Autores

Silva, G.O. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Santos Júnior, O.P. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Souza Neto, E.G. (FAINTVISA) ; Silva, M.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Teixeira Filha, A.A. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Falcão, A.P.S.T. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Siqueira, D.R.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Araújo, D.K.R. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Santana, J.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Janailson, P.S. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

A Agenda 21 é fruto da principal expressão do ambientalismo internacional, documento que visa estabelecer metas à manutenção do meio ambiente e consumo sustentável. As discussões na Componente Curricular Química Ambiental formulou a proposta de criação de um documento, um pacto entre a gestão do Campus e a turma de Licenciatura em Química, com o intuito de elaborar e implementara Agenda 21 do IFPE – Campus Vitória. A turma foi dividida em 5 grupos, com um tema por grupo: água, resíduos sólidos, energia, área verde e lixo.O estudo tem como objetivo construir a Agenda 21 como proposta de ensino para a Química Ambiental,somado ao pensamento ecológico.O principal resultado foi o empenho dos estudantes na proposta, a entrega e conscientização às atividades propostas nos respectivos grupos.

Palavras chaves

Ensino de química; Agenda 21; Meio ambiente

Introdução

Rio de Janeiro, 1992, palco da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD, Rio-92, que reuniu representantes oficiais de 179 países, com o objetivo de traçar destinos para o Desenvolvimento Sustentável do Planeta. Da conferência, nasce o fruto da principal expressão do ambientalismo internacional(OLIVEIRA, 2007)um documento, com mais de 2500 propostas que, visava preparar o mundo para os desafios do século XXI, a AGENDA 21. Pernambuco foi o primeiro estado da união a implantar a Agenda 21, sob os mesmos moldes e no mesmo ano da Brasileira, 2002. A Agenda 21 propõe a integração meio ambiente e desenvolvimento, reconhecendo o combate à pobreza como condição impar para garantir a sustentabilidade (AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, 2002). Para o Ministério do Meio Ambiente (2014), a Agenda 21 é definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Para Capra (2003) ensinar o saber ecológico, será o papel mais importante da educação no século 21. A alfabetização ecológica deve se tornar um requisito essencial para políticos, empresários e profissionais de todos os ramos e deveria ser uma preocupação central da educação em todos os níveis do ensino. O objetivo do projeto Agenda 21 é envolver toda a comunidade do IFPE – Campus Vitória na discussão dos principais problemas que a afetam e na formação de parcerias e compromissos para a solução destes problemas a curto, médio e longo prazo.A pesquisa torna-se importante, pois apresenta uma forma alternativa de trabalhar a Química Ambiental na educação superior, relevando a importância do pensamento ecológico para a estabilidade do planeta.

Material e métodos

Ao iniciar a Componente Curricular Química ambiental, no segundo semestre de 2013, no 2º período do curso de Licenciatura em Química do IFPE - Campus Vitória, foi proposto pelo professor a elaboração e implementação de uma Agenda 21 no Campus. Com a finalidade de a turma desenvolver o pensamento ecológico e sustentável, a proposta era de que as atividades relacionadas ao projeto fosse metade da nota da disciplina e a outra metade seria composta pelas atividades que se seguiam pela ementa. A turma foi divida em 5 grupos cada qual com um tema: água, resíduos sólidos, energia, área verde e lixo. Cada grupo elegeu um estudante para ser gestor do grupo, responsável pela coordenação do seu grupo e pela integração com os outros grupos.Os demais integrantes dos grupos ficaram responsáveis por fazer um levantamento dos problemas,discutir, elaborar e buscar soluções.Com o intuito de mitigar os problemas do meio ambiente, começando a partir do nosso quintal, foi proposto à construção de uma Agenda 21 do IFPE – Campus Vitória, documento que ao final do semestre seria entregue a Equipe Gestora do Campus, pensando posteriormente em estender a proposta aos demais Campi e ao Instituto.

Resultado e discussão

A primeira ação tomada foi do grupo gestor, que identificou como principal problema a sinalização do Campus, por ser uma escola de grande extensão territorial(140 hectares), existia a carência de melhor comunicação visual, placas informativas, localização dos prédios, destinos a seguir. Para esse problema foi feito um mapa do Campus e em seguida um levantamento das placas sinalizadoras que estavam faltando, o material foi enviado para a Assessoria de Comunicação do IFPE-Campus Vitória,que ficou responsável pela padronização das placas e posterior implantação.Individualmente os grupos, aos poucos, iam participando suas ações. O grupo de Energia em parceria com o IFPE - Campus Afogados da Ingazeira, instalou no Campus durante a Semana de Ciência e Tecnologia, 2013, placas fotovoltaicas com capacidade suficiente para gerar energia para duas TVs LCD. O grupo de Áreas Verdes programou ações de reflorestamento e plantou algumas mudas de Pau-Brasil, no bosque do Instituto. O grupo do Lixo trabalhando próximo ao grupo de Resíduos Sólidos conseguiu através de parceria com empresas privadas da região, os coletores de lixo seletivo para uso no Campus e atuou no refeitório da instituição a fim de reduzir o desperdício, orientando a possibilidade de uso das sobras em compostagem. O grupo de Águas montou oficinas sobre o uso consciente da água e suas implicações na qualidade de vida, para ser aplicada junto aos estudantes residentes da instituição.O trabalho foi apresentado no I Fórum de Aprendizagem do IFPE – Campus Belo Jardim, outro trabalho intitulado “O uso sustentável da energia elétrica: conscientizando para um mundo sem desperdício” foi aceito para publicação no II Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa e Extensão do Instituto Federal de Santa Catarina.

Figura 1

Alunos apresentando o trabalho no I Fórum de Aprendizagem do IFPE – Campus Belo Jardim

Conclusões

Com a implantação do projeto, percebe-se a adesão de toda a turma, que apresentou compromisso e responsabilidade com o trabalho desenvolvido na Componente Curricular Química Ambiental. É importante ressaltar que,apesar do término da disciplina,os estudantes continuamaplicando os conhecimentos adquiridoscom a Agenda 21,aideia é que as soluções dos problemas sejam tomadas a curto, médio e longo prazo e que a proposta possa ser aderida pelos os novos estudantes.Mesmo com algumas alterações na formação original dos grupos, os mesmos estão constantemente desenvolvendo suas atividades.

Agradecimentos

Os autores agradecem a Deus, ao IFPE – Campus Vitória, a Direção e ao técnico Janaílson Pascífico do IFPE – Campus Afogados.

Referências

AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE. Agenda 21 do Estado de Pernambuco. 2002.Disponível em:http://www.cprh.pe.gov.br/downloads/capitulo02.pdf. Acesso em 18 de maio de 2014.

CAPRA, F. Alfabetização Ecológica: O desafio para a Educação do século 21. In: A., TRIGUEIRO (org.). Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro, Sextante, 2003.

OLIVEIRA, A. S. Agenda 21 e o desenvolvimento sustentável: uma crítica realista. Centro Universitário de Belo Horizonte (trabalho de monografia), Belo Horizonte, 2007.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda 21. Disponível em: http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21. Acesso em 18 de maio de 2014.