Autores

Lourenço, F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA) ; Souza, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA) ; Rizzatti, I.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE RORAIMA)

Resumo

O presente trabalho surgiu de uma proposta de projeto de intervenção realizado com uma turma de terceiro ano do ensino médio de uma escola pública da cidade de Rorainópolis, em Roraima, e teve como objetivo auxiliar os estudantes na compreensão dos conteúdos de química orgânica. Para tanto, construiu-se modelos moleculares com os alunos dentro da sala de aula a partir de balas de goma e palitos de dentes, com intuito de facilitar a assimilação e o aprendizado sobre os conceitos de geometria molecular. A proposta se mostrou eficiente para a visualização tridimensional das moléculas, sendo também um material de baixo custo e de fácil aquisição.

Palavras chaves

Química verde; Desenvolvimento sustentáv; Educação Ambiental

Introdução

Muitos professores têm observado as dificuldades de estudantes em compreender e acompanhar determinados conteúdos em diversas disciplinas que fazem parte da divisão curricular do ensino médio, principalmente, na área das ciências exatas, resultando, na maioria das vezes, em baixo desempenho. Na disciplina de Química esse baixo desempenho é corriqueiro em várias salas de aula. Por esse motivo, o Ensino de Química tem sido uma das grandes preocupações para alguns pesquisadores na área de educação. Entretanto, ainda há vários professores que necessitam assumir seu papel fundamental de agente de transformação. Pereira e Freitas (2004) entendem que é necessário que o professor busque seu aperfeiçoamento e atualização, pensando em sua prática pedagógica. Neste sentido, o docente deve procurar metodologias diferenciadas que estimulem seus estudantes (BERGAMO, 2010). Este trabalho teve como objetivo analisar o uso de balas de goma na assimilação dos conceitos de cadeias carbônicas na 3ª ano do ensino médio em uma escola de Rorainópolis, Roraima, verificando, a partir disso, os limites e possibilidades ao utilizá-las em sala de aula na Educação Básica.

Material e métodos

Para esta pesquisa de caráter qualitativo, utilizou-se a observação direta para avaliar as dificuldades de 15 estudantes 3o ano do ensino médio, do período vespertino, da Escola Estadual José de Alencar, localizada no município de Rorainópolis, Roraima. Os estudantes se encontravam na faixa etária entre 14 e 18 anos. Inicialmente, para conhecer as dificuldades dos alunos, e analisar suas opiniões sobre a prática de ensino utilizada pelo professor aplicou-se um questionário inicial contendo quatro questões. Ao final, aplicou-se um questionário final, para considerar se houve aprendizagem significativa através da metodologia diferenciada proposta à sala de aula. A proposta baseou-se na construção de cadeias moleculares, empregando balas de goma coloridas e palito de dentes, para auxiliar os estudantes na visualização tridimensional das geometrias moleculares.

Resultado e discussão

Analisando as respostas dos estudantes no primeiro questionário foi possível elaborar um diagnóstico sobre as dificuldades enfrentadas por eles nas aulas de química orgânica e todos relataram que não conseguem assimilar o conteúdo programado de forma produtiva e que sempre tiveram muita dificuldade na disciplina de química. Avaliando os diversos problemas referentes às cadeias carbônicas relatados pelos estudantes, propôs-se o uso de balas de goma no estudo de cadeias carbônicas, como proposta de uma metodologia diferenciada que pudesse auxiliá-los no estudo de conceitos, classificação e nomenclatura das cadeias carbônica. A turma foi dividida em três grupos, e após escrever as fórmulas estruturais planas de diversos compostos no quadro, os estudantes teriam que montá-las com balas de goma e palitos de dente (Figura 01). Após, eles teriam que explicar se a cadeia era fechada ou aberta, homogênea ou heterogênea, saturada ou insaturada e, por último, teriam que indicar a nomenclatura oficial de acordo a IUPAC dos compostos construídos. Os alunos foram avaliados durante a aplicação da metodologia diferenciada. No início os estudantes estavam com dificuldades em montar as estruturas e classificar as cadeias construídas, porém, no decorrer da aula, começaram surgir as facilidades, e já classificavam e indicavam a nomenclatura das cadeias de maneira eficaz.

Molécula de Ciclopropano

Figura 1. Construção da Molécula de Ciclopropano

Conclusões

A metodologia diferenciada proporcionou aos alunos uma aprendizagem espontânea, onde todos puderam participar, mostrando que aprender de maneira atrativa, agradável e participativa é possível. As aulas inovadoras podem facilitar a aprendizagem, pois animam os estudantes, estimulando-os a participarem das dinâmicas.

Agradecimentos

A UERR.

Referências

PEREIRA, Eliana da Costa; FREITAS, Soraia Napoleão. Informática e educação inclusiva: desafios para a qualidade na educação. Revista educação especial. v. 1, n. 23, p.35-43, 2004.
BERGAMO, M. O uso de metodologias diferenciadas em sala de aula: uma experiência no ensino superior. São Paulo: Summus, 2010.