Autores

Tenile da Silva, E. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Gomes de Souza, E. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Gomes Nunes, F. (ETE - EPITÁCIO PESSOA) ; Carlos Araújo dos Anjos, L. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Galdino da Silva, A. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA) ; Brito da Cruz, J. (IFPE - CAMPUS IPOJUCA)

Resumo

No presente trabalho tem como objetivo apresentar uma intervenção pedagógica realizada na Escola Técnica Estadual Epitácio Pessoa, localizado no Cabo de Santo Agostinho - PE. Foram demonstrados experimentos voltados ao cotidiano dos alunos, em seguida, a aplicação de um jogo da memória como instrumento avaliativo. Participaram desse trabalho 40 alunos do 1º Ano A do ensino médio da escola citada, no qual o conteúdo abordado foi métodos de separação de misturas. Os resultados desse trabalho mostraram que a utilização de experimentos e jogos pode ser uma ferramenta útil na melhoria da qualidade de ensino.

Palavras chaves

Ensino de Química; Separação de misturas; Jogos pedagógicos

Introdução

Chassot citado por Araújo, afirma que “o processo de ensino-aprendizagem de Química deve ser aplicado aos estudantes de tal maneira que os possibilitem perceber que estudar Química não é só memorizar fórmulas, fatos, símbolos e nomes, mas sim que a vida cotidiana é relacionada a esta ciência, também devem perceber que aquilo que estuda na sala de aula está relacionado com a natureza e com a sua própria vida” (CHASSOT apud ARAUJO, 2003). Em nosso cotidiano são utilizados vários métodos de separação de misturas que podem ser contextualizados, como por exemplo, a cozinheira ao preparar um café, um pedreiro ao passar a areia pela peneira, o lavrador quando lança para cima a mistura de arroz e palha, etc. Dessa forma, foi realizada uma intervenção que consistiu em trazer aos estudantes uma aula de cunho construtivista. Para tal propósito, foram ministradas aulas, juntamente com os experimentos e um jogo da memória, esse último com caráter avaliativo.

Material e métodos

Este trabalho foi desenvolvido em duas aulas de 50 minutos, dividida em dois momentos que abrangeram tanto a teoria como a prática. Inicialmente foi ministrada uma aula introdutória sobre métodos de separação de misturas, em que várias substâncias teriam de serem misturadas (“água e areia”, “água e óleo”, “areia e prego”, “areia, serragem e água”, “água e sal” e “água e gasolina”). O desafio experimental consistiu na identificação de cada método de separação das misturas realizadas pelos estudantes. Posteriormente foi aplicado um jogo da memória utilizando perguntas sobre o assunto abordado em que os alunos foram divididos em vinte duplas. O jogo é formado por peças que apresentam uma questão em um dos lados que se repetem duas vezes. No início do jogo, as peças são colocadas com as questões voltadas para baixo. Cada dupla deve, na sua vez, procurar seus respectivos pares, permitindo que as demais duplas vejam. Caso as figuras/perguntas encontradas sejam iguais, a dupla poderia responder a questão e, acertando, recolheria esse pares, podendo jogar novamente. Caso a dupla errasse a resposta, devolveria para o mesmo lugar, dando a oportunidade ao próximo. Se fossem peças diferentes, estas deveriam ser devolvidas, sendo passada a vez para a dupla seguinte. No final do jogo, a dupla vencedora será aquela que tiver recolhido o maior número de pares. A avaliação da intervenção ocorreu concomitantemente à aplicação desse jogo, observando-se os acertos das questões. Por fim, foram levantados alguns questionamentos, tais como: Qual foram suas dificuldades? O que acharam da aula? O que acharam do jogo pedagógico?

Resultado e discussão

Durante a intervenção, percebeu-se que os estudantes se mostraram interessados em participar da intervenção com os experimentos (Fig. 1). A melhor interação dos alunos foi demonstrada por uma maior quantidade de questionamentos sobre o tópico apresentado e comentários sobre as técnicas de separação. Durante o jogo (Fig. 2), as duplas demoraram para encontrar o par de cartas correspondentes, mas nada que levassem a desistirem. Percebeu-se uma contribuição mútua no intuito de responder aos questionamentos. Foi constatado uma boa aceitação de uma avaliação no formato de jogo. Alguns ressaltaram nos questionários, aplicado oralmente, que não sentiram dificuldade alguma na aula. Pontuaram também que aulas diferentes do tradicional, como a que foi aplicada, são mais interessantes. Outros relataram que aplicação dessa estratégia melhora a assimilação dos assuntos abordados. Sendo assim, o uso de jogos lúdicos e experimentos demonstrativos proporcionam um envolvimento no processo de ensino aprendizagem.

Figura 1

Experimentos simples utilizados na intervenção.

Figura 2

Jogo da memória.

Conclusões

A partir da intervenção vivenciada, podemos afirmar que é possível realizar aulas com experimentos simples. Metodologias baseadas em jogos e experimentos podem contribuir para um melhor entendimento sobre um assunto que, muitas vezes, é exposto com visualização de figuras.

Agradecimentos

Agradecemos a CAPES e à Escola Técnica Estadual Epitácio Pessoa.

Referências

ARAUJO, E. S. F. Separação de misturas na perspectiva experimental, Campina Grande, 2009.