Autores

Santana, J.M. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Falcão, A.P.S.T. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Siqueira, D.R.M. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Silva, G.O. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Silva, M.M. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Dantas, O.C.D.B. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Filha, A.A.T. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA) ; Freire, M.S. (IFPE -CAMPUS VITÓRIA)

Resumo

É perceptível no dia a dia a forma como determinados frutos e vegetais, a exemplo das maçãs, bananas e batatas, escurecem quando suas superfícies entram em contato com o ar, fazendo com sua aparência fique pouco desejável. As reações de oxidação são as responsáveis por esse fenômeno acontecer, assim a maçã apresenta-se como um instrumento diferenciado pelo qual se pode ensinar e aprender a Química, fazendo uso de um espaço não formal de ensino, a cozinha. Participaram como sujeitos 25 discentes do Ensino Médio e Superior inscritos no minicurso, onde foi vivenciada a oxidação da maçã e observações dos fenômenos ocorridos.

Palavras chaves

Ensino de química; Cozinha; Espaço não formal

Introdução

A química é vista por muitos como uma disciplina extremamente difícil, devido ao fato de muitas vezes ter seu ensino associado a apenas cálculos e formulas, que os alunos devem decorar. Por isso, é cada vez mais comum a busca por métodos diferenciados para que o conteúdo dado em sala de aula seja assimilado com mais facilidade, já que ao se ensinar ciências, é importante não privilegiar apenas a memorização, mas promover situações que possibilitem a formação de uma bagagem cognitiva no aluno (VASCONCELOS; SOUTO, 2003). Segundo Dartora et al. (2011) não há apenas uma maneira de aprender as coisas, tão pouco um só lugar ou momento em que se adquire conhecimento, toda aprendizagem acontece de forma contínua, a partir de diversas fontes, e de maneiras distintas. Aprende-se em casa, no trabalho, no lazer, na escola ou fora dela. Os conhecimentos acumulados e habilidades desenvolvidas com todas as experiências são resultados da aprendizagem que ocorre ao longo da vida. Para Simson (2001) nos ambientes não formais é possível aplicar metodologias que permitam ao aluno adquirir ou aprimorar seus conhecimentos de forma lúdica, criativa e participativa. São espaços de aprendizagens, não restritos ao limite da sala de aula onde ocorre uma relação fechada entre professores e alunos, mas abertos a todas as possibilidades e interações. Diante disso o presente trabalho tem como objetivo mostrar uma possível prática de baixo custo para a sala de aula, onde a Química pode ser trabalhada na sua forma experimental, com o intuito de auxiliar o aluno a perceber as reações químicas que ocorrem em sua volta.

Material e métodos

A pesquisa desenvolvida é de natureza qualitativa. O trabalho foi desenvolvido a partir da disciplina de Prática do Ensino de Química II, no segundo período (2013.2) do curso de Licenciatura em Química. O trabalho foi desenvolvido na forma de minicurso oferecido na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do IFPE - Campus Vitória. Participaram como sujeitos 25 discentes do Ensino Médio e Superior da referida Instituição. Foi utilizado uma cozinha como local para o desenvolvimento das observações. A maçã foi lavada e seca, em seguida foi cortada ao meio e em apenas uma das partes adicionou o limão (até o total recobrimento da superfície). Aguardou-se aproximadamente 20 minutos e observou-se que a metade em que não foi passada o limão ficou com uma aparência mais escura e a outra permaneceu com a mesma cor. Durante o tempo de espera, os alunos foram questionados sobre o que estava acontecendo e algumas dúvidas sobre o assunto abordado foram esclarecidas. Em seguida, explicou-se o processo de inibição enzimática ocorrido nas fatias da maçã contendo suco de limão (vitamina C) e o escurecimento enzimático ocorrido na fatia sem as soluções dos antioxidantes.

Resultado e discussão

Com a realização do minicurso tanto os discentes do Ensino Médio como do Ensino Superior puderam ter uma visão mais abrangente da Química, e da percepção da mesma nas situações do cotidiano. Muitas vezes no dia a dia não há a compreensão de que várias reações químicas estão acontecendo a todo tempo. Todos os discentes tiveram um conhecimento maior sobre o processo de oxidação que ocorre com frequência na natureza e assim ampliar a visão para identificar as reações químicas que ocorrem a nossa volta no cotidiano.

Figura 1

Oxidação da maçã - metade esquerda sem limão/ metade direita com limão

Conclusões

Com a concretização deste estudo percebe-se que todos os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar um experimento de baixo custo em um espaço não formal, identificar as reações químicas que ocorrem em sua volta com os alimentos, assim como esclarecer possíveis dúvidas sobre a oxidação

Agradecimentos

Os autores agradecem primeiramente a Deus, aos participantes do estudo, e a orientadora Profa. Dra. Ana Patrícia Falcão e ao IFPE - Campus Vitória.

Referências

CARVALHO, L.C; LUPETTI, K.O; FILHO, O. F. Um estudo sobre oxidação enzimática e a prevenção do escurecimento de frutas no ensino médio. Química nova na escola. N° 22, novembro 2005

DARTORA, T. M.; ARRUDA, S. M.; PASSOS, M. M. Ambientes informais de aprendizagem: o que há nos anais do EBRAPEM sobre eles? X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. Curitiba, 2011.

SIMSON, O. R.; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S.; Educação não formal: cenários da criação. Campinas: Editora da Unicamp/Centro de Memória, 2001.

VASCONCELOS, S.D.; SOUTO, E. O livro didático de ciências no ensino fundamental – proposta de critérios para análise do conteúdo zoológico. Ciência & Educação, v. 9, p. 93-104. 2003.