Autores

Araújo, G.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Pereira, N.L.B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Marinho, M.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Castro, R.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Marinho, E.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

O uso de novas tecnologias na educação é praticamente ilimitado e estas, ganham espaço efetivo nas salas (SILVA et al., 2005). Este feito pode ser potencializado com o uso de Objetos virtuais de aprendizagem. O objetivo deste trabalho foi classificar e analisar softwares educacionais livres para o ensino de química, onde observamos uma predominância de softwares para modelagem molecular e identificamos que os alunos de licenciatura em química conhecem e já utilizaram softwares livres para o ensino de química, no entanto, observamos a necessidade da disseminação destes no ensino superior visando o incremento na formação dos futuros professores.

Palavras chaves

Ensino de Química; softwares livres; OVA´s

Introdução

A disseminação do uso de tecnologias, principalmente na informática, associada à educação, vem provocando um crescimento vertiginoso na era da comunicação, pois ampliam e aprofundam práticas e estudos e ainda acrescenta novos desafios e perspectivas nessa reforma educacional das práticas pedagógicas, tornando seus processos de ensino mais facilitados e abrangentes por meio de materiais tecnológicos de apoio resultando numa modernização educacional. Essa modernização, é uma consequência da interdisciplinaridade entre a tecnologia e a educação (FILATRO, 2003; SILVA et al., 2005). A tecnologia na educação sempre esteve presente como forma de auxilio no processo de desenvolvimento da aprendizagem e do ensino; essa tecnologia está possibilitando o surgimento de um novo sistema de ensino tornando-se impensável o ensino sem o uso de tecnologia. Com o uso dos objetos educacionais de aprendizagem (OVA’S) a construção do conhecimento se dá de maneira mais interativa e dinâmica, permitindo assim a construção de conceitos químicos, propiciando aos professores um mecanismo interativo para a aplicação de suas atividades e proporcionando aos alunos o contato com um material que desperte seu interesse e sua curiosidade e que, dessa maneira, torne o estudo da química mais agradável. Atualmente, encontramos disponíveis uma grande quantidade de softwares educacionais, principalmente para a plataforma Windows, que estão protegidos por licenças privadas, o que muitas vezes os inviabiliza para muitos professores e escolas. O presente trabalho tem como objetivo analisar softwares livres para o ensino de química e identificar a utilização destes softwares livres, na percepção dos alunos de curso de licenciatura em Química da FAFIDAM / UECE.

Material e métodos

Na busca de se identificar a utilização de softwares livres para o ensino de química, foi realizado um estudo, que se classifica como descritivo e reflexivo, cuja natureza é quali-quantitativa, tendo como proposta, o estudo de caso e levantamento de dados, utilizando como técnica de coleta de dados um levantamento bibliográfico e entrevista. Os dados foram coletados na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos-FAFIDAM/UECE, localizada em Limoeiro do Norte, cidade pertencente a região do Vale do Jaguaribe (Ce). A população de estudo abrange 26 alunos do Curso de licenciatura em Química e um professor do respectivo curso. Para o desenvolvimento deste estudo foi necessário caracterizar o cenário atual de utilização de softwares no Ensino de Química. A pesquisa foi realizada em 3 momentos: no 1º momento realizou-se uma pesquisa exploratória, onde procuramos identificar e caracterizar os softwares disponíveis, utilizando para isso a rede mundial de dados (internet); no 2º momento foi realizada uma entrevista com um professor do curso de licenciatura em química; no 3º momento foi realizada entrevistas com os alunos do curso de licenciatura em química.

Resultado e discussão

A fim de realizar uma análise e comparação dos diversos softwares livres no que compete ao ensino de Química, foram comparados bem como analisadas suas aplicações. Os softwares analisados (disponíveis em : http://softwarelivrenaeducacao.wordpress.com/softwares-livres-educacionais/) foram classificados segundo a proposta de SANTOS e colaboradores (2010) para softwares educacionais para a educação química. Podemos observar no gráfico 1, que 43% dos softwares analisados se enquadram na classificação de softwares para modelagem molecular,15 % para jogo educacional, 14% para cálculo computacional, 14% simulação e 14% tabela periódica, havendo assim, uma predominância pra softwares de modelagem molecular. Com relação a percepção dos alunos, podemos observar que quase na sua totalidade eles sabiam o que é um software livre, no entanto, apresentaram opinião bastante dividida com relação ao interesse por esses softwares, na sua maioria já utilizaram softwares para ensino de química, mas quanto questionados sobre a utilização dos mesmos no curso de licenciatura, demonstraram não achar interessante, quando questionados sobre esse ponto de vista relataram, que consideram, devido a suas experiências , os softwares mais adequados para o ensino médio. Em relação a entrevista do professor, este relatou que nunca tinha utilizado softwares livres, pois não tem familiaridade com o sistema Linux, no entanto, declarou que acredita que deva ser feito uma maior disseminação desses softwares, e que já utilizou softwares, como objetos virtuais de aprendizagem em suas aulas na universidade, e considerou a ferramenta impactante, salientado ainda que vai procurar se familiarizar com os sistemas livres, como o Linux.

Gráfico 1: Percentual de Softwares Livres classificados por categoria

Gráfico 1: Percentual de Softwares Livres classificados por categoria

Gráfico 2: Percepção dos Alunos em relação a utilização de softwares l

Gráfico 2: Percepção dos Alunos em relação a utilização de softwares livres

Conclusões

Atualmente, os professores podem utilizar uma ampla variedade de ferramentas computacionais, no entanto, a maioria está na plataforma Windows, protegida por licenças privadas, o que muitas vezes se torna inviável para o professor. Algumas alternativas livres a estas ferramentas já estão presentes e vem conquistando espaço dentro de escolas de ensino médio mas, precisam ser mais valorizadas nas universidades, ampliando assim a utilização desses OVA’s, que contribuem para a formação de futuros professores, potencializando assim a sua práxis educacional.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, e em especial ao professor Emmanuel Marinho pelo incentivo e pelas valiosas discussões e sugestões no decorrer do trabalho.

Referências

FILATRO, A. C. Design Instrucional Contextualizado: educação e tecnologia. São
Paulo: Ed. Senac, 2003.


SANTOS,D. O.; WARTHA,E.J.; SILVA FILHO,J. C. Softwares educativos livres para o Ensino de Química: Análise e Categorização . XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) 2010. Disponível em: www.xveneq2010.unb.br/resumos/R0981-1.pdf; acessado em maio de 2014.

SILVA, H.; JAMBEIRO, O.; LIMA, J.; BRANDÃO, M. A. Inclusão Digital e
Educação para a Competência Informacional: uma Questão de Ética e Cidadania.
Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 1, p.28-36, 2005.

ZOCRATTO, B. W.; LIMA C. E. R. M.; LOUZADA, M. C.; LEITE, P. M. S.; CARVALHO,S. R. T.; PERILLI, A.- O SOFTWARE LIVRE NO ENSINO DA ENGENHARIA QUÍMICA.(2011) Portal de Periódicos da Faculdade de Letras – UFMG.Disponivél em :www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/ueadsl/article/.../2937/2896, acessado em março de 2014.