11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: Uma análise dos alunos do primeiro e terceiro ano do ensino médio em relação a química da Escola Normal Oficial de Picos

AUTORES: Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; Alves de Sousa, R. (IFPI) ; Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; Adriana de Carvalho, J. (IFPI)

RESUMO: Com esta pesquisa apresentada a Escola Normal Oficial de Picos, teve como objetivo a concepção dos alunos iniciantes e concludentes do ensino médio em relação ao conhecimento da disciplina química nas turmas do 1º e 3º ano do ensino médio do primeiro semestre de 2013. Entrevistando 117 alunos dos turnos matutino/vespertino (31,62% do primeiro ano e 68,37% do terceiro ano). Conheceu-se as causas das dificuldades que estes alunos tem em aprender química que incluem metodologias ultrapassadas de ensino e poucos recursos didáticos.

PALAVRAS CHAVES: Ensino de Química; Metodologias; Didática

INTRODUÇÃO: A química, ciência necessária ao entendimento da relação entre o meio e a matéria se faz importante por fazer parte da vida social e dos processos químicos e físicos. Isso significa que é de extrema importância o conhecimento desta disciplina e para isso é necessário à contextualização no processo de ensino-aprendizagem, para que o aluno tenha uma visão mais ampla desta ciência. Dessa maneira torna-se um desafio para o professor leciona-la, isso porque a própria mídia faz com que a sociedade veja esta ciência como algo ruim, uma prova é que muitos alunos falam que não conseguem aprender química, porque não sabem para que sirva. Criou-se então a necessidade de um questionamento entre os professores sobre a relevância da aprendizagem na formação desses alunos (Tabachnik; Zeichner, 1999; Hewson et al.,1999). É importante inserir a química no cotidiano dos estudantes, pois através deste método o alunado despertará maior interesse e uma visão diferente do que pensava em relação à química. Metodologias inovadoras com o auxilio de tecnologias vem contribuindo para a aprendizagem e desenvolvimento do ensino-aprendizagem, principalmente nas áreas das ciências. Mas este presente trabalho mostrará com dados concretos que a muito a fazer principalmente em relação à contextualização e a pratica de pesquisas de campo.

MATERIAL E MÉTODOS: A presente pesquisa foi realizada no primeiro semestre levito de 2013, junto aos estudantes do 1º e 3º Séries do Ensino Médio da Escola Normal Oficial de Picos (ENOP). Sendo realizadas em salas de aulas com 117 (cento e dezessete) alunos, tendo por objetivo descobrir qual a visão dos destes que iniciam e terminam o ensino médio em relação à química. A coleta de dados estatísticos foi obtida a partir de um questionário, contendo 06 (seis) questões referentes ao entendimento dos entrevistados sobre o ensino de química, sua importância e os fatores que atribuem à dificuldade de aprendê-la. Os dados foram analisados através de cálculos estatísticos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados comprovam que 65,80% afirmam ter dificuldade em aprender os conteúdos de química, ou seja, uma maioria considerável que afirmam não gostar da disciplina quer por falta de recursos atualizados, aulas em laboratórios, conteúdo e cálculos. Uma minoria de 34,18% diz compreender os cálculos e entendem a importância dos conhecimentos químicos para a sua formação. São dados que levam a uma reflexão sobre quais metodologias os professores apresentam para o ensino-aprendizagem, pois 85,47% dos alunos afirmam que não há aulas praticas dificultando seu aprendizado. Ficando com 14,52% dos alunos que afirmam terem aulas experimentais. Fica evidente a necessidade de o professor usar metodologias diversificadas, com o uso de novas tecnologias, demonstrando o porquê da importância do conhecimento químico. Sendo a química a ciência que estuda a transformação da matéria, a energia consumida ou produzida nesta transformação (CHRISPINO, 1989), o professor deve contextualizar a química, demonstrando seus benefícios (quando usada de maneira consciente, pois com o conhecimento desta foi-se capaz de salvar milhares de pessoas com a produção de novos medicamentos, aumentando deste modo à expectativa de vida da população mundial, despoluição de águas contaminadas, produção de detergentes, fabricação de roupas, etc.). Por meio desta visão, o professor despertará a curiosidade dos alunos e diversificará o estudo da química. Com certeza esses alunos teram uma nova visão em relação ao uso da química para o benefício do bem estar social.

CONCLUSÕES: Fica evidente que tanto os iniciantes e concludentes do ensino médio afirmam que não sabem para que serve a química, tendo dificuldade em aprendê-la. Havendo aulas experimentais e diversificadas ocasionariam um maior despertar desta disciplina por parte dos alunos, pois estes aprenderiam que a química trás um maior conhecimento da natureza, desenvolvendo novas formas de energias alternativas, novos medicamentos e conforto para a sociedade. O despertar da curiosidade dos alunos, poderá desenvolver mais ainda essa ciência e formará futuros pesquisadores para os melhoramentos que a química poder.

AGRADECIMENTOS: A Deus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: OLIVEIRA, Ana Maria Cardoso de. A química no ensino médio e a contextualização: a fabricação de sabões e detergentes como tema gerador de ensino-aprendizagem, 2005. 120 f. Dissertação (mestrado em Ensino de Ciências Naturais e da Matemática) - Universidade Federal do rio Grande do Norte, Natal, 2005. SARDELA, A. & MATHEUS, E. Dicionário escolar de química. São Paulo, Ática, 1981. VIDAL, B. Historia da Química. Lisboa, Ed. 0, s.d. FREEMAN, I. M. Maravilhas da Química. Rio de Janeiro, Record, 1968. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999. SILVA, Rejane Maria Ghisolfida. Contextualizando aprendizagens em química na formação escolar. Química Nova na Escola, n. 18, p. 26 - 30, novembro de 2003. MURRAY, Spiegel. Estatistica. 3 ed. São Paulo: Makron Books,2006. CHRISPINO, Avaro. O que é química.3 ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.