11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: APLICAÇÃO DA CROMATOGRAFIA EM PAPEL NA SEPARAÇÃO DE CORANTES EM CHICLETES BOLAS: um experimento para ser realizado na sala de aula

AUTORES: Paz, C.C. (IFPI) ; Paz, G.M. (IFPI)

RESUMO: A extração e a cromatografia são técnicas simples que podem ser utilizadas na sala de aula, que trabalham os conceitos de separação de misturas, solubilidade e polaridade abordados no ensino de química. Com isso o trabalho tem como objetivo a separação de corantes artificiais de chicletes bolas e aplicação em cromatografia, para isto realizou-se um métodos simples de extração de corantes artificiais dos chicletes bolas, com materiais alternativos de fácil acesso, como vinagre, amônia e sal de cozinha. E posteriormente realizou-se a aplicação em cromatografia em papel dos corantes extraídos, observando dessa forma o comportamento que eles apresentam, em função das suas características químicas.

PALAVRAS CHAVES: extração; corantes artificiais; cromatografia

INTRODUÇÃO: Para Constantino et. al. (2004),a extração com solventes, é um processo que fazemos uso das diferenças de solubilidade das substâncias, nos vários solventes,para separá-las umas das outras.Na extração de misturas sólidas, quando o material solúvel se dissolve rapidamente no solvente, o processo é executado tratando o sólido com o solvente,agitando e filtrando.O processo de separação da CCD está fundamentado, principalmente, no fenômeno de adsorção.Está técnica pode ser utilizado como um método quantitativo de análise, diretamente sobre a camada adsorvente ou retirando-se da placa a área que contenha a substância que é então eluída e quantificada (COLLINS et. al. 2006).A cromatografia em papel (CP),é um método físico-químico de separação dos componentes de uma mistura,em função do deslocamento diferencial de solutos arrastados por uma fase móvel, sendo retidos seletivamente por uma fase estacionária líquida.É frequentemente relacionada a cromatografia em camada delgada. As técnicas experimentais são semelhantes a CDD. É considerada, comumente, uma técnica de partição líquido-líquido e não sólido-líquido (AQUINO NETO et. al. 2003).Com isso o presente trabalho tem como objetivo a extração de corantes artificiais em chicletes bolas e aplicação da cromatografia em papel na separação dos corantes.

MATERIAL E MÉTODOS: Na extração do corante de chiclete bola utilizou-se materiais alternarivos como; sal de cozinha(NaCl),amônia comercial, fio de lã, chicletes bolas e vinagre. Para a extração,colocou-se em tubos de ensaio diferentes cada bola de chiclete em cores diferentes( vermelha, rosa, amarela e laranja),adicionou-se vinagre em uma quantidade suficiente para cobrir os chicletes,aqueceu-se os tubos em banho- maria até a camada branca dissolver-se e os doces ficarem brancos,tranferiu-se as soluções para outros tubos,colocou-se um fio de lã e 3 mL de vinagre em cada um,levou-se os tubos para aquecer até que a solução ficasse branca e o fio de lã da cor do corante,esfriou-se a solução,colocou-se o fio de lã em outro tubo de ensaio e adicionou-se 5 mL de amônia comercial,testou-se a solução com papel de tornassol para verificar se a mesma estava básica,aqueceu-se a lã com a solução por aproximadamente 20 minutos,para evaporar suavemente o solvente e concentrar o corante.Na cromatografia utilizou-se um copo de vidro como cuba, a solução de NaCl a 5% como fase movel,e a placa cromatografica foi feita com papel filtro.Aplicou-se os pontos com um palito de dente,sendo utilizado um palito para cada corante, removeu-se a placa cromatografica da cuba,após a migração dos corantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na extração do corante de chicletes bolas a utilização da lã deve-se ao fato desta possuir propriedades polares que fazem com que corantes,principalmente os artificiais,sejam retidos preferencialmente nesse material. Para depois ser removido com a amônia uma substância básica.Com a cromatografia é possível que cada um dos corantes apresente uma migração sobre o papel filtro (fase estacionária).No momento em que a fase móvel se desloca de maneira ascendente sobre o papel,há processos de interações intermoleculares entre os componentes em análise,os corantes e as duas outras substâncias:a fase móvel (solução de NaCl a 5%) e a fase estacionária (celulose, rica em grupos hidroxilas –OH terminais).A migração do corante que apresenta uma maior polaridade ocorrerá mais lentamente se comparada à de um outro que apresente uma polaridade menor. Isto ocorre porque a fase estacionária apresenta diversos grupos polares que atraem as moléculas polares, dificultando assim sua migração na direção da fase móvel (FRACETO; LIMA). Na cromatografia em papel houve a migração de todos os corantes para o topo do papel cromatográfico, isso foi observado apenas com a revelação usando iodo, impossibilitando o cálculo do fator de retenção de cada um deles.

CONCLUSÕES: A extração e cromatografia de corantes artificiais pode também ser realizada com diversos doces que fazem parte do cotidiano do aluno.E com a utilização total de materiais alternativos,no lugar das vidrarias de laboratório pode ser utilizado materiais alternativos que substitua essas vidrarias,como garrafa pet,copos de vidro, pires, etc.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AQUINO NETO, Francisco Radler de. et. al. Cromatografia: princípios básicos e técnicas afins. Rio de Janeiro: Interciência, 2003.COLLINS, Carol H. et. al. Fundamentos de cromatografia. Campinas, SP: Unicamp, 2006.CONSTANTINO, Mauricio Gomes. et. al. Fundamentos de Química Experimental. São Paulo: USP,2004.FRACETO, Leonardo Fernandes; LIMA, Silvio Luís Toleto de. Aplicação da Cromatografia em Papel na separação de corantes em Pastilhas de Chocolate. Química Nova na Escola. nº 18, novembro 2003.PAVIA, Donald L. et. al. Química orgânica experimental: técnicas de escala pequena. Porto Alegre: Bookman, 2009.