Autores

Costa, A.R.C. (IFMA) ; Fonseca, A.S. (IFMA) ; Marques, G.N. (IFMA) ; Costa, A.C. (CEM GONÇALVES DIAS)

Resumo

É impossível pensar em química e não ver a ligação indissociável que há com a experimentação. A pesquisa realizada em uma escola pública de São Luís, Ma focou a importância de trabalhar a experimentação como forma de diminuir as dificuldades em assimilar os conteúdos abordados em sala de aula. Nesse sentido, as aulas experimentais tornam-se um elo entre o imaginário e a realidade, de um modo que possibilitou os alunos verem na prática a importância da química no dia a dia através de experimentos que foram adaptados com materiais de baixo custo os quais podiam ser encontrados nas suas casas. Os resultados mostraram o caráter motivador do uso dessa metodologia, pois os alunos sentiram maior interesse pela disciplina além de participarem mais nas aulas o que tornou o ensino mais dinâmico.

Palavras chaves

Ensino de Química; Experimentos; metodologia

Introdução

Os atuais créditos dados a química é que esta deve contribuir para criar uma visão mais tridimensional a assuntos relacionados ao dia-a-dia dos alunos utilizando métodos experimentais. Os alunos compreendendo isso desde cedo, descobrem que estudar química pode ser fácil e divertido, principalmente quando esse ensino é trabalhado de forma prática e atraente. A química é uma ciência que requer a experimentação dos resultados e que sem esse método não há um estudo aprofundado sobre a teoria para uma melhor compreensão. É ai que nos confrontamos com a importância do ensino experimental para auxiliar o que antes fora aprendido na teoria. As aulas no laboratório proporcionam uma maior aproximação dos alunos com a disciplina. Segundo Freire (1997), para compreender a teoria é necessário experimentá-la. Uma lógica quase esquecida na atual conjuntura educacional ora pela falta de equipamentos para realização das aulas pratica ou até mesmo por não haver espaço físico para as mesmas. Conforme Giordan (1999), em seus depoimentos, os alunos costumam atribuir à experimentação um caráter motivador, lúdico, essencialmente vinculado aos sentidos, como também aprofundamento do conhecimento pela prática. Por outro lado, não é incomum ouvir de professores a afirmativa de que a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas de pauta. Atestando o pensamento de Giordan (1999), Silva e Zanon (2000), compreendem que a atividade experimental deve ser desenvolvida, sob orientação do professor, a partir de questões de conhecimento prévio dos alunos por meio das expositivas teóricas.

Material e métodos

Dentre os instrumentos de coletas de dados, optou-se, devido a particularidade do estudo, a dar primazia a entrevista com o professor de química da escola e os alunos. Essa entrevista era feita toda vez que houvesse aula pratica, com mediante perguntas que tem uma ligação com o assunto. Houve também um levantamento minucioso de informações que se deu por meio de questionários respondidos pela direção da escola acerca da indagação sobre a importância desse projeto para a instituição. As aplicações das aulas ocorreram em três etapas e em todas elas primeiramente o professor trabalhava os assuntos que tinham ligação direta com os assuntos. Em todas as experiências foi-se utilizado materiais que facilmente podiam ser encontrados em casa como por exemplo copos e recipientes de plásticos de plásticos, leite, detergente e tintas de colorir para a experiência de solubilidade.

Resultado e discussão

Participaram 35 alunos de forma direta e mais de 300 de forma indireta, esses alunos diretamente envolvidos eram da turma 108 da escola estadual Dr, João Bacelar Portela, mantida pelo governo do estado do Maranhão. Ou outros que participaram de forma indireta responderam questionários no dia da apresentação dos alunos na mostra de ciência da escola, na qual os alunos da turma escolhidas mostraram seus conhecimentos obtidos no decorrer do projeto de extensão. Os alunos preencheram questionários para que os dados pudessem ser avaliados de forma mais ampla. Também participaram da pesquisa a professora de química da turma, a coordenação pedagógica da escola e o diretor. Os alunos iniciaram o projeto com um questionário para saber mais sobre seus conhecimentos, 83% dos alunos disseram não compreender ou se interessar pelos conteúdos da matéria, além desses outros 8 alunos disseram não ter dificuldades e gostar da matéria e que dedicavam boa. Foi analisado também o conhecimento prévio que os alunos tinham a respeito de reagentes de laboratório que foram utilizados na pesquisa e estavam definidos no livro didático dos alunos, 86% respondeu de forma correta as questões referentes a esse tema. E no fim da pesquisa 96% dos alunos participantes diretamente da pesquisa disseram estar satisfeitos com a metodologia aplicada e que ajudou na assimilação dos conteúdos já estudados em sala.

Conclusões

A partir da pesquisa pode ser percebido que o atual enfoque sócio pedagógico utilizado na escola pública deixa a desejar quando se fala em contextualização dos conteúdos e a aproximação do ensino-aprendizagem. O uso dos materiais alternativos para o ensino de química ajudou de forma positiva na aprendizagem dos alunos, considerando os questionários aplicados antes e depois do projeto. Propiciando aos alunos a acumulação, organização e relação das informações necessárias para elaboração dos conceitos fundamentais da disciplina, bem como a afinidade da química com o cotidiano.

Agradecimentos

CEM Gonçalves Dias à professora Anaildes que nos ajudou na pesquisa

Referências

FREIRE, Paulo & SHOR, Ira. Medo e ousadia: cotidiano do professor. 5ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIORDAN, M. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola. N. 10, p. 43-49, 1999.

SILVA, L.H.de A.; ZANON, L.B. A experimentação no ensino de Ciências. In: SCHNETZLER, R.P.; ARAGÃO, R.M.R. Ensino de Ciências: Fundamentos e Abordagens. Piracicaba: CAPES/UNIMEP, 2000. 182 p.