Autores

Santos, M.T.S. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Silva, G.O. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Santos, A.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Arruda, C.A. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Silva, M.M. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Filha, A.A.T. (INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

O estudo tem como objetivo investigar o quantitativo de professores de Química das escolas públicas estaduais do município de Vitória de Santo Antão – PE, que cursaram Licenciatura em Química. A pesquisa foi conduzida em 4 escolas por meio de entrevistas que contou com a participação de 11 professores. Dos 11 professores entrevistados, apenas 2 possuem formação em Licenciatura em Química, sendo os demais, formados nas áreas de Ciências Biológicas, Matemática e Física. Destaca-se a atuação de professores no ensino de Química, mesmo sendo formados em outras áreas. Contudo, foi possível identificar que as escolas públicas estaduais do município apresentam uma defasagem de professores licenciados em Química.

Palavras chaves

Ensino de Química; Formação específica; Carência de professores

Introdução

O ensino da Química torna-se imprescindível a cada dia, pois permite ao aluno compreender os fenômenos e as transformações que ocorrem em nosso planeta. É através do conhecimento químico que começamos a entender algumas das interações entre o homem e o meio. O professor licenciado em Química é um profissional bem preparado, com uma formação sólida que o permite tratar dos diversos assuntos que abrangem a Química, podendo atuar como educador nos ensinos fundamental, médio e superior (ALVES, 1998). Um tema relevante e bastante discutido por uma parte da comunidade acadêmica e os setores responsáveis pelas políticas educacionais brasileira, é a deficiência na formação dos professores, visto que tenha ocasionado sérios problemas no ensino da Química. Devido a isso, os cursos de licenciatura necessitam passar por uma reflexão, buscando solucionar esses problemas (ROSA; ROSSI, 2008). A atuação de professores que exercem a docência em Química, mas que não possui formação específica é uma questão preocupante, pois o professor de ensino médio deve ser bem preparado, com uma formação sólida específica. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é investigar o quantitativo de professores de Química, que tenha cursado a Licenciatura em Química, das escolas públicas estaduais do município de Vitória de Santo Antão- PE.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada através de entrevista com professores que ministram as aulas de Química nas escolas públicas da rede estadual do município de Vitória de Santo Antão- PE. O município possui 5 (cinco) escolas estaduais, destas, 4 (quatro) escolas participaram do estudo, e a entrevista contou com a participação de um grupo de 11 (onze) professores, desse grupo, 5 (cinco) são do sexo feminino e 6 (seis) são do sexo masculino. A entrevista abordou as seguintes questões: Qual a sua formação? Em que áreas você atua? Há quanto tempo dar aula? Com o intuito de realizar um levantamento acerca da formação dos professores e a área em que estão exercendo a atual docência.

Resultado e discussão

A partir da realização das entrevistas, foi possível identificar que apenas 2 (dois) dos 11 (onze) professores entrevistados nas escolas estaduais do município de Vitória de Santo Antão- PE, possuem formação em Licenciatura em Química, sendo os demais formados nas áreas de Ciências Biológicas, Matemática e Física. Os 2 (dois) que possuem formação em licenciatura em Química são do sexo masculino, dos outros 9 (nove) que não possuem a formação específica, 5 (cinco) são do sexo feminino e 4 (Quatro) do sexo masculino. O tempo de atuação profissional variou entre 7 a 15 anos de docência. O resultado da pesquisa vai de encontro com os índices nacionais, pois, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas do Ministério da Educação (INEP) (2012) mostrou que cerca de 55 % dos professores do ensino médio da rede pública do país não tem formação específica na área em que atua. O Estudo Exploratório sobre o Professor Brasileiro revela que a disciplina de Química no ensino médio brasileiro é ministrada por diversos profissionais, dentre os quais, estão profissionais da Química (38,2%); profissionais de áreas afins (17,4%); profissionais da Pedagogia (5,5%); e profissionais de demais áreas (38,9%) (BRASIL/MEC/INEP, 2009). Nota-se que, há uma defasagem no número de profissionais formados em Química em relação aos profissionais de outras áreas na educação básica do país.


Gráfico 1- Quantitativo de professores de Química das escolas públicas estaduais do município de Vitória de Santo Antão- PE.

Conclusões

Com os resultados obtidos, observou-se uma necessidade de um maior incentivo e investimento nos cursos de licenciatura em química, visto que a defasagem faz com que profissionais de outras áreas atuem nas salas de aulas, muitas vezes sem as habilidades necessárias, podendo assim prejudicar o processo de aprendizagem dos alunos.

Agradecimentos

Os autores agradecem a Deus e ao IFPE – Campus Vitória.

Referências

ALVES, N. O espaço escolar e suas marcas: o espaço como dimensão material o curriculo.Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação/INEP. Estatísticas dos Professores no Brasil 2003. Disp. em: <http://www.sbfísica.org.br/arquivos/estatisticas_professores_INEP_2003. pdf>. Acesso em 2 mai 2014.

Estudo exploratório sobre o professor brasileiro 2009. Disp. em: <http://portal. mec.gov.br/dmdocuments/estudoprofessor.pdf>. Acesso em 2 mai 2014.

INSTITUTO DE PESQUISAS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO -INEP. Censo escolar, 2012.

ROSA, M. I. P.; ROSSI, A. V. Educação química no Brasil: memórias, políticas etendências. Campinas: Atomo, 2008.