Autores

Martins Junior, F.R.F. (UECE)

Resumo

Este trabalho é resultado de pesquisa relacionada ao Ensino de Química e a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação, como, dispositivos eletrônicos, a internet e a rede social Facebook, na formação de professores. A pesquisa foi desenvolvida com 15 licenciandos da UECE-FAFIDAM. Tal trabalho baseia-se nas experiências de ensino/aprendizagem objetivas e subjetivas. As objetivas foram obtidas através da leitura de material didático acerca do Ensino de Química e o uso das Tic´s. As subjetivas foram obtidas através de postagens de caráter telecolaborativas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Facebook. Um dos principais resultados deste trabalho foi o desenvolvimento do Ensino de Química com vistas à promoção da aprendizagem desta ciência por meio de atividades inovadoras.

Palavras chaves

Ensino de Química; TIC; Formação de professores

Introdução

Os principais objetivos que justificam este trabalho dizem respeito a: I. Renovar e/ou ressignificar o Ensino de Química; II. Promover a utilização de atuais recursos técnico-científicos e metodologias, uma adequada transposição didática de conteúdos químicos; III. Contribuir com a formação do professor de química; Tais objetivos se justificam, pelo fato de que, o atual ensino de química trabalhado nas instituições de ensino e educação no país vem sendo questionado através de pesquisas, (monografias, dissertações, teses e outras publicações científicas) que identificam deficiências existentes em seu modelo tradicional de estruturação. Um dos graves problemas se diz respeito a superficialidade de como a Química é trabalhada nos ambientes de aprendizagem. As informações química são transmitidas como sendo produtos finais e verdades absolutas, constantemente isentas de significado (AUSUBEL, apud MOREIRA, 2006), reflexão, crítica e questionamento. Frente a estes pressupostos a pesquisa desenvolvida neste trabalho, tenta amenizar e até mesmo resolver tais problemas, com a adoção de medidas inovadoras na formação de professores de química para o ensino (GIL-PEREZ e CARVALHO, 2006). Uma medida cabível foi a utilização de tecnologias de informação e comunicação na formação continuada numa turma de 15 licenciandos em química, como por exemplo: dispositivos eletrônicos, a internet, o Facebook, mapas conceituais (OKADA, 2007), tendo como material didático de apoio o livro, artigo e textos descritos no resumo deste trabalho. Tal medida tinha a finalidade de coletar os comentários postados no Facebook, para a análise e posterior conclusão satisfatória com o objetivo de renovar o ensino tradicional de química.

Material e métodos

A metodologia desta pesquisa possui caráter investigativo, e foi divida em 3 etapas ao longo do período letivo da disciplina de Tópicos Especiais em Química, a saber: 1ª Etapa – Leitura e discussão do artigo Função Social e criação e desenvolvimento do perfil de Facebook (Qensino Sensine) Esta etapa foi iniciada com a leitura e discussão em sala de aula do artigo: FUNÇÃO SOCIAL - o que significa ensino de química para formar o cidadão? (SANTOS; SCHNETZLER, 1996). Posterior a leitura e discussão, houve a criação de um perfil de Facebook, (Qensino Sensine- Ensino de Química Fafidam Uece; disponível em: https://www.facebook.com/ensino2014?hc_location=timeline) 2ª Etapa – Leitura de textos acerca da utilização de mapas conceituais e discussões telecolaborativas no Facebook Esta etapa da metodologia ocorreu logo após o término da primeira etapa, durante o mês de fevereiro de 2014. Iniciou-se com a leitura de três textos, (OKADA, 2007) acerca do uso de mapas conceituais. Posterior a leitura houve discussões telecolaborativas no perfil Qensino Sensine no Facebook, com vistas as aplicações cabíveis dos mapas conceituais em sala de aula. 3ª Etapa – Leitura do livro Formação de professores de ciências e discussões telecolaborativas no Facebook Etapa final da pesquisa que ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2014, sendo iniciada com a leitura do livro: Formação de Professores de Ciências de (GIL-PEREZ e CARVALHO, 2006), para elucidar os licenciandos com relação aos principais aspectos da formação de um professor de ciências/química, baseada em suas necessidades formativas. Em seguida mais uma vez, foi feita a discussão telecolaborativa no perfil Qensino Sensine no Facebook.

Resultado e discussão

Tabelas contendo discussões referentes as três etapas da pesquisa Tabela 1 – ARTIGO FUNÇÃO SOCIAL ALUNO Licenciando A COMENTÁRIO Em relação a prática no ensino de química, ela complementa a teoria, demonstra o a razão da questão. Além de deixar a aula mais prazerosa e proveitosa. Com ela podemos buscar demonstrar em alguns casos situações do dia a dia. Nós futuros professores deveríamos pensar bem na ideia de adotar materiais de baixo custo, recicláveis, para experimentação em química na sala de aula, procurando orientações e trocando ideias por meio das redes sociais. Tabela 2 – MAPAS CONCEITUAIS ALUNO Licenciando B COMENTÁRIO Para melhorar o ensino, devemos considerar o avanço da tecnologia, métodos novos, como o MAPA CONCEITUAL. Portanto segundo a leitura do material didático sobre este assunto, o profissional tem que passar por uma capacitação. O ideal seria que, essas capacitações iniciassem logo na faculdade, nos cursos, assim o professor já sairia com um conhecimento formado a respeito de novos métodos. O mais interessante é a seguinte parte: com a ajuda do professor o aluno pode criar também mapa conceitual, mais simples. Tabela 3 – LIVRO : FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALUNO Licencindo C COMENTÁRIO Aluno 1 Com relação ao conhecimento da matéria a ser ensinada, no processo de formação do professor de química, são várias as falhas que esses profissionais do ensino possuem, tais falhas muitas vezes não é somente ocasionada pelo profissional, mas também pelo meio de como ele, no curso de formação foi capacitado. Um adequado curso de formação deve diagnosticar ao professor possíveis falhas, orientando-o a ser um adequado profissional na área da educação.

Conclusões

A formação do professor de química, inicial, continuada e/ou permanente, como sendo atividade precursora à sua profissão, deve ser concebida e desenvolvida de acordo com as necessidades formativas dele. Esta formação deve respaldá-lo no desenvolvimento de sua “práxis” pedagógica, com o intuito de mediar a formação da constituição de outros aprendizes. O que está de acordo com Martins Júnior (2012, p. 18) “[...] Em um processo educativo, é importante que exista e interaja: a metodologia de ensino do professor, a capacidade de aprendizagem do aluno, o material de estudo...”

Agradecimentos

Referências

CARVALHO, A.M P; GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São Paulo, Cortez, 2006.

MARTINS JÚNIOR, F. R. F. A teoria aliada a experimentação na abordagem das leis ponderais da matéria para a promoção de aprendizagem significativa no ensino médio. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012.

MOREIRA, M.A. Aprendizagem signifi¬cativa. Brasília: Ed. UnB, 1999. A teoria da aprendizagem signi¬ficativa e sua implicação em sala de aula. Brasília: Ed. UnB, 2006.

OKADA, A. (2007) Knowledge Media Technologies for Open Learning. The International Journal of Technology, knowledge & Society. Vol.3., July 2007.

SCHNETZLER, R. P. Pesquisa no Ensino de Química. FUNÇÃO SOCIAL: O que significa ensino de química para formar o cidadão? Revista Química Nova na Escola, n° 4, novembro, p. 29–34, 1996.