Autores

Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; Alves de Sousa, R. (IFPI) ; Francisco dos Santos Borges, V. (IFPI) ; Gonçalves da Luz, F. (IFPI) ; Henrique da Silva Passos, M. (IFPI) ; Rodrigues da Silva, S. (IFPI) ; Diego de Brito Sousa, J. (UFPI) ; Roberto Assunção Cardoso, J. (IFPI)

Resumo

A presente pesquisa realizada por alunos bolsistas do PIBID de Química tem por finalidade relatar as experiências vividas em sala de aula e demonstrar a importância de atividades práticas no ensino de química como ferramenta metodológica, eficaz na compreensão de conceitos abstratos. Para tanto, um grupo de 70 alunos do 1° ano do ensino médio da Escola Estadual Landri Sales, município de Picos-PI, foram submetidos a um questionário contendo seis questões sobre o ensino de química, que muitas vezes traz representações especiais na imaginação dos jovens. Dessa maneira, constatou-se que tanto o PIBID quanto o uso de aulas práticas poderão contribuir para a melhoria do entendimento e aprendizado dos conteúdos propostos pela disciplina de Química.

Palavras chaves

ensino; aulas práticas; PIBID

Introdução

As atividades experimentais no ensino de química tornou-se um recurso didático, bem como uma ferramenta metodológica tornando conceitos abstratos mais compreensíveis e estimulantes de se aprender. De acordo com (FARIAS, 2004) “Em qualquer disciplina que se baseia na observação dos fenômenos naturais, as práticas constitui-se ponto chave para uma verdadeira aprendizagem”. No ensino médio são poucas as escolas que realizam atividades práticas e o motivo deste problema estar na falta de laboratórios, equipamentos, reagentes adequados e formação insuficiente do professor (NARDI, 1998). Dificultando dessa maneira, o ensino dessa disciplina que é tida como “chata” e complicada, mas apesar disso, importante podendo tornar-se boa quando transformamos a teoria na prática e foi através do Programa Institucional de Bolsas Iniciação à Docência (PIBID) que os alunos bolsistas começaram a diagnosticar este problema. Como diz Paulo Freire “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro” (FREIRE, 1997). Essa é uma das vantagens das aulas experimentais, o incentivo a pesquisa, pois permitem que o aluno manipulem objetos e ideias que serão discutidos entre si e com o professor. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 2003) “o princípio contextualização trata-se de que os conteúdos devem ser relacionados às práticas, às experiências cotidianas, relacionadas às competências adquiridas dos alunos”. A presente pesquisa realizada por bolsistas do PIBID reúne informações e experiências vividas por bolsistas acerca do ensino de química sem o uso de aulas práticas em uma escola estadual parceira do programa.

Material e métodos

Esta pesquisa de caráter qualitativa promovida por bolsistas do PIBID teve como base avaliar a importância de aulas experimentais e verificar as consequências da carência dessas aulas na escola estadual Landri Sales no município de Picos-PI. Foi feito um levantamento da disponibilidade de materiais no laboratório da escola e em seguida foi aplicado um questionário com seis questões, sendo três objetivas e três subjetivas referentes às aulas práticas no ensino de química. As perguntas foram aplicadas em sala de sala a um total de 70 alunos do primeiro ano do ensino médio nos turnos matutino e vespertino.

Resultado e discussão

Os dados coletados revelaram que falta contextualização, aulas práticas, motivação por parte dos professores e alunos no estudo da disciplina. Refletindo diretamente na pouca aprendizagem dos alunos e justificando dessa maneira o baixo rendimento na disciplina. Analisando os resultados obtidos, dos 70 alunos que responderam o questionário 46,15% não sentem motivação em estudar química, 85% afirmam que encontrariam essa motivação se houvessem aulas práticas para correlacionar com a teoria. Foi investigada na quarta questão a importância da química e o que eles acham dessa disciplina, destes 76,92% acham a química importante, mas a maioria não soube relacioná-la com a sua vivência, e se basearam em opiniões coletivas; 46,15% acham que a química é confusa e não é útil para suas vidas. A última questão faz referência a química do cotidiano, a saber, “ Dê exemplos onde a química estar presente no seu cotidiano?” – apenas 69,23% souberam citar exemplos do uso da química no seu dia a dia. Observa-se que o ensino de Química separado da experimentação é insatisfatório e supérfluo. A ausência das aulas práticas torna a química “chata” e complicada, na qual a curiosidade do aluno se encontra cada vez mais distante.

Conclusões

As aulas práticas propicia ao professor apresentar a disciplina de forma mais didática, já que a aprendizagem se faz através da curiosidade e da dúvida, pois se trata muitas vezes de conceitos abstratos e fórmulas que “mexem” com a imaginação do alunado. Por meio do PIBID coordenado pelo IFPI (Instituto Federal do Piauí) os bolsistas puderam avaliar e relatar as experiências adquiridas nas salas de aulas da escola parceira do projeto. Portanto, é possível ensinar química e o aluno aprendê-la, mas deve-se prestar atenção ás representações negativas dos alunos.

Agradecimentos

Ao IFPI, ao PIBID-CAPES, à escola parceira do projeto: Unidade Escolar Landri Sales, aos supervisores institucionais, à professora e os alunos da escola.

Referências

FARIAS, Robson Fernandes de, Práticas de Química Inorgânica, Campinas, São Paulo, Átomo, 2004.
FREIRE, Paulo (1997). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
NARDI, Roberto. Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.
Parâmetros Curriculares Nacionais ensino médio. Disponível em
<http://pedagogiaemfoco.pro.br/epcn.htm> Acessado em 08 dez. 2013