Autores

Liberato, M.C.T.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Menezes, M.G.G.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Augusto, N.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Moura, S.M.P.A.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

Jogos educacionais bem embasados, dinâmicos, criativos, estimulam ainda mais a busca do educando pelo conhecimento. O jogo “Qual composto sou eu?”, tem o propósito de estimular o discente a buscar a rede de construção do conhecimento, aprender brincando e em grupo, de forma que a troca de informações esteja presente como princípio da ação pedagógica. O jogo foi aplicado na Escola Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues, localizada em Maracanaú-CE. Participou do jogo um grupo de alunos do terceiro ano do Ensino Médio, e logo após o jogo os alunos responderam a um questionário. Um total de 91,7% dos alunos disse que a qualidade do jogo é excelente. Todos os estudantes que participaram do jogo consideraram-no uma boa forma didática de reforçar os conhecimentos de Química Orgânica.

Palavras chaves

Jogo Educacional ; Ensino de Química ; Química Orgânica

Introdução

É necessária a busca constante pela melhoria da educação. Com esse objetivo, fazem-se necessárias novas técnicas educacionais que possibilitem maneiras mais criativas de se construir o conhecimento, de tal forma que esse seja construído com igualdade, em busca da educação dialética proposta por Freire, sugerida como a resolução dos problemas (SAUL et. al. 2011). Dessa forma, como proposto por Machado (2009), será banida a figura ditadora, para dar voz ao educomunicador, que tem ciência de que a relação comunicativa está inserida no processo de aprendizagem, fazendo com que a relação de troca seja vista como princípio da ação pedagógica. Jogos educacionais bem embasados, dinâmicos, criativos, estimulam ainda mais a busca do educando pelo conhecimento. Segundo Benjamin (1994), É da brincadeira que nasce o hábito, e mesmo em sua forma mais rigorosa o hábito preserva alguns resíduos da brincadeira. Se o objetivo é que os educandos criem o hábito de buscar o conhecimento, a melhor alternativa é através da brincadeira. O jogo “Qual composto sou eu?”, estimula a criticidade, desenvolve o interesse de se percorrer a rede complexa de informações, para se chegar ao conhecimento, de forma divertida, aonde se constrói um ambiente propicio para a aplicação da educação dialética.

Material e métodos

O jogo foi aplicado na Escola Liceu Professor Francisco Oscar Rodrigues, localizada em Maracanaú-CE. Participaram um grupo de alunos do terceiro ano do Ensino Médio. Para se jogar é necessário estar em grupo, o que faz com que a troca de conhecimentos seja bastante efetiva. O jogo possui um baralho de cartas que contém cadeias orgânicas com suas correspondentes nomenclaturas abaixo de cada carta. Buscou-se trabalhar com as funções orgânicas mais exercidas no ensino médio: hidrocarbonetos, álcool, cetona, aldeído, éster, ácido carboxílico, amina e amida. Cada jogador ficará com um suporte na cabeça, longe do alcance de sua própria visão, de forma que todos os outros jogadores possam dar pistas sobre qual composto ele é no momento. Pistas muito informativas, não são permitidas, como a função química a qual o composto pertence. É importante que o jogador pegue pequenas peças e aprenda a formar uma rede de informações para chegar ao nome do composto.

Resultado e discussão

Após a aplicação do jogo, os alunos responderam um questionário sobre as considerações do jogo. Um total de 91,7% dos alunos disse que a qualidade do jogo é excelente. Quando foram questionados se o conteúdo do jogo expressava os expostos em sala de aula 83,3% dos discentes responderam que sim. Dos estudantes participantes 83,3% disse que o fato de jogar com seus colegas e poder contar com eles para a resolução de um problema torna o jogo mais interessante, o que está de acordo com a visão de Freire apresentada por Saul (2011). Todos os alunos participantes relataram que se divertiram durante o jogo, o que segundo Benjamin (1994), ajuda a reforçar o hábito de aprender. Todos os estudantes que participaram do jogo consideraram o jogo uma boa forma didática de reforçar os conhecimentos de Química Orgânica e disseram que o jogo ajudou a reforçar a aprendizagem do conteúdo.

Conclusões

A utilização de jogos educacionais de forma a buscar a interação dos discentes e docentes, ampliando a rede de conhecimentos de ambas as pontas, é imprescindível para a melhoria da educação no processo de ensino-aprendizagem. Verificou-se ser de extrema importância que haja interação e diversão dos estudantes, pois, dessa forma o prazer pela busca do conhecimento é ampliado.

Agradecimentos

Referências

Saul, A ; Silva, C. G. Contribuições de Paulo Freire para a Educação Infantil: Implicações para as Políticas Públicas. Universidade Católica de São Paulo. São Paulo. Brasil. 2011.
MACHADO, E. S ; ODAKURA, V. V. V. A. Avaliação de Jogos Educativos de Matemática Segundo a Filosofia da Caixa Preta de Vilém Flusser: Um Processo Educomuicativo. Centro Interdisciplinar de Pesquisa – CIP. Mato Grosso. Brasil. 2009.
BENJAMIN, W. Obras escolhidas I: magia e técnica arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.