Autores

Dodson, J. (UNIVERSITY OF YORK) ; Clark, J. (UNIVERSITY OF YORK) ; Summerton, L. (UNIVERSITY OF YORK)

Resumo

Hoje temos muitas opções para desenvolver novas abordagens para envolver alunos em temas realcionados à química e sustentabilidade. Uma das formas mais adequadas é o uso de jogos eletrônicos para comunicar conceitos complexos, que exigem maior envolvimento dos discentes. O Centro de Excelência em Química Verde da Universidade de York desenvolveu uma série de atividades interativas para comunicar ao público e alunos de Ensino Médio os conceitos de química verde e o ciclo-da vida de materiais, utilizando como exemplo o banheiro doméstico. Estas atividades incluem um jogo que objetiva simular um banho de espuma o mais sustentável possível. Essa proposta mostrou ser uma opportunidade bastante adequada, baseada em ‘self-directed learning’ para comunicar e envolver estudantes na área de química.

Palavras chaves

Divulgação; Química Verde; Jogos eletrônicos

Introdução

Uma dos etapas mais críticas para se construir uma sociedade sustentável seria criar novos produtos que não causam problemas para o meio ambiente. A química verde ou química sustentável é uma filosofia voltada para a sustentabilidade e tem o objetivo de conduzir processos químicos, que estão situados como um dos processos que mais impactam o ambiente, cada vez mais ecologicamente corretos. (CGEE, 2010) Porém, uma das principais dificuldades para o entrada desses materais no mercado está o conhecimento limitado entre o público e alunos sobre química verde. (Ipsos MORI, 2005) O Centro de Excelência em Química Verde da Universidade de York tem anos de experiência desenvolvendo atividades para o público e alunos de Ensino Fundamental e Médio para communicar conceitos em química verde e sustentabilidade. As novas tecnologias da informação e comunicação, incluindo jogos e métodos interativo trazem possibilidades inovadoras para estimular o aprendizado do aluno, envolvendo-o em um processo conhecido como ‘self-directed learning’. Em 2008-2011 o Centro de Excelência em Química Verde da Universidade de York desenvolveu um projeto para comunicar química verde por meio de uma exposição interativa. Os objetivos do projeto foram: • Desenvolver uma fonte de informação confíavel, introduzindo os conceitos de química verde e as oportunidades para melhorar a sustentabilidade dos produtos de consumo, em geral; • Criar uma exposição interativa para alunos de Ensino Fundamental e Médio para comunicar as informações disponíveis, de maneira clara, concisa e cativante.

Material e métodos

A metodologia de trabalho foi realizar uma exposição interativa (touchscreen) comunicando o ciclo-de-vida de quatro produtos no banheiro: xampu, batom, hidratante e sabonete. Addicionamente, a proposta incluiu um jogo interativo para simular um banho de espuma verde, usando a informação aprendida anteriormente sobre os outros produtos. Essas informações foram disponibilizadas por meio de diferentes ferramentas e meios, incluindo problemas, videos, animação e texto. A extensão e profundidade dos textos usados foram cuidadosamente selecionadas, considerando cos diferentes níveis de conhecimento e interesse do estudante ou público em geral. A exposição foi realizada em dois museus de ciência na Inglaterra, por um período de seis meses. A proposta foi avaliada usando questionários e observação dos alunos durante a interação con a exposição nos museus. Além disso, informações quantitativas foram também empregadas para avaliar a quantidade de pessoas que visitaram a exposição.

Resultado e discussão

Anteriormente de terem acesso à exposição, 99% das pessoas disseram não saber o que é ‘química verde’. Depois da interação e acesso às informações disponibilizadas, 90% afirmaram ter aprendido novos conceitos, 100 % pensaram que é bom usar ‘química verde’ para mudar os produtos no banheiro e 100 % pensaram que é importante tentar usar produtos que são ecológicos. Com relação a adequação da proposta, 90 % dos visitantes pensaram que a exposição explicou ‘muito bem’ ou ‘bem’ a necessidade de utilizarmos produtos menos impactantes em banheiros. Na reposta à pergunta sobre o que era bom ou ruim na exposição houve só seis repostas negativas, sendo que a maioria sugeriu que o conteúdo (linguagem) e formato eram apropriados para crianças entre 5-7 anos. Algumas repostas positivas dos alunos incluíram: ‘Ótimo, informativo e divertido’; ‘Muito educativo e divertido'; ‘Eu gostaria muito usar de novo, ajudou muito. Certifique-se de escovar os dentes.’; ‘Jogos fabuloso’; ‘Esse é tão bom, melhor que chocolate’; ‘Vamos ambiente! Use espuma-super. Foi muito divertido. Obrigado!’ Algumas limitações com a exposição realizada no interior de meseus foram encontradas, especificamente com a atenção dos jovens. Portanto, posteriormente, a exposição foi realizada em vários escolas, com uma mistura de experimentes práticos e apoio do professor. Tal mudança oportunizou ao professor introduzir os conceitos voltados à quiímica verde e, aos alunos explorá-los de maneira ‘self-directed’, visando potencializar a aprendizagem.

Conclusões

Essa proposta mostrou que atividades eletrônicas interativas são opções adequadas para introduzir informações complexas sobre química verde e sustentabilidade para alunose público em geral. Tais atividades, especialmente jogos, permitiram aos alunos explorar de forma ‘self-directed’ e divertida os conceitos abordados, com o objetivo de potencializar a aprendizagem, especificamente quando associadas às atividades dentro da sala-da-aula, com apoio do professor.

Agradecimentos

Agradecemos o EPSRC e Boots the Chemist para apoio parceria financiamento.

Referências

Química verde no Brasil 2010 – 2030. Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2010. 438 p.

Ipsos MORI survey 2006 commissioned by the Chemical Industries Association