Autores

Silva, C.D. (IF SERTÃO) ; Silva, T.A.L. (IF SERTÃO) ; Sá, J.F.S.N. (JULIO DE MELLO) ; Silva Augusto Filha, V.L. (IF SERTÃO) ; G. de Sá, C.L.S. (IF SERTÃO)

Resumo

A prática no ensino das ciências se torna relevante na construção de uma aprendizagem significativa, onde a experiência serve de subsídio para que o aluno perceba os fenômenos que ocorrem no seu cotidiano. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo promover aos alunos do primeiro ano do ensino médio a construção e realização de experimentos com materiais alternativos de baixo custo. Após a realização do trabalho observou-se o interesse e engajamento dos alunos ao construir e realizar os experimentos, compreendendo assim o quanto o ensino aliado à prática faz a diferença no dia a dia do estudante.

Palavras chaves

Química; ensino aprendizagem; contextualização

Introdução

A prática no ensino das ciências se torna relevante na construção de uma aprendizagem significativa, onde a experiência serve de subsídio para que o aluno perceba os fenômenos que ocorrem no seu cotidiano. De acordo com Piaget (1977), uma das tarefas da educação é formar o raciocínio. Ressalta Barros (2009) que os professores devem buscar alternativas para tornar a disciplina mais compreensível, tais como a contextualização dos conteúdos ministrados, mostrando a importância da química nos avanços científicos e tecnológicos que estão diretamente ligados à sociedade contemporânea. A experimentação é uma ferramenta muito importante no processo de ensino-aprendizagem de química, porém é necessário que as atividades sejam bem elaboradas e bem aplicadas para se obter resultados significantes no ensino GALIAZZI e GONÇALVES (2004). Dentro desta linha, Paloschi (1998) afirma que os experimentos podem possibilitar o despertar de interesse e motivação para análise critica dos resultados, compensando as dificuldades que são frequentemente citadas pelos alunos em relação ao aprendizado de Química e reforçando conceitos que são importantes. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo promover aos alunos do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Júlio de Mello a construção e realização de experimentos com materiais alternativos de baixo custo. O projeto foi mediado por estagiário e bolsista do PIBID do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano Campus Floresta com intuito de contextualizar e promover uma aprendizagem significativa.

Material e métodos

A turma consistia em 25 alunos matriculados, onde 100% da turma tinha uma faixa etária entre 15 a 19 anos. Os alunos foram divididos em grupos e ficaram encarregados de confeccionar um material e apresentá-lo para o restante da turma através de um experimento. As equipes construíram funil de decantação, pipetador, recipiente de água destilada, tripé e lamparina a álcool. Foram realizados experimentos tais como separar água do óleo e água que gira no ar, elevador de naftalina, etc. Foi aplicado um questionário pré e pós-teste para analisa se a atividade proposta contribuiu para o desenvolvimento e habilidades no ensino aprendizagem do conteúdo de separação de mistura.

Resultado e discussão

Após a construção e realização das práticas em sala, foram analisados os questionários, onde cotiam as seguintes perguntava: na sua escola tem laboratório de química? 100% responderam que não; com que frequência você tem aulas práticas em sala? 86% responderam que quase nunca; com a experimentação aliada à teoria facilitou o entendimento do conteúdo de separação de mistura? 86,6% responderam que sim. Comparando as notas obtidas antes dos experimentos com o aplicado posteriormente, notou-se que houve um aumento de 53,3% nos acertos das questões. No entanto, mais significativo foi o nível de complexidade epistemológica observada nas respostas após os experimentos. Respostas que antes eram simples e vagas passaram a ter embasamento e apresentar significado próprio. Observou-se o interesse e engajamento dos alunos ao construir e realizar os experimentos, compreendendo assim o quanto o ensino aliado à prática faz a diferença no dia a dia do estudante.


(Recipiente de água destilada)


(Funil de decantação)

Conclusões

As atividades práticas realizadas contribuíram de forma significativa para o ensino de Química. Ficando notório o quão é necessário utilizar esse método para o ensino da química, e a partir disso pode-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender conteúdos de química, pode ser minimizada através da utilização de aulas experimentais, que o auxilia na compreensão dos temas abordados, já que proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Percebeu-se nesse trabalho que os alunos se sentiram mais instigados a aprender tendo as experiências como parte das atividades propostas.

Agradecimentos

Ao IF Sertão Pernambucano Campus Floresta e ao PIBID pela contribuição à nossa formação acadêmica.

Referências

GALIAZZI, M. C.; GONÇALVES, P. F., A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em química. Revista Química Nova, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 326-331, 2004.
PIAGET, J. PARA ONDE VAI A EDUCAÇÃO? Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1977.
BARROS, Ivoneide. C. L.; SANTOS, Vanuza. O. Oficina de química: experimentos de química inorgânica para alunos do ensino médio. In: Anais da 32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química,http://sec.sbq.org.br/, 2009.
PALOSCHI, Rosiléia; ZENI, Mára; RIVEROS, Raúl. Cromatografia em giz no ensino de química: didática e economia. Química Nova na Escola, nº7, p.35-36, 1998.