveniente de uma série de deficiências desencadeadas em nosso estado já no ensino fundamental, a monitoria se apresenta com o propósito de vencer essa barreira existente no ensino de tal disciplina. Em dois anos de atuação obtivemos aprovações seguidas nas Olimpíadas Alagoanas de Química. Vale ressaltar que dos vinte primeiros colocados nesta Olimpíada foram classificados para a etapa Norte-Nordeste e Brasileira das Olimpíadas de Química.

PALAVRAS CHAVES: Educação; Monitoria de Química; IFAL

INTRODUÇÃO: Há uma visível carência de professores de ensino médio e fundamental em todo o estado, o que pode ser comprovado pelas elevadas contratações de professores temporários muitos destes se quer com formação superior. O que acaba gerando um défice no aprendizado dos alunos. Diante da análise desta situação, verifica-se uma série de dados que só podem ser melhorados com investimentos na área social e na educação. Sendo assim, a importância da monitoria de química no ensino e no aprendizado é fundamentada à medida que, esta propicia aos acadêmicos um maior grau de interação com as atividades didáticas, utilizando-se de meios alternativos que visem facilitar a difusão do conhecimento, promovendo assim, a tão importante “troca de conhecimento” que é de suma importância para o desenvolvimento da educação. Além disto, não podemos deixar de salientar a grande influência da monitoria na descoberta de novos talentos à docência na referida disciplina. Deste modo, monitoria precisa ser compreendida como uma ferramenta alternativa que intervém no que diz respeito tanto ao corpo docente como discente, visto que a monitoria só acontece quando existe esta interação entre professores/alunos e alunos/alunos (SILVA et al., 2012).

MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente, em harmonia com as políticas de ensino do Instituto Federal de Alagoas, foi realizado o processo seletivo dos monitores da disciplina de Química. O processo se deu em duas etapas como demanda o edital: uma prova escrita de caráter eliminatório e uma entrevista oral de caráter classificatório. Onde obtivemos o preenchimento das duas vagas ofertadas pelo campus. Muito interessantemente, em meio a vários estímulos por parte dos professores de tal disciplina e resultados obtidos ao longo de dois anos, mais três vagas foram ocupadas por monitores voluntários, totalizando a equipe de cinco monitores da disciplina de Química inicialmente. Isso já caracterizava uma mudança bastante significativa no antigo modelo de monitoria onde havia apenas um monitor para cada horário letivo. Vale salientar a importância da monitoria voluntária, onde caracteriza o valor que tem a participação efetiva do aluno na monitoria. Os alunos eram orientados pelo menos uma vez por semana pelos professores da disciplina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Logo após alguns meses de atuação, a monitoria de química conseguiu passar confiança e ter a credibilidade por parte dos alunos, mostrando-lhes que a melhor forma de vencer as deficiências é praticando e revelando a verdadeira face da ciência. Foi nítido o salto no interesse e consequentemente no rendimento dos alunos que frequentaram a monitoria. Não demorou muito para surgirem novos interessados a compor a equipe de monitores de química do IFAL- MD, o que desencadeou a ampliação em mais duas vagas para monitores bolsistas no campus. Além disto, não podemos esquecer a suma importância e influência que a monitoria descreveu na vida de cada monitor, uma vez que tivemos vários exemplos de sucesso em olimpíadas de química, e até mesmo no ingresso a um curso superior, em sua grande maioria voltada para área de Exatas. Quatro monitores do IFAL-MD foram agraciados com aprovação nos cursos de Química, Engenharia Química e Física Licenciatura da UFAL em 2013. Além disto, uma de nossas monitoras continua sendo aluna do quarto ano do subsequente e foi mais uma vez medalhista nas Olimpíadas Alagoana de Química 2013. Onde ocupa lugar de destaque no estado, medalhista de bronze ficando entre os dez estudantes classificados para as Olimpíadas Norte Nordeste e Brasileira em Química. No que diz respeito ao qualitativo foi verificado que no decorrer do ano letivo o rendimento escolar dos alunos tanto em Química quanto em outras disciplinas do itinerário formativo, os alunos que frequentam a monitoria são recompensados por seus esforços com aprovação antes do final do ano letivo, reduzindo assim, problemas de reprovação e evasão escolar.

CONCLUSÕES: Difundir a ciência em meio a uma série de deficiências encaradas por nossa sociedade não é uma tarefa fácil. Entretanto, uma vez firmado o compromisso entre pessoas que levem a educação a sério e pessoas que estejam dispostas a fazer a diferença em meio a todas as dificuldades, está-se dando o primeiro e grande passo para uma série de mudanças que refletem no desenvolvimento acadêmico e pessoal do aluno, do monitor, do professor e sem sobra de dúvidas, na sociedade. É notável o grande avanço que houve na instituição desde que se iniciou o projeto Monitoria de Química.

AGRADECIMENTOS: PROEX/IFAL-MD

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LIMA, Mônica, No ensino, Alagoas tem o pior desempenho do País. Disponível em:<http://www.ojornalweb.com, acessado em 08/12/2012. www.ibge.gov.br, acessado em 09/11/2012.
SILVA, M. G. F. ; LOPES, A. C. ; SANTOS, L. M. . Monitoria como processo de ensino-aprendizagem e formação de futuros professores de química. In: III SINECT - Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, 2012, Ponta Grossa. III SINECT, 2012.