Autores

Cassiano, M.A.N. (IF SERTÃO) ; Silva, C.M. (IF SERTÃO) ; Silva, C.D. (IF SERTÃO) ; Barbosa, L.R.D. (IF SERTÃO) ; Teixeira, D.V.B. (IF SERTÃO) ; G. de Sá, C.L.S. (IF SERTÃO) ; Figueirôa, J.A. (IF SERTÃO) ; Silva Augusto Filha, V.L. (IF SERTÃO) ; Silva, H.C. (IF SERTÃO)

Resumo

Recentemente, os jogos como atividades lúdicas estão sendo muito aplicadas como proposta facilitadora para o processo de ensino-aprendizagem dos conceitos em química, buscando tornar as aulas mais atrativas e dinâmicas. Neste contexto, o presente projeto tem como objetivo fixar e verificar conteúdos adquiridos de forma contextualizada a partir de jogos didáticos, como uma estratégia de ensino para obtenção de conhecimentos químicos e verificar a aceitação e influência na aplicação de três jogos didáticos amarelinha, bingo e jogo da memória em uma turma de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Através de uma gincana. Diante dos resultados obtidos verificamos que a aplicação dos jogos lúdicos nas aulas de química na turma de EJA foi uma boa ferramenta para uma maior assimilação dos conteúdos.

Palavras chaves

Química; Jogos didáticos; Ensino Aprendizagem

Introdução

Atualmente existem diversas ferramentas de inovação na educação, apesar de muitos professores ainda apresentarem dificuldade no que diz respeito ao ensino de química. Segundo Oliveira (2004), estudos e pesquisas mostram que o Ensino de Química é em geral tradicional, centralizando-se na simples memorização e repetição de nomes, fórmulas e cálculos. Para Kishimoto (2002), o professor deve rever a utilização de propostas pedagógicas passando a adotar em sua prática aquelas que atuem efetivamente na aprendizagem e na apropriação de conhecimentos por parte do aluno e a formação cidadã do mesmo. Ressalta Carvalho (2004) que as diferentes atividades realizadas em sala de aula devem contribuir para a construção do conhecimento dos alunos. Assim, como alternativa pedagógica podemos utilizar da inserção de atividades lúdicas em sala de aula que nos últimos anos tem se mostrado uma ferramenta inovadora. De acordo com Antunes (1998) o jogo é uma das atividades que mais estimula a inteligência e também o comportamento social, pois ele impõe regras e faz com que os jogadores controlem seus impulsos, desenvolva e enriqueça suas personalidades. Dentro desse contexto esse trabalho tem como objetivo fixar e revisar conteúdos adquiridos de forma contextualizada a partir de jogos didáticos, como uma estratégia de ensino para obtenção de conhecimentos químicos e verificar a aceitação e influência na aplicação de três jogos didático amarelinha, bingo periódico e jogo da memória em uma turma de Educação de Jovens e Adultos – EJA, da Escola Estadual Três Marias da cidade de Floresta – PE.

Material e métodos

O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Três Marias na turma do EJA, por bolsistas do PIBID do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano – Campus Floresta. O trabalho “Adultos Também Brincam: Aprendendo Química Através de Jogos” vem com intuito de aprimorar os conhecimentos dos alunos com assuntos já vistos em sala pelos mesmos. O encontro com os educandos foi dividido em dois momentos: no primeiro momento dividiu-se a turma em dois grupos e em seguida foi apresentado o jogo “Amarelinha”, sendo abordado com este os seguintes temas: Introdução ao estudo da química, substâncias químicas, introdução ao conceito de reação química e introdução à estrutura atômica. O jogo consistia em perguntas com alternativas A, B, C e D, onde cada acerto os mesmos avançavam uma casa. No segundo momento: ocorreu aplicação do jogo da memória com os Elementos Químicos da Tabela Periódica, onde os pares consistiam no símbolo do elemento e na outra a imagem aplicada no seu cotidiano e o Bingo Periódico no qual eram chamados os nomes dos elementos da Tabela Periódica e na cartela continha apenas os símbolos dos elementos. Foram aplicados questionários pré e pós-teste para analisar a eficácia do jogo em relação ao processo de ensino aprendizagem.

Resultado e discussão

A turma de EJA consiste em 12 alunos matriculados, com faixa etária homogênea, sendo a maioria 76% acima de 30 anos, 50% do sexo masculino. Nos questionamentos pré e pós aplicação das atividades lúdicas, quando perguntado se já tiveram algum tipo de atividade lúdica antes da aplicação da gincana 100% responderam que não e 100% responderam que através dos jogos foi possível revisar os conteúdos de química abordados. Os resultados mostraram que as aplicações dos jogos lúdicos tiveram um grau de aceitação favorável por parte dos estudantes, o que implica dizer que essa ferramenta didática possibilitou tornar mais sólido à assimilação dos conteúdos, fortalecendo a aprendizagem. Pode-se observar que com aplicação dos jogos “amarelinha”, o jogo da memória e bingo periódico chamou a atenção dos estudantes, por ser divertido e estimular a socialização entre eles, havendo um aumento significativo de 51,3% de acertos nas questões propostas dos assuntos de substâncias químicas, reação química, estrutura atômica e tabela periódica. Uma dificuldade apresentada por parte dos alunos foi à associação ao nome do elemento e respectivo símbolo, pois constantemente eles pegavam a tabela periódica para auxiliá-los. No entanto, considera-se isto como um bom sinal, pois a dificuldade no tocante aos nomes e símbolos dos respectivos elementos estimularam os estudantes a pesquisar e utilizar a tabela periódica, proporcionando-lhes mais familiaridade em saber manuseá-la. Houve também uma interação entre os estudantes que se ajudavam a fim de facilitar na construção do conhecimento.


(Bingo Periódico)

Conclusões

Diante dos resultados obtidos acreditamos que a aplicação dos jogos lúdicos nas aulas de química na turma de EJA foi uma boa ferramenta para a maior assimilação dos conteúdos abordados em sala, sendo uma boa estratégia de auxilio para o ensino de química. É importante ressaltar que os jogos não substitui nenhum outro método de ensino, nossa proposta foi à aplicação dos jogos como um auxílio didático à revisão dos conteúdos. Ficou claro que as atividades lúdicas facilitam o processo de ensino-aprendizagem corroborando ainda para o desenvolvimento social dos estudantes.

Agradecimentos

A Deus, ao IF Sertão Pernambucano por sua contribuição para com a nossa formação e ao PIBID.

Referências

ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 13. ed. Rio de Janeiro: Vozes, p.11-42, 1998.
CARVALHO, A. M. P. Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática. São Paulo: Thomson, 2004.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2002.
OLIVEIRA, V. B. Jogos de regras e resoluções de problemas. Editora: Vozes, 2ª ed. 2004.