Autores

Martins, A.G.P. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Martins, M.T. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Santos, G.S.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Pinheiro, S.O. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Urcezino, A.S.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

O objetivo do presente trabalho foi sistematizar os assuntos do conteúdo programático presente nos editais da OCESQ para contribuir para a formação de planos de estudos para o exame, bem como divulgar a olimpíada como propagadora de ciência. Para tanto, foi feita a análise quantitativa das questões das provas de Química Geral das últimas quatro edições da OCESQ. Desse modo, foi desenvolvida uma tabela com a frequência com que os temas se repetem. Observou-se que as temáticas 2, 5 e 8 contidas no conteúdo programático da área de Química Geral da OCESQ são os conteúdos mais exigidos nas provas, e sua repetição faz com que se possa direcionar melhor o estudo dos alunos olímpicos.

Palavras chaves

Química Geral.; Olimpíada.; Ciência.

Introdução

Sendo uma seletiva para a participação na Olimpíada Brasileira do Ensino Superior de Química (OBESQ), a Olimpíada Cearense do Ensino Superior de Química (OCESQ) é organizada anualmente, administrando provas a respeito do conhecimento teórico em cinco grandes áreas da Química, são elas: Química Geral, Química Inorgânica, Química Orgânica, Físico-Química e Química Analítica. Cada uma é explorada em questões divididas por três níveis de dificuldade. O nível 1 contém as questões de conhecimento introdutório de cada assunto. Já o nível 2 apresenta questões de entendimento intermediário. As de nível 3, por sua vez, engloba questões que necessitam de uma compreensão mais avançada da Química. A prova é organizada em duas etapas. A primeira, composta por questões objetivas, é de caráter eliminatório e é o objeto deste estudo. A segunda, que é classificatória para a OBESQ e as premiações, ocorre com questões discursivas, porém, não está no escopo deste trabalho. Diante do exposto, analisar quantitativamente as provas da OCESQ é de grande valia quando se almeja sistematizar esse conhecimento a fim de elaborar um caminho mais simplificado para um método de estudos. Saber as temáticas que mais caem nas provas leva à otimização do tempo de estudos e pode exercer um efeito de nivelamento sobre a concorrência (MCGREW, 1984). Assim, foi realizado um levantamento das provas de Química Geral das quatro primeiras edições da OCESQ, visando à complementação de uma sequência de trabalhos apresentados na XXVI Semana Universitária da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Além disso, tem-se o objetivo de divulgar a Olimpíada (MATOS, 2017) e estruturar, de forma quantitativa, o conhecimento exigido mais expressivamente ao longo das edições, dando condições de, como Armbrecht et al. (2014) mencionam, conhecer melhor este tipo de teste para aperfeiçoar o conhecimento do estudante.

Material e métodos

Inicialmente, foram reunidas as provas da primeira fase das quatro edições anteriores da OCESQ, que se encontram disponíveis no site oficial da Olimpíada (http://ceara.obquimica.org/). Foi definido que a análise ocorreria somente nas provas de primeira fase devido à indisponibilidade das provas de segunda fase nos arquivos da competição. Cada área da Química tem suas subáreas descritas nos editais, assim as questões são estruturadas em base destas subáreas. A metodologia utilizada baseou-se na análise das questões uma a uma, definindo a qual subárea pertencia cada uma delas e enumerando sua frequência. O nível de dificuldade não foi levado em consideração, visto que todas as questões exigem um conhecimento geral das bases iniciais da Química. Ao fim, o quantitativo foi disposto em forma de tabela com as áreas de maior recorrência para melhor visualização.

Resultado e discussão

Os resultados das análises das provas de Química Geral obtidas nas edições anteriores encontram-se resumidos na Tabela 01. A partir dos resultados, tem-se que todas as subáreas descritas no edital já apareceram ao menos uma vez nas quatro edições da competição, mostrando que as provas, até o presente momento, abrangem, de forma fidedigna, os conteúdos propostos em seu programa. Porém, o foco deste trabalho se destina aos que aparecem com uma frequência/repetição maior. Assim, ao observar a Tabela 01, pode- se inferir que as temáticas indicadas com os números 2, 5 e 8, numeração correspondente à distribuição do conteúdo programático no edital da Olimpíada, são as que têm maior frequência nas provas de Química Geral da OCESQ. Portanto, um planejamento de estudo mais focado nessas áreas pode ser mais eficaz e gerar melhores resultados no desempenho para a olimpíada. Nesse âmbito, tem-se, na Tabela 02, um plano de estudos elaborado com um método tradicional para Química Geral, baseado na Tabela 01, distribuindo todos os temas presentes no conteúdo programático da OCESQ, mas priorizando os mais recorrentes.

Tabela 01.

Repetição das subáreas nas provas de Química Geral da OCESQ.

Tabela 02.

Plano de estudos para Química Geral.

Conclusões

A partir do exposto, conclui-se que as temáticas 2, 5 e 8 são as que se apareceram com maior frequência, sendo os conteúdos mais exigidos. Desse modo, pode-se fazer um direcionamento inicial de estudos, ressaltando que os outros itens do conteúdo programático de Química Geral da OCESQ também podem ser exigidos e que são importantes. Em suma, uma análise de conhecimento de suas questões é essencial como direcionamento de estudos para esta competição acadêmica.

Agradecimentos

Referências

ARMBRECHT, J. P., et al. Description and Preliminary Evaluation of a Program for Improving Chemistry Learning in High School Students. Journal Of Chemical Education, Cali, v. 91, n. 9, p. 1439-1445, 30 jul. 2014. American Chemical Society (ACS). http://dx.doi.org/10.1021/ed400347z. Disponível em: https://pubs.acs.org/doi/full/10.1021/ed400347z. Acesso em: 06 jul. 2022.

MATOS, J. G. J. D.. Análise da olimpíada pernambucana de química numa proposta integrativa de aprendizagem. Anais IV CONEDU, Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/35792>. Acesso em: 08/07/2022 20:55

MCGREW, L. A. Having fun with chemistry. Journal of Chemical Education, Cedar Falls, v. 61, n. 6, p. 535-536, jun. 1984. American Chemical Society (ACS). http://dx.doi.org/10.1021/ed061p535. Disponível em: https://scholarworks.uni.edu/facpub/4830/. Acesso em: 06 jul. 2022.