11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: Plantas medicinais e a interdisciplinaridade entre a Biologia e a Química

AUTORES: Evangelista, S.R. (INSTIT. FED. DE EDUC. CIÊNCIA E TECN. DO PIAUÍ) ; Medeiros, E.C.N. (INSTIT. FED. DE EDUC. CIÊNCIA E TECN. DO PIAUÍ)

RESUMO: As plantas medicinais são aquelas usadas no tratamento de doenças e que têm pelo menos um princípio ativo, ou seja, uma substância responsável pelo efeito curativo. São utilizadas na fabricação de remédios industrializados depois que suas ações farmacológicas são realmente comprovadas pela presença de “fitofármacos” ou princípio ativo. O estudo químico da planta é feito para a identificação das substâncias que são os princípios ativos do vegetal. Um método bastante usado é a cromatografia. A identificação da estrutura química é obtida por métodos espectroscópicos. Os objetivos foram implantar uma horta de plantas medicinais no Liceu Piauiense, cuidar das mudas, conscientizando-se sobre a importância da preservação, e perceber a interdisciplinaridade entre a Biologia e a Química.

PALAVRAS CHAVES: Plantas medicinais; Preservação; Interdisciplinaridade

INTRODUÇÃO: Os objetivos deste trabalho foram apresentar várias plantas medicinais usadas em Teresina (PI) para a comunidade escolar do Liceu Piauiense, implantar uma horta, cuidar das mudas diariamente, regando, tirando ervas daninhas e protegendo-as da temperatura excessiva da luz solar, conscientizando-se sobre a importância da preservação, preparar uma cartilha sobre as plantas a partir de informações colhidas também no núcleo familiar dos estudantes, perceber a interdisciplinaridade entre a Biologia e a Química.

MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho iniciou com discussões em sala de aula ou no laboratório de ciências do Liceu, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto Federal do Piauí, sobre plantas medicinais na disciplina de Biologia. A partir de então foi desenvolvido com a escolha e limpeza da área para implantar a horta, coleta de mudas, plantação e manutenção diária. Na sequência, partiu-se para a confecção da cartilha informativa/formativa sobre as mudas de plantas deste projeto inovador em Escola Pública de Teresina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O interesse dos alunos pelas plantas medicinais pode ser percebido quando se dispuseram a cuidar da horta destas plantas e pelos questionamentos feitos a respeito das plantas e sua forma de uso, especialmente na forma de chá. Chama-se de chá os preparados de partes de plantas que usam a água como agente extrator. Podem se as infusões e as decocções. A infusão chá que é preparado esquentando-se a água até ponto de fervura, verte-se sobre a planta e esta fica em repouso e coberta para preservar o princípio ativo. Já a decocção, é o chá preparado com partes da planta fervidas junto com a água por alguns minutos. Geralmente são utilizadas partes diversas da planta: raízes, folhas, cascas do caule, flores e frutos moídos (Brandão, 2009; Brandão et al., 2011). Alguns benefícios dos chás são: efeito estimulante; combate o envelhecimento das células; reduz risco de câncer; reduz risco de doença do coração, e controla a pressão arterial (Brandão, 2009; Brandão et al., 2011). Testes fitoquímicos podem ser realizados no laboratório de ensino de ciências, usando metodologias bem aceitas na comunidade científica, para a identificação de metabólitos secundários, tais como flavonóides, óleos essenciais, saponinas e taninos (Matos, 2009). Os flavonoides, por exemplo, são os pigmentos amarelos muito presente nas plantas medicinais, funcionam como antioxidantes nos humanos, protegendo a célula dos radicais livres, que são os desencadeadores de várias doenças, dentre elas o câncer. Utilizar as estruturas dos metabólitos existentes nas plantas, como os flavonóides ou alcaloides, para revisar e ampliar o conhecimento sobre as funções da química orgânica torna-se viável neste projeto.

CONCLUSÕES: Os flavonoides, por exemplo, são os pigmentos amarelos muito presente nas plantas medicinais, em frutas e outros alimentos, funcionam como antioxidantes nos humanos, protegendo a célula dos radicais livres, que são os desencadeadores de várias doenças, dentre elas o câncer. Utilizar as estruturas dos metabólitos como os flavonóides ou alcaloides, para revisar e ampliar o conhecimento sobre as funções da química orgânica tornou-se viável com este projeto. Chamou-se atenção para os cuidados durante a utilização de chás, pois o uso com outros medicamentos pode levar a alergias ou intoxicação.

AGRADECIMENTOS: Ao IFPI pelo apoio; Aos colaboradores do Projeto na Escola (alunos e Profa Yara; Aos professores do IFPI, Francisco José Borges dos Santos e Williams.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1 - BRANDÃO, M.G.L. Plantas medicinais e fitoterápicos (aspectos gerais e métodos de validação). Belo Horizonte: Editora O Lutador, 2009.
2 - MATOS, F.J.A. Introdução à fitoquímica experimental. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
3 – SIMÕES, C.M.O., SCHENKEL, E.P., GOSMANN G., DE MELO, J.C.P., MENTZ, L.A., PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2010.
3 - BRANDÃO, M.G.L. Ensinando sobre plantas medicinais na escola. Maria das Graças Lins Brandão, Juliana Moraes Amaral de Almeida; colaboração Darly Gomes Soares e Gustavo Pereira Cosenza. Belo Horizonte: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, Dataplamt, 2011.