Autores

Paz, W.H.P. (UESPI) ; Oliveira, A.R. (UESPI) ; Moraes, A.L. (UESPI) ; Lima, F.C.A. (UESPI)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar práticas alternativas com materiais de baixo custo, tais como jogos e experimentos para uma série de 1º ano do ensino médio, da Unidade Escolar Helvideo Nunes de Teresina-PI, com o intuito de verificar se houve melhorias no ensino de química. Com o auxílio do Programa de Iniciação à Docência – PIBID - pôde-se desenvolver várias atividades, diversificando, portanto, o método de ensino mas sempre aliando a teoria com a prática. Com a execução dessas atividades foi possível perceber um bom rendimento durante as aulas, com uma maior participação dos alunos, observando-se assim um maior interesse e compreensão dos conteúdos na disciplina de química.

Palavras chaves

Práticas; PIBID; Química

Introdução

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência tem como objetivo fomentar a iniciação à docência de alunos de licenciatura, preparando-os para atuar na educação básica, valorizando o magistério, além de promover melhorias na educação básica. O trabalho experimental visa a criar oportunidades para que os alunos explorem seus conhecimentos prévios, relacionando-os com os conceitos que estão sendo estudados, e tenham a oportunidade de reconstruí-los ou ampliá-los [1]. A importância do trabalho prático é inquestionável na Ciência e deveria ocupar lugar central no seu ensino, no entanto, o aspecto formativo das atividades práticas experimentais tem sido negligenciado [2]. As dificuldades enfrentadas, com a falta de tempo para as aulas e os alunos, que inicialmente não acreditavam que estavam estudando química, confirmam-nos a importância de os alunos terem um papel ativo no processo de ensino aprendizagem, permitindo assim uma evolução conceitual [3]. Outro importante método de ensino que pode ajudar no educação de química é a introdução de jogos didáticos que proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de estudar, além de oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar e revisar a assimilação do alunado em relação aos conteúdos estudados, ou como um meio mais dinâmico de fixar o conhecimento, permitindo a identificação de erros de aprendizagem [4].

Material e métodos

Inicialmente foi aplicado um questionário, antes da elaboração e introdução das atividades na escola, onde através do mesmo foi possível avaliar onde e o que deveria ser melhorado durante as aulas de química. É necessário utilizar materiais de baixo de custo devido a unidade escolar não ter um laboratório e condições suficientes para que ocorra a demonstração de uma aula pratica mais elaborada, como mostra a figura 1. No entanto os recursos disponíveis foram de fácil acesso no qual os experimentos foram realizados, sempre adequaram-se ao conteúdo trabalhado em sala de aula e contando com a participação dos alunos – figura 2. As primeiras atividades práticas aplicadas foram a de determinação do teor de álcool na gasolina e o de mistura de cores no leite, onde os alunos poderão trabalhar os conceitos de solução e mistura em um sistema de fases. O teste da chama retorna ao estudos dos modelos atômicos, mais precisamente ao modelo atômico de Bohr. A última atividade proposta foi o jogo “Dominó da Tabela Periódica”, o jogo contém 52 peças de duas faces contendo os elementos químicos mais conhecidos, onde as consiste nas mesmas regras que um dominó clássico, a diferença é que a face será composta pelo símbolo e nome do elemento químico. Ao iniciar, o jogador deve associar as peças que possuem o nome com o respectivo símbolo ou vice-versa sendo assim associando o nome ao elemento.

Resultado e discussão

Depois da aplicação das atividades realizadas até o momento, perguntamos, aos alunos, se houve melhoria na compreensão em relação aos assuntos de química. De um total de 21 alunos que responderam aos questionários, 13 (61,9%) afirmaram que ocorreu um avanço na melhoria e na compreensão do ensino, 3 alunos (14,28 %) dizem que o ensino melhorou mas que falta evoluir mais e 5 dos alunos afirmaram que apesar de gostarem das atividades, obtiveram rendimento mínimo (23,82%). Através do desenvolvimento deste trabalho foi possível observar e identificar as influências que o uso dessa estratégia de ensino tem na aprendizagem. Os alunos conseguiram tornar mais contextualizado o conhecimento que tinham dos conteúdos já abordados pelo professor na sala de aula com a utilização dos experimentos e de jogos. Esse fato serve também como incentivo para que professores do ensino de química adotem metodologias alternativas, nas quais os alunos sintam liberdade e tornem-se mais desinibidos para questionar e dialogar sobre os conteúdos da disciplina e consequentemente mudem sua concepção a respeito da mesma.

Figura 1

Práticas realizadas com materiais de baixo custo

Figura 2

Atividades realizadas em sala de aula com a participação dos alunos

Conclusões

O trabalho realizado ajudou a perceber melhor a relação entre a experimentação em Química e o interesse e compreensão dos alunos. Também mostrou a necessidade de ampliar o estudo, principalmente, pela necessidade de coletar outras informações sobre a aprendizagem dos mesmos, a partir do seu próprio rendimento durante as aulas, o que poderá ser feito em novos estudos. Dessa forma até o momento observou-se que cerca de 60% dos alunos já conseguem assimilar o que está sendo transmitido durante as aulas teóricas e práticas.

Agradecimentos

PREX-UESPI; CAPES ; PIBID-UESPI ; UESPI - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

Referências

[1] CARVALHO, A.M.P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências. São Paulo: Cortez, 1995.
[2] SMITH, K.A. Experimentação nas Aulas de Ciências. In: CARVALHO, A.M.P.; VANNUCCHI, A.I.; BARROS, M.A.; GONÇALVES, M.E.R.; REY, R.C. Ciências no Ensino Fundamental: O conhecimento físico. 1. ed. São Paulo: Editora Scipione.1998. p. 22-23.
[3] MORTIMER, Eduardo Fleury. Química: coleção explorando o ensino. Ed. Brasília: Ministério da Educação, 2006.p.61-67.
[4] ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008.