Autores

Zanelato, A.I. (UEA) ; Souza, N.M. (UEA) ; Anselmo, M.L. (UEA)

Resumo

Questões ambientais normalmente costumam ser motivos de acalorados debates público e a todo instante estão nos noticiários, somente quando algo em grande escala, e impactante sobre a opinião pública ocorre ao meio ambiente, bem como vazamentos de óleo, rompimento de barreiras de mineradoras ou acidentes radioativos, e por vezes, desprezam outros processos mais lentos, porém rotineiros e, não menos perigosos à Saúde pública do que os desastres ambientais mais expostos na mídia, como é o caso da deposição inadequada de resíduos sólidos contendo metais pesados.A educação ambiental tem importância para a conscientização, conhecimentos e atitudes necessárias para proteger e melhorar a qualidade ambiental. A escola é um lugar propicio para a realização da educação ambiental.

Palavras chaves

educação ambiental; conscientização; metais pesados

Introdução

Questões ambientais normalmente costumam ser motivos de acalorados debates público e a todo instante estão nos noticiários, somente quando algo em grande escala, e impactante sobre a opinião pública ocorre ao meio ambiente, bem como vazamentos de óleo, rompimento de barreiras de mineradoras ou acidentes radioativos, e por vezes, desprezam outros processos mais lentos, porém rotineiros e, não menos perigosos à Saúde pública do que os desastres ambientais mais expostos na mídia, como é o caso da deposição inadequada de resíduos sólidos contendo metais pesados. Realidade esta que aponta haver um cenário social de desinformação a respeito da periculosidade desses tipos de resíduos nocivos, proveniente da irrelevância que se dá à Educação Ambiental nas escolas, âmbitos estes, que SAUVÉ (2005) relata como espaço privilegiado à formação de cidadãos e ao desenvolvimento de valores que influenciem na aquisição de atitudes adequadas quanto ao consumo e descarte de resíduos. Porém, atualmente muitos educadores não conseguem intervir de modo acentuado na educação ambiental, uma vez que não levam em conta as múltiplas facetas da nossa relação com o meio ambiente. Uma ideia da importância dessa reciprocidade entre o homem e a natureza, está na maneira de como o homem se beneficiou desde os primórdios até o presente dos recursos naturais, na conversão da matéria por meio de processos químicos, físicos e biológicos em diversos tipos de produtos de grande importância, por outro lado, são preocupantes quando esses viram dejetos e, exposto a toda sorte ao meio ambiente. Os metais pesados são elementos da natureza que ao passar por transformações químicas resultam em produtos (como lâmpadas, pilhas, baterias entre outros) de fontes energéticas (MOREIRA, 2004).

Material e métodos

A metodologia desse projeto foi desenvolvida na Escola Estadual Padre Jorge Frezzini, tendo como público alvo, os estudantes do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), na cidade de Parintins-AM, no horário noturno. Foram aplicadas palestras nas salas da Escola Estadual Padre Jorge Frezzini, na qual foram expostos aos alunos à realidade da cidade, quanto a deposição do lixo que é produzido no município, sobretudo, do comprometimento político para com as questões ambientais. Na palestra realizada teve a participação de alguns alunos, expondo situações vivenciadas em seu cotidiano, como por exemplo, o contato das crianças com materiais nocivos como, pilhas, baterias, lâmpadas, entre outros produtos eletrônicos. Assim, percebeu-se o nível de conhecimento dos mesmos a respeito do tema abordado. Posteriormente foram realizadas rodas de conversas que mostraram uma interatividade melhor com os estudantes da Escola, pois dessa forma os mesmos estiveram mais à vontade para compartilhar sua realidade. Durante o debate surgiu alguns pensamentos: Estudante 1: Os meus sobrinhos costumam muito brincar com pilhas fazendo delas como bolinhas de gude. Certo dia deparou-me com eles removendo aquela capinha que a revesti e, logo percebi que saia tipo um óleo, mas não sabia muito bem o grau de perigo apenas que vazia mal, em seguida, tomei as pilhas e rapidamente os proibi de brincar com esses produtos. Ao citarmos a respeito de possíveis metais pesados contido na lâmpada fluorescente, houve um incômodo por parte de um aluno. Estudante 2: A gente pega essas lâmpadas que estão jogadas e pila para utilizar como cerol de linha. Nem sabia que fazia mal! Por final, entendemos que pela participação da maioria dos alunos nas atividades, os alunos obtiveram um bom êxito dos conhecimentos repassados.

Resultado e discussão

O trabalho retrata a forma de desenvolvimento do projeto que foi aplicada na escola estadual Padre Jorge Frezzine, em um trabalho voltado a conscientização ambiental relacionado aos metais pesados presentes aos dejetos que se encontram dispersos nas técnicas de celulares, televisores, rádios, e entre outras técnicas presentes na cidade de Parintins. De acordo com relatos de (Loureiro, Layrargues, Castro, 2002, p.211) A educação ambiental é uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente.Na 5º figura, representa uma interação, em busca de se obter um conhecimento sobre o assunto discutido, e segundo (ZANETI, 2003) O conhecimento está presente nos mais diversos aspectos que possam ser repassados de forma simples, mais com uma enorme natureza de objetividades que refletirão na sociedade de forma sucinta e realista. Figura – 5 Roda de conversa mostrando os perigos oriundos da pilha Na figura 6, segundo (REIGOTA, 2003, p.10) ideias comuns bem como brincadeiras do dia-dia, são pontos positivos quando se quer alcançar objetivos que vão de encontro com suas preocupações com a realidade da sociedade, sendo assim, essas imagens relatam a interação dos alunos nas atividades desenvolvidas na escolas estadual Padre Jorge Frezzine, tendo como retrospectos conhecimentos repassados de forma simples, mis com muita determinação, resultando desta forma, em um aprendizado que reflete na presença dos metais pesados em diversos dejetos descartados nos ambientes da cidade de Parintins Am. Figura – 6 Interatividade com as crianças da 7º série, sobre educação ambiental

Conclusões

No projeto realizado, foi possível vivenciar a necessidade de expor cada vez mais estudos com finalidades de ampliar o conhecimento com relação a educação ambiental. Pois durante o desenvolvimento do trabalho, verificou-se a falta de conhecimento relacionado aos metais pesados. Neste contexto, acarreta de forma generalizada problemas nos mais diversos campos da sociedade, prejudicando à saúde de muitas pessoas. Quando se pensou em trabalhar metais pesados, não era apenas para destacar a importância de forma teórico, mas sim, no âmbito prático, mostrando as periculosidades que neles se encontram, tendo em vista os descartes corretos, facilitando e reduzindo os impactos ambientais, visando ter, um ambiente ecologicamente correto, e principalmente socialmente justo.

Agradecimentos

Nossos agradecimentos a escola por nos ceder a oportunidade de desenvolver esse projeto. Assim como nossos professores orientadores e aos acadêmicos que desenvolveram

Referências

CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2006.

CETESB. Companhia de tecnologia e Saneamento Ambiental. Valores orientadores para Solos e Aguas subterrâneas Estado de São Paulo – 2005, em substituição aos valores orientados de 2001, e das outras providencias. São Paulo, SP.

GUEDES, José Carlos de Souza. Educação ambiental nas escolas de ensino fundamental: estudo do caso. Garanhuns: Ed. do autor, 2006.

LIMA, Waldir. Aprendizagem e classificação social: um desafio aos conceitos. Fórum Crítico da Educação: Revista do ISEP/Programa de Mestrado em Ciências Pedagógicas. v. 3, n. 1, out. 2004.Disponível em:http://www.isep.com.br/FORUM5.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2010.

LIMA, G. F. C. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambiente e Sociedade, Campinas, ano II, n. 5, p. 135-153, 2º semestre 1999.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. LAYRARGUES, Philippe Pomier. CASTRO, Ronaldo Souza de. – Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. (Orgs.). São Paulo: Cortez, 2002.

MORAES, E.C.F.; SZNELWAR, R.B. e FERNÍCOLA, N.A.G.G. Manual de toxi-cologia analítica. São Paulo: Roca, 1991.

MORTIMER, E.F. Construtivismo, mu¬dança conceitual e ensino de ciências: para onde vamos? Investigações em En¬sino de Ciências, v. 1, n. 1, p. 20-39, 1996.

MOREIRA, F.R. e MOREIRA, J.C. A importância da análise de especiação do chumbo em plasma para avaliação dos riscos à saúde. Química Nova, v. 27, n. 2, p. 251-260, 2004

REIGOTA; NOAL; BARCELOS. Educação ambiental: fragmentos de sua história no Brasil. In: As tendências da educação ambiental brasileira. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

SAUVÉ, L, Uma cartografia das correntes em Educação Ambiental, In: SATO, Michele: CARVALHO, Isabel C, Moura (Orgs.). Educação Ambiental. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 17-44.

SANTOS, Edna Maria dos; FARIA, Lia Ciomar Macedo de. O educador e o olhar antropológico. Fórum Crítico da Educação: Revista do ISEP/Programa de Mestrado em Ciências Pedagógicas. v. 3,n. 1, out. 2004. Disponível em: <http://www.isep.com.br/FORUM5.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2010.

SANTOS, Elaine Teresinha Azevedo dos. Educação ambiental na escola: conscientização da necessidade de proteção da camada de ozônio. 2007. Monografia (Pós-Graduação em Educação Ambiental) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria-RS, 2007.

Silva, M.S.R. 1996. Metais pesados em sedimentos de fundo de igarapés (Manaus-Am). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Pará, Belém, PA. 109pp.

VALLS, M. e LORENZO, V. exploiting the genetic and biochemical capacities of bacteria for remediation of heavy metal pollution. FEMS Microbiology Reviews, v. 26, p. 327-338, 2002.

ZANETI, Izabel.C.B.B. Educação Ambiental, Resíduos sólidos urbanos e Sustentabilidade. Um estudo de caso sobre o sistema de gestão de Porto Alegre, RS. Tese de Doutorado. Centro de Desenvolvimento Sustentável- UnB, 2003.