Autores

Mira, T.S. (IFSERTAO - CAMPUS FLORESTA) ; Costa, A.J.M. (IFSERTAO - CAMPUS FLORESTA) ; Nunes, S.L. (IFSERTAO - CAMPUS FLORESTA) ; Augusto Filha, V.L.S. (IFSERTAO - CAMPUS FLORESTA)

Resumo

O referido trabalho discorre sobre a importância da utilização de recursos didáticos alternativos, tendo como foco a melhoria na qualidade de ensino para os discentes. Durante o projeto os alunos foram estimulados a reproduzir o conteúdo ligações químicas de uma forma alternativa/diferenciada, promovendo assim novas metodologias para a abordagem do conteúdo. Esta proposta foi desenvolvida para motivar os alunos a estudar o conteúdo de forma mais aprofundada sem ser pelo método comum da aula expositiva, onde eles estudaram o conteúdo e explicaram segundo o ponto de vista deles e da forma que eles acharam mais adequada, utilizando as mais variadas formas de apresentação: vídeos, paródias, poemas e toadas.

Palavras chaves

Educação; ensino-aprendizagem; motivação

Introdução

Este referido projeto remete ao ensino de ligações químicas de um modo alternativo, o mesmo foi realizado com alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola de Referência em Ensino Médio Capitão Nestor Valgueiro de Carvalho na cidade de Floresta – PE com o intuito proporcionar uma metodologia para que os alunos compreendam o conteúdo de ligações químicas de uma forma que eles mesmos possam reproduzir seu conhecimento. Essa liberdade dada ao aluno para que ele produza seu próprio trabalho, gera mais intimidade com a disciplina de química, que muitas vezes é vista como um bicho de sete cabeças. Segundo ZABALA (1998, p.162) “o aprendizado se dá quando o aluno consegue utilizar o conhecimento adquirido em uma exemplificação ou em situações que ele consegue pôr em prática, com ações ou palavras, os conceitos por ele formulados. Schatzman (Apud Medeiros e Bezerra Filho, 2000, p.108): A ciência não pode ser ensinada como um dogma inquestionável. Um ensino da ciência que não ensine a pensar, a refletir, a criticar, que substitua a busca de explicações convincentes pela fé na palavra do mestre, pode ser tudo menos um verdadeiro ensino da ciência. É antes de mais nada um ensino de obediência cega incorporado numa cultura repressiva. O trabalho tem como foco principal tirar o aluno do seu status de espectador fazendo com que ele mesmo participe do seu processo de aprendizado de forma efetiva, de forma que ele possa questionar esse mesmo conhecimento. Segundo a LDB (1996), o ensino de química deve colaborar na educação de forma a alicerçar a construção do conhecimento científico do educando, colocando-o como sujeito desse processo e não como mero espectador.

Material e métodos

Inicialmente o conteúdo sobre ligações químicas foi ministrado para os alunos com o intuito de facilitar a compreensão do conteúdo. Após as aulas ministradas os alunos foram separados em grupos de seis e escolheram com qual tipo de ligação iriam trabalhar e quais métodos usariam para explicar a ligação podendo ser essas apresentações em: cordel, filme, poesia, parodia, etc. o objetivo era que as apresentações estivessem ligadas ao lúdico. Todo o processo de execução do projeto estava valendo nota de 0 a 10 para os discentes, por isso houve grande empenho por parte dos mesmos na elaboração das apresentações. Os alunos utilizaram durante as apresentações: pandeiro, violão, caixas de som, computador e projetor.

Resultado e discussão

Os resultados alcançados foram significativos no que se refere ao processo de construção do autoconhecimento, proporcionando autonomia para os discentes. Facilitando a compreensão e assimilação do conteúdo ligações químicas, aumentando assim o rendimento acadêmico dos mesmos. Algumas das produções dos alunos foram: “ Toada – Ionização” Agora vamos falar de uma ligação, Ela faz parte da química , Ela é a ionização. Oh a química!! Formada entre metal e ametal, Um tem carga positiva e o outro negativa. Oh a química!! Para se tornarem estáveis Há a troca de elétrons Na camada de Valencia Onde fica tudo certo Oh a quimica!! E para finalizar Vamos lá ionizar Com a professora Taizia Que tem muito a ensinar Oh Taizia!! ”Cordel” Preste atenção no que vou lhe dizer Irei falar das ligações químicas Para jamais você esquecer Com uma boa razão você tem que apreender Se quiser apreender vai ter que me ouvir A força dos átomos se manterá Em duas ou mais união Se eles não se unir a atração não irá existir. Agora vamos apreender compartilhar Com a ligação covalente você no estante vai se integrar Por que ela lhe ensinará A compartilhar elétrons para se estabilizar. Na ligação iônica é tudo diferente Resultante de uma transformação de doação e recepção Apresentando os seus elétrons de um metal para um não metal Surgindo tudo em especial. Essas foram algumas produções dos alunos que também compuseram funk, pagode, poemas, rock e produziram vídeos. Ao final da atividade pode-se notar uma significativa melhora na compreensão dos alunos no que se refere as ligações químicas.

Conclusões

Através do referido trabalho foi possível notar que os alunos compreenderam melhor o conteúdo através dos poemas, paródias, acrósticos, cordel e vídeos que os mesmos produziram. Para fazer os trabalhos tiveram que estudar o conteúdo e com isso aprenderam de forma significativa o conteúdo. Porém ficou evidente que os alunos tiveram uma desenvoltura maior com o conteúdo das ligações iônicas. Os resultados foram satisfatórios, pois os alunos construíram seu conhecimento da forma que eles consideraram mais adequada a cada um deles,

Agradecimentos

Ao IF Sertão Pernambucano; ao PIBID e a CAPES por nos dar a oportunidade de desenvolver os nossos conhecimentos.

Referências

BRASIL, Ministério da Educação, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, de 20 de Dezembro de 1996, Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 1996. Disponível em: http://www.mec.gov/br/legisl/pdf/LDB.pdf

MEDEIROS, A.; BEZERRA FILHO, S. A natureza da ciência e a instrumentação para o ensino de Física. Ciência & Educação, v. 6, n. 2, p. 108, 2000.

ZABALA, A. A prática educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.