11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: AULAS PRÁTICAS: SUA IMPORTÂNCIA COMO INCENTIVO AO ENSINO DE CIÊNCIAS

AUTORES: da Silva Santos, J. (IFRN) ; de Medeiros Silva, D. (IFRN) ; Felipe de Souza Alves, D. (IFRN)

RESUMO: A disciplina de ciências é considerada um componente curricular de difícil compreensão entre muitos alunos. Despertar neles o interesse e a curiosidade em relação aos conteúdos químicos requer, do professor, conhecimento, pesquisas e criatividade. Foi a partir dessa observação, que surgiu o presente trabalho. Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo, através de levantamentos bibliográficos sobre a importância das aulas práticas como incentivo ao ensino de ciências. Foi feito uma revisão bibliográfica em artigos que discorrem sobre a realização de atividades experimentais nas aulas de ciências com os conteúdos de Química e sobre as condições de aprendizagem dos estudantes no ensino de ciências.

PALAVRAS CHAVES: disciplina de ciências; conteúdos químicos; aulas práticas

INTRODUÇÃO: A discussão em torno do ensino de ciências não é atual. O aprendizado dos conteúdos de química, principalmente quando esses conteúdos estão inseridos na disciplina de ciências se tornou preocupante nos últimos anos, tendo em vista que hoje além das dificuldades em aprendê-los, muitos alunos não sabem o motivo pelo qual estuda-os, visto que, nem sempre esse conhecimento é transmitido de maneira que os mesmos possam entender a sua importância. Vários estudiosos vêm debatendo de como transformar os conteúdos químicos dentro da disciplina de ciências, atrativo para os estudantes do nono ano (LA TAILLE, 1992). A disciplina de ciências do nono ano do ensino fundamental, em geral, é constituída por conteúdos de Química e Física, que são divididos entre os semestres do ano letivo. Estes conteúdos são desenvolvidos como se fossem disciplinas separadas e desconexas, pois a mesma trata-se de uma antecipação de conteúdos que serão estudados em séries posteriores. Muitas escolas tem dado maior atenção à transmissão de conteúdos. Essa prática tem influenciado negativamente na aprendizagem dos alunos, uma vez que não conseguem perceber a relação entre aquilo que estuda na sala de aula, a natureza e a sua própria vida (MIRANDA & COSTA, 2007). Para minimizar ou sanar tais aspectos, pode-se dizer que uma das soluções a ser providenciada é a construção de novos recursos didáticos, recursos esses que permitam a conciliação entre a teoria a prática, fazendo com que o discente se torne um ser questionador, curioso e que habilidades sejam desenvolvidas para um desenvolvimento de um raciocínio crítico do mesmo. Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo, através de levantamentos bibliográficos sobre a importância das aulas práticas como estimulo ao ensino de ciências.

MATERIAL E MÉTODOS: Primeiramente, foi feito uma revisão bibliográfica em artigos que discorrem sobre a realização de atividades experimentais nas aulas de ciências com os conteúdos de Química e sobre as condições de aprendizagem dos estudantes no ensino de ciências, para ter uma visão crítica de como está sendo realizadas as aulas de ciências e como os alunos estão assimilando os conteúdos. A cada artigo lido era feito uma análise para observar o conteúdo mencionado pelo referido autor. Foram lidos 07 (sete) artigos, no entanto, apenas 03 (três) foram selecionados para possibilitar a análise dessa pesquisa, são eles: Uma proposta metodológica para trabalhar conteúdos de química do cotidiano com alunos da EJA da escola estadual Instituto Vivaldo Pereira de Currais Novos – RN; Realidade Docente e a utilização de aulas práticas como recursos didáticos e Aulas Práticas e a Motivação dos Estudantes de Ensino Médio. Posteriormente os alunos responderam a algumas questões.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Relacionar os conteúdos trabalhados em sala de aula com o cotidiano dos alunos contribui de forma significativa na vida estudantil destes, pois possibilita uma compreensão mais rápida e fácil, além de favorecer que este aluno construa suas próprias ideias a respeito dos conceitos apresentados. Desta forma, observou-se numa bibliografia reportada a opinião dos alunos frente aos seguintes questionamentos: 1. Por que é importante estudar química? 94% dos estudantes compreendem bem a importância da química e de uma boa aula de química. Quanto às justificativas da primeira pergunta 43%, articularam que ela é importante porque explica tudo ao nosso redor, 31% disseram ser necessária para um futuro vestibular, 20% relataram que a química esclarece sobre os cuidados com alguns tipos de produtos que utilizam em casa e apenas 6% não responderam. 2. Em sua opinião, como seria uma boa aula de química? Observou-se que 58% discorreram que seria com a utilização de aula prática e 42% falaram que se o professor diversificar as aulas, não apenas utilizando aula expositiva no quadro, mas também data show, laboratório ou jogos. É importante que os professores estejam atentos à enorme distância que tende a se estabelecer entre o mundo da ciência e o mundo do cotidiano, distância essa, que o academicismo exagerado da escola pode tornar ainda maior. A prática é uma aproximação do que é vivenciado cotidianamente.

CONCLUSÕES: Ao se trabalhar com aulas experimentais, os alunos têm mais facilidade em aprender o que lhe é ensinado, em especial quando é feita uma abordagem que também contemple temas do cotidiano. Assim, eles compreendem melhor os assuntos relacionados à Química. Os estudos mostram a importância de trabalhar com experimentos, porém eles enfatizam que muitas escolas ainda não oferecem condições para que as aulas práticas ocorram. Além disso, pode-se acrescentar que a falta de preparo dos professores para exercerem as atividades experimentais acaba atrapalhando o aprendizado significativo dos alunos.

AGRADECIMENTOS: CAPES/PIBID

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LA TAILLE, Yves. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.



MIRANDA, D. G. P; COSTA, N. S. Professor de Química: Formação, competências/ habilidades e posturas. 2007