Autores

da Silva, M.C. (UEPA) ; da Costa, D.R.M. (UEPA)

Resumo

O desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação e a facilidade de acesso a estas permitem refletir como se propaga a utilização destas ferramentas no processo de ensino e aprendizagem. Os OA como frutos dessas tecnologias permitem que o ensino de química seja estudado em diferentes espaços e contextos. Foram trabalhados os cálculos de concentração de soluções, do 2º ano do ensino médio, através de uma simulação virtual intitulada “Fábrica de Perfumes”. Neste sentido, analisar o OA empregado como recurso pedagógico e as relações existentes entre as novas tecnologias de informação no ensino de química tornaram questões norteadoras deste trabalho. Assim, permitiu compreender a utilização e contribuição dessas ferramentas processo de ensino-aprendizagem em química.

Palavras chaves

objeto de apendizagem; metodologia; marabá

Introdução

Atualmente o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação – NTIC é frequente, e que leva uma crescente globalização de informações conforme Barros & Carvalho (2011), acarretada principalmente pelo aumento de usuários nas redes sociais e em aplicativos de mensagens instantâneas. Rocha (2012) enfatiza que a utilização de tecnologias diversificadas como os recursos computacionais podem contribuir no processo de ensino-aprendizagem em química, uma vez que, as aulas tornam-se mais dinâmicas e os conteúdos ganham a perspectiva de serem estudados em vários espaços e contextos. Neste sentido, objetos de aprendizagem – OA, são recursos digitais, de suporte multimídia e de linguagem multimídia (podendo ser uma imagem, animações, entre outros), de caráter pedagógico que tem como objetivo apoiar e favorecer a aprendizagem Silveira, C. et.al., (2014). Desta forma pretendia- se compreender as relações existentes entre novas tecnologias de informação e comunicação com o ensino de química através de um OA intitulado de “Fábrica de Perfumes” e analisar o OA empregado como recurso pedagógico.

Material e métodos

O trabalho foi desenvolvido em uma turma (25 alunos) do 2º ano do ensino médio, turno vespertino, da E. E. E. M. Profa. Acy Barros do município de Marabá-PA. Em que se utilizou para fins deste trabalho o objeto de aprendizagem “Fábrica de Perfumes” disponível em link, http://www.labvirtq.fe.usp.br/ e em formato de simulação virtual, que envolve o conteúdo de concentrações de soluções químicas, estudado no 2º ano do ensino médio. Os educandos foram para o laboratório de informática da instituição, onde cada aluno trabalhou em um computador. Vale destacar que os educandos responderam dois questionários, um antes e outro depois de fazerem uso do recurso digital e ao final houve uma discussão acerca do objeto de aprendizagem utilizado.

Resultado e discussão

O ensino de química que muitas vezes apresenta-se fragmentado deve compreender e entender o pensamento crítico do educando sobre as novas tecnologias e a aprendizagem. Neste sentido, na pergunta 1 do 1º questionário 90% dos educandos afirmaram que encontram dificuldades em compreender o conteúdo soluções, de acordo com Carmo, M. et.al., (2008) as dificuldades de compreensão neste conteúdo está em compreender o nível microscópico que este conteúdo se encontra e é trabalhado. Posteriormente indagados se sabiam o que eram um OA e/ou já haviam utilizados algum, evidenciou-se que 70% não sabiam do que se tratava um OA. Questionados sobre os recursos digitais no contexto escolar, 100% afirmaram que as novas tecnologias como o celular e computador, contribuem sim em uma melhor aprendizagem no ensino de química. Após a utilização do recurso, os educandos foram indagados como avaliavam o OA 50% classificou como excelente 30% como regular e 20% como bom, em seguida, 100% expuseram que a simulação virtual utilizada contribuiu de alguma maneira na compreensão dos cálculos de concentrações de soluções, depois, afirmaram novamente, em 100% que os OA e as NTIC contribuem para a aprendizagem uma vez que se tornam mais independentes e autônomos na busca do conhecimento. Benite, A. et.al., (2011) dizem que o desenvolvimento de tecnologias digitais e a proliferação de redes interativas passam a colocar o ensino de química diante de um caminho sem volta, uma vez que os alunos de hoje são considerados nativos da era digital.

Conclusões

Avaliando o nosso ensino de química, que muitas vezes é apresentado aos alunos somente no quadro e nos livros, a utilização de objetos de aprendizagem como a “Fábrica de Perfumes”, vem para contribuir no processo de ensino-aprendizagem, deixando os educandos mais autônomos na busca de conhecimentos, de modo que a utilização das NTIC apresenta-se como uma metodologia inovadora e eficaz para os educandos, tornando – os mais críticos.

Agradecimentos

A Universidade do Estado do Pará, Campus de Marabá e a E. E. E. M. Profa. Acy Barros.

Referências

BARROS, M. G; CARVALHO, A. B. G. As concepções de interatividade nos ambientes virtuais de aprendizagem. In: SOUSA, Robson P; MOITA, Filomena M. S. da S. C; CARVALHO, Ana Beatriz G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação. Campina Grande: EDUEPB, 2011. p. 209-232.

BENITE, Anna M. Canavarro; BENITE, Cláudio R. Machado; FILHO, Supercil M. da Silva. Cibercultura em Ensino de Química: Elaboração de Objeto Virtual de Aprendizagem Para o Ensino de Modelos Atômicos. Química Nova na Escola. v.33, n. 02, p.71-76, mar. 2011.

CARMO, Miriam Possar; MARCONDES, Maria Eunice R. Abordando as Soluções em Sala de Aula – uma Experiência de Ensino a partir das Ideias dos Alunos. Química Nova na Escola. n. 28, p.37- 41, mai. 2008. Disponível em: << http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc28/09-AF-1806.pdf>> Acesso em: 13 set. 2014.

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SILVEIRA, Cátia; SCHUHMACHER, Elcio; SCHUHMACHER, Vera Rejane N.
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