Autores

Dubrull, D.S. (IFRJ) ; Castro, D.L. (IFRJ)

Resumo

A literatura aponta como uma das maiores dificuldades no processo de ensino aprendizagem de Química, a dificuldade de visualização que os alunos possuem dos processos e modelos químicos. Neste trabalho apresentamos os resultados da aplicação de uma aula que foge ao tradicional. Ao invés de utilizar figuras estáticas para ensinar os fenômenos e modelos químicos, foram utilizados vídeos de animação, que foram extraídos do site You Tube. A aplicação se deu numa turma do curso de Controle Ambiental do IFRJ, campus Nilópolis, como parte das atividades de estágio supervisionado. A avaliação foi feita através de um questionário, respondido pelos alunos ao final da aula. Segundo os alunos, os vídeos possibilitaram uma melhor e maior visualização dos fenômenos e modelos químicos.

Palavras chaves

Ensino de Química; Vídeos; Animações

Introdução

Como toda a área de conhecimento a química possui sua linguagem e suas peculiaridades e cabe ao professor de química do ensino médio e fundamental o desafio de ser o mediador entre o mundo da química e o mundo do aluno, não que esses mundos estejam distantes uns dos outros como a maioria dos alunos imagina; sendo assim um dos maiores desafios que o professor de química enfrenta em seu dia-a-dia escolar é o de levar o seu aluno a entender como a química está presente em sua vida. Para tanto, deve-se buscar metodologias que permitam ao aluno observar a integração da disciplina Química em sua realidade cotidiana. Por que a ciência é apresentada como sendo dona da verdade? Se a própria história da evolução dos conceitos científicos já demonstrou a fragilidade dessa visão, porém, não é dessa forma que o aluno é apresentado à química, ou a ciência de uma forma geral. O aluno deve ser alertado, por intermédio do seu professor, da fragilidade da forma como os conceitos químicos são desenvolvidos, precisamos mostrar ao aluno que um dia já se acreditou que o átomo era indivisível, mas hoje se tem provas da existência de partículas subatômicas. A ciência se baseia em provas experimentais e em teorias que se adaptam a resultados experimentais. “Ao contrário, a construção do conhecimento científico é um processo de produção de verdades provisórias, verdades essas que são produzidas a partir da superação dos primeiros erros” (LOPES, 1995). Mais do que ter a consciência do modo como a ciência é feita e evolui, o aluno precisa saber que um dos pré-requisitos para estudar química é capacidade de abstração, essa capacidade possibilita a transposição entre o mundo macro e micro, quando não se consegue penetrar nesse mundo o aprendizado se torna muito difícil, pois todos os tópicos da química se apoiam na existência e visualização desse mundo imaginário. A compreensão de teorias e a aplicação de modelos explicativos, exige de nossos alunos o estabelecimento de relações entre os fenômenos observáveis e o não diretamente observável. (BELTRAN, 1997). E essa transposição entre o macro e o micro não é realmente muito fácil, o aluno acaba tendo uma postura muito passiva frente às explicações, pois, ele deve aceitar que uma bolinha agora é um átomo, que um monte de bolinhas aglomeradas é um sólido iônico, a forma como a química é representada acaba por criar um ambiente que propicia o desenvolvimento de alguns tipos de confusão. Ao ensinar química precisamos dar atenção ao que é realmente significativo para o aprendizado. Um entendimento claro de como o conhecimento químico é desenvolvido e de como devemos nos relacionar com esse mundo microscópico estudado na química, irá proporcionar um melhor desenvolvimento das aulas. Os vídeos e o contexto escolar. Ser professor não é tarefa fácil, a profissão exige preparo, paciência e muita dedicação, porém, entre os estudantes das áreas exatas, aqueles que optam pela licenciatura são vistos como menos capazes em relação aos que fazem os cursos mais tradicionais (Bacharel ou Engenharia). Observamos que a maioria dos professores que ministram aulas nos cursos de licenciatura tem pouca ou nenhuma formação pedagógica. Dentro da perspectiva de poder facilitar o aprendizado de química e de fornecer ao professor ferramentas para que a sua aula aconteça de forma mais dinâmica e eficaz, o desenvolvimento de uma estratégia de ensino onde ocorresse um combate real e eficaz da dificuldade de visualização e abstração que os alunos enfrentam no entendimento dos fenômenos químicos, pareceu um bom ponto de partida para uma análise de como se pode combater uma das maiores problemática do ensino de química. Dentro da busca dessa ferramenta de ensino a utilização de vídeos e animações, pareceu uma boa alternativa, na facilitação da visualização do fenômeno químico. Segundo Arroio e Giordan (2006) “Um filme ou programa multimídia tem um forte apelo emocional e, por isso, motiva a aprendizagem dos conteúdos apresentados pelo professor.”. A teoria de Vygotsky acaba por corroborar essa hipótese, logo os vídeos podem realmente facilitar o ensino, se utilizados como ferramenta de ensino (REGO, 1995). Sendo assim, a visualização dos vídeos faz com que os fenômenos químicos façam parte da história social do indivíduo, mais do que isso, uma das maiores dificuldades no ensinar química também acaba por ser explicitado, o trânsito entre o macro e o micro, a possibilidade de visualizar o movimento de rotação translação de uma molécula de água durante o seu movimento no espaço, a agitação dos átomos durante a mudança de fase e etc. Causa um outro impacto em relação as figuras estáticas. Buscando analisar as potencialidades de ferramentas que forneçam aos professores recursos que facilitem a visualização de modelos e fenômenos químicos, o presente trabalho apresenta os resultados de uma aula ministrada para alunos de química do ensino médio que teve na exibição de vídeos e animações sua principal ferramenta de ensino.

Material e métodos

Para alcançarmos os objetivos de investigar a utilização de vídeos animados nas aulas de química para facilitar a visualização e o entendimento por parte dos alunos dos fenômenos e modelos químicos; Além de analisar, na perspectiva de Vigotsky, a relevância da utilização de vídeos animados nas aulas de química e analisar os resultados da aplicação de uma aula utilizando os vídeos para uma turma de ensino médio. Utilizamos a metodologia descrita a seguir. O professor deve ter o cuidado de que o vídeo não tome todo o tempo da aula, os vídeos devem consistir em pequenas inserções, não é objetivo dar uma aula baseada em um vídeo mais sim que eles fizessem parte da aula, eles devem exercer um papel de complemento a explicação teórica, os vídeos devem dar início a uma série de contestações por parte dos alunos, eles devem poder opinar se a explicação teórica possibilitou aquele tipo de visualização ou se esta acabou por proporcionar uma perspectiva diferente das representadas pelos vídeos. A aula apresentada à turma se deu através da apresentação de slides. Os assuntos abordados foram os mais diversos, dissociação, distribuição eletrônica, ligação química, etc. Após a apresentação da base teórica do fenômeno ou teoria química o vídeo que retrata o fenômeno ou teoria era apresentado. A preocupação que norteou a ordem de abordagem dos temas, não foi aquela apresentada pelos livros didáticos, e sim aquela que permitiria uma maior compreensão, por parte dos alunos, de que os assuntos estudados na química não se dão de forma fragmentada, assim foi possível demonstrar como o tema ligação química se relaciona com a dissociação e que essa por sua vez se relaciona com a propriedade de uma solução aquosa ser eletrolítica ou não. Todos os vídeos utilizados na aula foram retirados do site YouTube, site disponível no seguinte endereço eletrônico: www.youtube.com . O YouTube é um site onde os internautas colocam e pesquisam vídeos sobre os mais variados temas. Outro ponto do trabalho que merece destaque é o de que os vídeos exibidos na aula, apesar de terem sidos acessados no site You Tube, não foram exibidos diretamente do site, ou seja, não foi necessário estar conectado a internet para assistir os vídeos, pois os mesmos foram extraídos do site, realizamos o download dos vídeos do site. Após a execução dos vídeos cada aluno recebeu uma folha com a seguinte pergunta: “Você considera que os modelos animados possibilitaram uma melhor visualização e consequente entendimento dos fenômenos e modelos químicos?”.

Resultado e discussão

A atividade descrita nesse trabalho ocorreu em uma única aula formada por dois tempos de cinquenta minutos cada, a turma era composta por trinta e três alunos, porém, no dia em que os vídeos foram exibidos havia vinte e nove alunos presentes. A apresentação dos vídeos mostrou-se positiva por vários fatores. A turma que normalmente apresentava um comportamento muito irrequieto, ficou mais atenta as explicações, várias perguntas sobre as animações foram realizadas, alguns vídeos foram reprisados demonstrando assim que os alunos superaram a postura habitual da turma de simples receptora das explicações adotando uma postura de interação e questionamento durante o processo de explicação. Isso demonstra que a simples quebra da rotina da sala da sala de aula acaba por despertar e possibilitar uma nova postura da turma, a verdade é que até mesmo o professor acaba por se cansar da rotina da sala de aula, e que esta mudança na forma de ministrar a aula acaba por ajudar e motivar tanto os alunos como o professor. Em relação a avaliação da atividade, às respostas fornecidas pelos alunos ao questionamento “Você considera que os modelos animados possibilitaram uma melhor visualização e consequente entendimento dos fenômenos e modelos químicos?” demonstraram que 100% dos presentes consideraram a exibição dos vídeos como um fator que, de alguma maneira, contribuiu para a melhoria do ensino, o principal fator destacado pelos alunos foi a quebra da rotina da sala de aula, o que podemos observar nas seguintes respostas “... deixando a aula mais dinâmica e mais atraente.” , “... assistir uma aula de química proporcionando diversão com ensino” “... vemos a matéria de uma forma “descontraída” ...” , além dos fatores de novidades que os vídeos possibilitaram, observações sobre o aprendizado da química também foram destacados pelos alunos, como podemos observar nos seguintes trechos:“... é uma maneira de explicar o que todo professor explica de maneira metódica”, “...eu acho muito mais fácil o entendimento de algo visual do que algo que só é explicado” , “...gostei da apresentação, pois ela possibilitou uma visualização bem diferente de tudo que viemos aprendendo em sala de aula; a visão em 3D passou mais realidade aos fenômenos químicos e isso possibilita um entendimento mais concreto”, “...quando visualizamos as figuras em livros muitas vezes não entendemos a matéria ou não conseguimos visualizar o que realmente acontece. As animações além de facilitarem o aprendizado nos mostrando o que não conseguimos imaginar olhando as figuras, torna a aula mais dinâmica e interessante atraindo a atenção dos alunos” A avaliação também possibilitou a constatação de como os alunos, apesar do esforço durante a aula de enfatizar que o entender supera qualquer tipo de possibilidade de memorização, tem a visão de que a matéria deve ser decorada e não entendida, como podemos observar no trecho a seguir: “As animações ajudam e muito no entendimento da matéria, pois estas facilitam a memorização de pontos importantes da matéria” Diante do que foi vivenciado durante a aula, sobre a participação e envolvimento da turma, e pelas respostas dos questionários, os vídeos se mostraram como uma importante e poderosa ferramenta de ensino de química, além disso, pela perspectiva de que para se apropriar de um conhecimento o mesmo deve fazer parte da história sócio-cultural do indivíduo, os vídeos possibilitam, em relação às figuras estáticas, interação muito maior e real entre o aluno e os fenômenos químicos. O site You Tube oferece várias opções de vídeos e animações que podem ser utilizados nas aulas de química do ensino médio, abaixo se encontra a descrição de alguns desses vídeos. Para uma aula sobre mudança de estado físico o vídeo “Estado da matéria”, que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch? v=AAZQjnT4HMY&feature=related, com duração de 53s, o vídeo “Energia cinética de um gás (animação)” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=oP7LjGgCxsI&feature=related, com duração de 1 min e 9s e o vídeo “Mudança de Estado (animação)”, que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=dHRLdx7v1pA&feature=related, com duração de 1 min 21s podem ser utilizados, esses vídeos apresentam, a matéria formada por inúmeras esferas maciças, em um primeiro momentos estas esferas encontram-se muito próximas umas as outras, representando o estado sólido, posteriormente as esferas começam a se agitar e por consequência começa a se afastar representando o estado líquido e em um último momento as esferas se agitam com uma velocidade muito elevada e se mantém o mais afastado possível representando o estado gasoso. Em uma aula de cinética química, lei de conservação de massa ou sobre a lei das proporções constantes o vídeo “Animação em 3D da reação de síntese da água através do gás oxigênio e o gás hidrogênio”, que está disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=SuFhj4I6vYg, com duração de 0:51s e o vídeo “Já pensou em aprender Química assim?”, que está disponível no link: https://www.youtube.com/watch? v=gU0sjb_OO9g&index=15&list=PLumed9vzjmWPn7lpRzJ2AkA0MmpYl9xIK, com duração de 1 min 20s, podem ser utilizados, os dois vídeos representam, através dos modelos de esferas maciças, a reorganização que os átomos sofrem durantes as reações químicas, o primeiro vídeo tem como temática a síntese da água e o segundo a formação da água e gás oxigênio a partir do peróxido de hidrogênio. Para facilitar a visualização da geometria molecular da água e dos seus movimentos do espaço o vídeo “moléculas de água” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=6iJgntoXo40&feature=related, com duração de 9s, o vídeo “Evaporação da água” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=WClLe2UI9I4&feature=related, com duração de 26 s, podem ser utilizados, esses vídeos apresentam a molécula de água em três dimensões e alguns dos movimentos que ela pode assumir no espaço. Para o ensino de ligação química, interação intermolecular, solubilidade, dissociação e geometria molecular o vídeo “Dissociation of salt” que está disponível no link:http://br.youtube.com/watch? v=EBfGcTAJF4o&feature=related, com duração de 53s,o vídeo “NaCl” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=K8sI9TNElu4&NR=1, com duração de 6s, o vídeo “Disolucion de sal de mesa” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=-HCRm5HX1hc&feature=related, com duração de 41 s, o vídeo “Disolución” que está disponível no link: http://br.youtube.com/watch?v=7yLsfn6Cyq4&feature=related, com duração de 13 s , podem ser utilizados , os vídeos apresentam um sólido iônico estável(Cloreto de sódio) com esferas representando os íons cloreto e sódio, logo após o sólido é inserido em meios aquoso e as moléculas de água “atacam” o sólido iônico perturbando assim a estabilidade da ligação iônica do cloreto e do sódio e provocando a separação dos íons.

Conclusões

Ensinar não é tarefa fácil, porém essa missão se torna ainda mais difícil quando não se dispõem de ferramentas que facilitem o processo de ensino e aprendizagem, considerando o ensinar química, uma das maiores dificuldades que encontramos em sala de aula é a transposição entre o mundo macroscópico e o mundo microscópico, estudado pela química. Essa transposição ocupa lugar de destaque no processo de aprender e ensinar química, pois, todo o conhecimento químico se apoia, de forma direta ou indireta, nessa relação entre o macro e o micro, logo, para se fazer um ensino de química que faça sentido para o aluno e que se comprometa com a formação do cidadão, ferramentas de ensino devem ser desenvolvidas para facilitar tanto o ensinar como o aprender, dentro dessa perspectiva, a apresentação dos vídeos se mostrou uma ferramenta eficaz no ensino de química, pelas respostas que os alunos deram ao questionário ficou clara a nova percepção e motivação que os vídeos provocaram. Considerando a perceptiva de Vygotsky para o ensino, os vídeos também se mostraram muito eficientes, pois possibilitaram uma maior relação entre o aluno e o fenômeno químico, fazendo com que o fenômeno fizesse parte da história social do indivíduo. Vivemos um momento onde a informação está disponível e acessível através da internet. Os alunos atuais são extremamente conectados, seja através de notebooks, tablets ou smartfones. Atualmente, além do You Tube, existem várias formas de se utilizar a internet a favor do professor de Química. São aplicativos, jogos virtuais, programas, entre outras ferramentas que podem ser acessadas facilmente, que enriquecem e dinamizam a aula de Química. O professor do século XXI deve aproveitar esta facilidade de transitar pelo mundo virtual que os alunos possuem, para ao inserir estas propostas em suas aulas, torná-las mais atraentes e proveitosas para o aprendizado dos alunos.

Agradecimentos

Ao Instituto Federal do Rio e Janeiro, campus Nilópolis, pela possibilidade da pesquisa.

Referências

ARROIO, A., GIORDAN, M. O Vídeo Educativo: Aspectos da Organização do Ensino. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 24, p.8-11, nov. 2006.

BELTRAN, Nelson Orlando. Idéias em movimento. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 5, p.14-17, nov. 1997.

LOPES, Alice Ribeiro Casimiro. Reações químicas: fenômeno, transformação e representação. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 2, p.7-9 nov. 1995.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: Uma pespectiva Histórico-cultural da educação. 9. ed. São Paulo: Vozes, 1995.

YOUTUBE. Disolución. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=7yLsfn6Cyq4&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Disolucion de sal de mesa. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=-HCRm5HX1hc&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Dissociation of salt. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=EBfGcTAJF4o&feature=related> Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Energia cinética de um gás (animação). Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=oP7LjGgCxsI&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Estados da Matéria. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=AAZQjnT4HMY&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Evaporação. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=WClLe2UI9I4&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Evaporação da água. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=WClLe2UI9I4&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Moléculas de água. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=6iJgntoXo40&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. Mudança de Estado (animação). Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=dHRLdx7v1pA&feature=related>. Acesso em: 2 maio 2017.

YOUTUBE. NaCl. Disponível em: <http://br.youtube.com/watch?v=K8sI9TNElu4&NR=1>. Acesso em: 2 maio 2017.