Autores

Souza, A.L.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Jacaúna, M.C. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Ribeiro, I.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Pereira, P.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Almeida, J.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Tavares, R.X. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Souza, C.G. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Filho, J.N.A.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA) ; Marques, A.S.V. (SEDUC - AMAZONAS) ; Zanelato, A.I. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA)

Resumo

Este trabalho trata-se de um relato de experiência de uma atividade desenvolvida por bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) através do subprojeto de Química da Universidade do Estado do Amazonas no Colégio Batista de Parintins (CBP). O mesmo teve como objetivo desenvolver postagens de divulgação científica sobre o tema oxigenação do corpo humano para aula de gases na disciplina de Química, ministrada de forma remota para estudantes da segunda série do Ensino Médio de uma escola pública do município de Parintins. A abordagem desse assunto proporcionou aos estudantes olhares mais críticos no que diz respeito ao atual cenário pandêmico e aos cuidados com a saúde.

Palavras chaves

OXIGENAÇÃO DO CORPO; GASES; DIVULGAÇÃO CIÊNTÍFICA

Introdução

A pandemia da COVID-19 fez com que instituições de ensino do mundo inteiro adotassem o Ensino Remoto Emergencial para dar continuidade ao ano letivo (RONDINI; PEDRO; DUARTE, 2020). Nesse novo cenário, houve a necessidade de introduzir novas metodologias que melhor atendessem ao ensino do conhecimento científico, um fator indispensável dentro das salas de aulas. A responsabilidade do professor em fazer com que o ensino da Ciência transforme seus alunos em homens e mulheres mais críticos nunca se fez tão importante quanto para o atual momento (CHASSOT, 2011). Diante desse contexto, a oxigenação do corpo humano, assunto muito relacionado à situação vigente, emergiu como tema para produção e publicação de conteúdo em redes sociais como uma extensão do assunto trabalhado dentro de sala de aula, uma via oportuna para divulgação científica. Melo (1982, p. 21) aponta que a divulgação científica deve difundir o conhecimento científico a toda a população sem exceção, devendo [...] promover a popularização do conhecimento que está sendo produzido nas nossas universidades e centros de pesquisa, de modo a contribuir para a superação dos problemas que o povo enfrenta. Deve utilizar uma linguagem capaz de permitir o entendimento das informações pelo leitor comum. Nesse sentido, o trabalho se dá como um relato de experiência dos bolsistas do PIBID, onde o assunto abordado, além de divulgado nas plataformas Instagram e Facebook no intuito de corroborar com conteúdo informativo à saúde coletiva, foi trabalhado como tema na aula de gases na disciplina de Química durante a Ensino Remoto Emergencial, via WhatsApp, com alunos da 2ª série do Ensino Médio de uma escola pública estadual, localizada no município de Parintins.

Material e métodos

Através de várias reuniões em grupo, via WhatsApp, as atividades iniciaram-se com a criação dos perfis nas plataformas sociais Instagram e Facebook, para divulgação de trabalhos dos bolsistas do PIBID durante o período letivo. Após a criação dessas plataformas, houve discussão com a professora supervisora e com os demais bolsistas a fim de definir os temas e as duplas que ficariam responsáveis pela pesquisa, criação e divulgação dos conteúdos a serem definidos. Para criação dos conteúdos utilizou-se a plataforma de design gráfico CANVA, que permite aos usuários criarem banners, infográficos, slides e até mesmo imagens informativas. Com base no tema sobre oxigenação do corpo humano foram produzidas seis imagens informativas com quatro dicas e uma curiosidade sobre o tema. Enfatizamos, inicialmente, que na primeira imagem, como forma de chamar atenção para o assunto, fez-se o seguinte questionamento ao leitor: “É possível melhorar a oxigenação do nosso corpo?”. Na segunda semana do mês de maio de 2021, foi publicado o conteúdo nas redes sociais com a finalidade de compartilhar informações importantes para o público sobre como oxigenar o corpo humano durante o período de pandemia. A intenção da divulgação do conteúdo informativo sistematizado suscitou em contribuir para a saúde da população e buscar orientá-la diante de um cenário onde pessoas perderam a vida pela falta de oxigênio. Por fim, a atividade desenvolvida foi aplicada de forma remota através do grupo de WhatsApp para uma média de 157 estudantes do segundo ano do Colégio Batista de Parintins, no turno vespertino, como tema para aula de gases da disciplina de química. O assunto foi trabalhado de forma didática para melhor compreensão da turma, com apoio da professora supervisora do subprojeto.

Resultado e discussão

A partir da produção do conteúdo e a efetivação das postagens desse material nos perfis de divulgação, atingiu-se o público em geral e os alunos da referida escola onde o subprojeto de química é trabalhado. Imagens dos perfis (Figura 1 A e B) e capturas das publicações (Figura 1 C e D). Com as aulas limitadas pelo grupo de WhatsApp, desenvolvidas somente de forma remota através dessa plataforma de comunicação e realizadas durante quatro dias na semana, a Secretaria de Educação definiu as sextas feiras como planejamento para os docentes, com cinco tempos de aula como no ensino presencial. Desse modo, o material preparado pelos professores, com formatação em PowerPoint e PDF, era adicionado por eles conforme os tempos de aula no grupo do WhatsApp. Em seguida, eles enviavam áudios explicando o conteúdo e, na sequência, abriam o grupo para os estudantes tirarem suas dúvidas. Essa foi a forma encontrada pelos docentes para trabalhar o conteúdo dada a realidade da nossa região, com serviço de internet muito deficiente. “O intuito do ensino remoto não é estruturar um ecossistema educacional robusto, mas ofertar acesso temporário aos conteúdos curriculares que seriam desenvolvidos presencialmente” (RONDINI; PEDRO; DUARTE, 2020, p. 43). Assim, a aplicação da atividade desenvolvida pelos bolsistas, vinculada ao conteúdo programático da disciplina de química, assunto de gases, foi abordado com a mesma metodologia aplicada pelos docentes, onde a maioria dos alunos conseguiu assimilar os conhecimentos científicos explanados sobre o assunto com o atual momento pandêmico e o quanto esse conhecimento pode ajudar, de forma significativa, no cuidado com a saúde. Capturas da aplicação do conteúdo (Figura 2).

Figura 1

Imagens dos perfis (Figura 1 A e B) e capturas das publicações (Figura 1 C e D).

Figura 2

Capturas da aplicação do conteúdo (Figura 2).

Conclusões

Na Educação, professores tiveram que reinventar sua didática e metodologias de ensino, lidar com ferramentas tecnológicas digitais e os estudantes de aprender e encarar junto com os professores as dificuldades no Ensino Remoto Emergencial. A atividade propiciou aos alunos olhares mais críticos no que diz respeito ao conhecimento científico produzido. Vemos no Ensino de Química potencialidade para contribuir socialmente e cientificamente na produção de conteúdo informativo vinculado a realidade dos alunos, garantindo conhecimento pautado na Ciência para os cuidados com a saúde coletiva.

Agradecimentos

À CAPES através do financiamento de bolsa pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) ao Colégio Batista de Parintins e a Professora Supervisora.

Referências

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação / Attico Chassot – 5. Ed., ver. – Ijuí: Ed. Unijií, 2011. – 368 p. – (Coleção educação em química).

MELO, J. M. Impasses do Jornalismo Científico. Comunicação e Sociedade, n.7, pp. 21, 1982.

RONDINI, C. A.; PEDRO, K. M.; DUARTE, C. dos S. Pandemia do covid-19 e o ensino remoto emergencial: mudanças na práxis docente. EDUCAÇÃO, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 41–57, 2020. DOI: 10.17564/2316-3828.2020v10n1p41-57. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/9085. Acesso em: 29 jun. 2021.