Autores

Neto, F.L.F. (UVA) ; Rocha, M.S. (UVA) ; Santos, F.G.F. (UVA) ; Silva, J.R. (UVA) ; Costa, I.C.A. (UVA) ; Menezes, F.L. (UVA) ; André, A.S.L. (UVA) ; Araújo, N.V. (UVA)

Resumo

A química não é um saber difícil, executado somente por químicos especializados e em laboratórios com aparelhagem cara e sofisticada, ao contrario, todos podem realizar experiências e aprender as teorias, pois a química está sempre presente no dia-a-dia de todos. Assim, o objetivo dessa pratica é apresentar uma proposta de experimento para o ensino de uma forma contextualizada comprovando o que se vê na teoria. Foi proposta a realização de um experimento, magia química, para ser desenvolvido em uma feira de ciências na escola parceira do subprojeto de química (PIBID), a E.E.F.M. Sinhá Saboia, no Ceará. A experimentação pode ser vista para o ensino de Química como uma dessas estratégias para que o conteúdo possa ser incorporado pelo aluno de forma prática e objetiva.

Palavras chaves

Aprendizagem; Solubilidade ; Criatividade

Introdução

Recurso didático é todo o material que possa facilitar a absorção do conteúdo pelo aluno. Esses recursos didáticos vêm a facilitar a aprendizagem, sendo de suma importância a qualquer disciplina. A fim de exemplificar podemos citar como recursos didáticos o uso de cartazes, tabelas, retroprojetores, livros, revista, música, teatro, textos, debates e experiências. A experimentação pode ser vista para o ensino de Química como uma dessas estratégias para que o conteúdo possa ser incorporado pelo aluno, entretanto para que isso de fato aconteça, há uma necessidade de uma redefinição e reorientação do trabalho prático de modo a contemplar três aspectos da educação científica: aprender ciência, aprender sobre ciência e fazer ciência. Articular esses três aspectos em práticas do ensino médio não é simples, entretanto o planejamento de cada atividade experimental, feita pelo professor, deve sim buscar relacionar ao conteúdo, aspectos históricos, epistemológicos e metodológicos sobre a ciência (FREIRE, 2002). O objetivo é apresentar uma proposta de experimento para o ensino do conteúdo de solubilidade de uma forma contextualizada comprovando o que se vê na teoria sobre polaridade, utilizando materiais de baixo custo.

Material e métodos

Foram utilizados para a prática; acetona, isopor e um modelo da face de um palhaço. Para fazer o experimento denominado de “a magia química”, no qual foi feito uma abertura na parte da boca para que os alunos inserissem pedaços de isopor, sendo que atrás da pequena abertura em forma de boca estava a acetona. Essa atividade foi desenvolvida durante a feira de ciência da escola, onde todos os alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio participaram sobre o conteúdo de polaridade.

Resultado e discussão

Ao mergulhar um pedaço de isopor na acetona, observa-se que o mesmo libera todo o ar presente em seu interior na forma de gás carbônico, transformando-se em uma pasta, pois mais de 97% do volume do isopor é constituído de ar, o que dá ao material a propriedade de isolante térmico. Isso ocorre por que os dois compostos, acetona e isopor são apolares (LEE, 1999). Segundo a regra geral de solubilidade, semelhante dissolve semelhante, assim o isopor se dissolve em acetona. Sob a ação da acetona pura, o isopor toma a forma pastosa, moldando-se com facilidade em torno de um molde, neste caso o recipiente (um béquer). Ao resfriar o produto, ele readquire o estado sólido (SHRIVER, 1999). Com o intuito de ensinar o conteúdo de forma divertida e curiosa, foi proposta a realização do experimento durante a feira, onde os alunos se mostraram muito curiosos com o fato de que era colocado o isopor na boca do palhaço e do outro lado não aparecia o isopor inserido. Foi deixada a vista de todos que não existia nada atrás do palhaço, para que eles questionassem de como isso estava acontecendo. Alguns alunos questionaram sobre essa mesma solubilidade com a acetona encontrada em casa, utilizada para remoção de esmalte. Foi explicado que aconteceria a mesma coisa só que em tempo diferente, pois essa acetona possui uma concentração menor, podendo também ser abordado os conceitos de concentração.

Figura 1.

Participação dos alunos na feita de ciências.

Conclusões

A proposta de experimento para o ensino do conteúdo de solubilidade se mostrou prático e objetivo onde os alunos de forma divertida e curiosa aprenderam sobre o assunto.

Agradecimentos

CAPES, PIBID e UVA.

Referências

1. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia, Ed. EGA. 1996, 92p. Digitalizado em 2002.
2. LEE, J.D. (1999). Química Inorgânica não tão concisa.
3. SHRIVER, D.F; ATKINS, P.W. Química inorgânica. 3. ed Porto Alegre: Bookman, 1999.