Autores

Cavalcante de Oliveira, S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Rodrigues Piñeros, O. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; da Silva Matos, G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Pereira da Costa, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Vieira Rosas, L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS)

Resumo

O licenciado, em qualquer área do conhecimento, ao iniciar sua prática educativa deve utilizar todos os recursos e ferramentas disponíveis para incentivar e melhorar o processo de ensino–aprendizagem. Uma das ferramentas que pode usar em sua praxe é a resolução de exercício em sala de aula. Esta é uma excelente atividade para aquisição de conhecimento, principalmente em disciplinas de exatas, pois ao mesmo tempo em que se resolve uma questão pode-se aprender e revisar os conteúdos. Assim este trabalho buscou alternativas para utilização desta atividade de modo que ela fosse incentivadora no processo da construção do conhecimento. Tendo como escopo avaliar a utilização da atividade como alternativa no processo de ensino aprendizagem de química.

Palavras chaves

Alternativas; Motivação; Aprendizagem

Introdução

A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino básico. O ensino de Química deve possibilitar aos alunos, entre outras coisas, a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada. É importante que os alunos consigam relacionar de forma crítica o conhecimento químico adquirido na escola, na mídia ou em outras fontes, com os acontecimentos na sua vida cotidiana. Dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (PCN's. MEC/SEMTEC, 1999). Logo, se faz necessário a busca de formas alternativas de ensino que motivem a aprendizagem desta ciência nas escolas públicas através da inserção de técnicas, ferramentas e material educativo que sejam interessantes, instigantes e relacionáveis a conceitos preexistentes na estrutura cognitiva do educando. Nesse sentido, a resolução de exercícios, quando utilizada de forma diferenciada, pode auxiliar o aluno na construção do conhecimento e, paralelamente, levar a questionamentos que os motivem ao aprendizado. Portanto, desenvolveu-se a pesquisa “Resolvendo, Revisando e aprendendo: uma alternativa para a motivação do ensino aprendizagem de Química em uma escola pública de Benjamin Constant – AM”. Essa teve o objetivo de avaliar a utilização da atividade como alternativa no processo de ensino aprendizagem de química, verificando as possíveis contribuições dessa atividade como motivação para o aprendizado de química e verificação da aceitação da atividade por parte dos alunos.

Material e métodos

As atividades foram realizadas por meio do programa PIBID na Escola Estadual Imaculada Conceição, localizada no Município de Benjamin Constant/AM, com uma turma do 1° ano do Ensino médio. Estas atividades consistiram em duas etapas. A primeira etapa versou de aulas teóricas, nas quais foram ministrados os conteúdos “Estados físicos da matéria” e “Mudanças de estados físicos”. Foram utilizados recursos audiovisuais e explanação oral. Em seguida, deu-se início a segunda etapa da atividade que consistiu na resolução de exercícios dos conteúdos ministrados por meio da atividade dinâmica denominada: Revisando, Resolvendo e aprendendo. Para a aplicação da atividade foram formados grupos de cinco alunos, cada grupo recebeu uma lista com várias questões referentes aos conteúdos trabalhados, um cartaz vazio, a ser preenchido com base no conhecimento adquirido e, paralelamente, diversas peças que correspondiam a resposta de cada questão. Uma vez que todos os grupos tivessem com esse material em mãos, as peças seriam montadas no cartaz conforme as questões fossem resolvidas. E, após a resolução da lista de exercício com a montagem do quadro com todas as questões resolvidas corretamente, foi solicitado aos alunos que observassem o cartaz e verificassem situações do seu cotidiano, na sequência os alunos foram instigados a relatarem suas observações. Durante o desenvolvimento da atividade foi realizada uma avaliação da utilização dessa atividade como alternativa no processo de ensino aprendizagem de química através da observação e participação efetiva dos alunos. E, no final da aplicação da atividade, foi verificada, através do depoimento espontâneo dos alunos, a aceitação dos alunos e as contribuições dessa atividade como ferramenta motivadora para o aprendizado de química.

Resultado e discussão

Na primeira etapa da atividade em que se ministrou uma aula teórica os alunos se mostraram atenciosos. Notou-se que os estudantes compreendiam melhor exemplos do cotidiano, e que muitos são ainda não tinham relacionados os fenômenos ocorridos no dia a dia com os conteúdos aplicados em sala de aula. Durante o desenvolvimento da segunda etapa da atividade foi observado que os alunos ficaram curiosos para saber como seria essa forma “simplificada” e “inovadora” de resolução de exercício, pois estavam habituados a resolver as questões após as aulas teóricas apenas no papel. Nessa atividade foi trabalhada principalmente a busca de estratégias e soluções para questões envolvendo situações do cotidiano dos alunos. Eles foram instigados a usar o raciocínio lógico e a construírem a relação entre conhecimento teórico e empírico com situações e fenômenos do dia a dia. Percebeu-se de imediato o interesse e participação efetiva dos alunos na busca de soluções para as questões. Foi verificado que essa ferramenta foi motivadora para o aprendizado de química quando aplicada para alunos de 14 a 15 anos e apresentou 98 % de aceitação na faixa etária aplicada podendo-se verificar que os alunos se sentem mais motivados para entender os conteúdos de química, quando há a aceitação da metodologia e quando se tem uso de aulas práticas e dinâmicas, as quais possibilitem aos alunos uma interação entre eles e os instiguem a pensar e a solucionar os questionamentos de acordo com seus conhecimentos. Desta forma infere-se que os resultados adquiridos condizem com os já previstos por Ferreira et. al. (2012), o qual relata que o uso de recursos didáticos em sala de aula permite ao aluno participar do processo de construção de conhecimento, percebendo a verdadeira relação entre a teoria e a prática.

Figura 1

Alunos realiazndo a atividade

Figura 2

Alunos resolvendo as questões.

Figura 2

Alunos resolvendo as questões.

Conclusões

Analisando os resultados pode-se inferir que esta atividade teve a aceitação dos alunos como prática educativa podendo ser usada como ferramenta alternativa no processo de ensino aprendizagem de química, uma vez que, estimula e motiva os alunos a pensar e utilizar todo conhecimento já adquirida sendo uma alternativa divertida de aprender, testar conhecimentos, desenvolver competências, habilidades de raciocino, além de aperfeiçoar o senso crítico e as relações interpessoais dos educandos e a vida cotidiana.

Agradecimentos

Agradeço ao PIBID, aos alunos e professor pela disponibilidade para a realização da atividade.

Referências

FERREIRA, E. A. et. al. Aplicação de jogos lúdicos para o ensino de química: auxilio nas aulas sobre tabela periódica. In: Encontro Nacional de Educação, Ciência e Tecnologia da UEPB, Paraíba, 2012.
PARÂMETROS Curriculares Nacionais (PCN) – Ensino Médio; Ministério da Educação,1999.