Autores

Alves Silvestre, F. (UECE) ; da Conceição Tavares Cavalcanti Liberato, M. (UECE)

Resumo

Como docente de uma escola que adotou uma editora onde sua principal fonte de ensino são as mídias digitais, especificamente, com o uso de ipads e o espelhamento dos conteúdos em lousa digital, percebe-se o racionamento de tempo na hora da explicação, pois não é preciso copiar na lousa para depois explicar, agora com apenas alguns toques, pode-se personalizar o iPad dos alunos com materiais adequados aos seus níveis e estilos de aprendizado. A tecnologia, pode-se e deve-se ser usada com uma ferramenta interativa que estreita a distância do conhecimento, sobre tudo em química, do professor ao aluno. Foi perceptível a empolgação dos alunos nessa nova era da educação, por isso, o intuito desse trabalho é mostrar a importância das mídias digitais no processo de ensino-aprendizagem de alunos de química, com aulas interativas por meio de ipads.

Palavras chaves

Ensino; Mídias; Ipads

Introdução

A busca de especialização é indissociável do perfil do docente que, no processo comunicacional estabelecido com seus alunos, midiatiza o conhecimento, onde o papel do professor não é substituído, mas repensado como mediador no ensino e auxilia os alunos na busca e exploração dos dados existentes nas mídias (HACK e NEGRI, 2010). Segundo Brito (2001) a retórica das aulas expositivas, das conclusões apressadas, sem a participação do aluno no processo de aprendizagem, é uma das principais causas responsáveis pela monotonia e pelo pouco aproveitamento das aulas de química. Entretanto, torna-se um desafio para os professores a busca de novas estratégias de ensino que minimizem as dificuldades e facilite o aprendizado dos alunos. Um novo tempo, um novo espaço e outras maneiras de pensar e fazer educação são exigidos na sociedade da informação. O amplo acesso e o amplo uso das novas tecnologias condicionam a reorganização dos currículos, dos modos de gestão e das metodologias utilizadas na prática educacional (KENSKI, 2004, p.92). Faz-se necessário que o professor conheça as novas tecnologias e com elas melhorar à aprendizagem de seus alunos. Um professor de biologia ou de química pode, hoje, substituir uma parte das experiências de laboratório – que continuam formativas por outras razões – através das operações virtuais que tornam muito menos tempo e, portanto, densificam as aprendizagens, porque é possível multiplicar as tentativas e os erros, sabendo imediatamente os resultados, e modificar as estratégias de acordo com a necessidade. (PERRENOUD, 2000, p. 133). O intuito desse trabalho é mostrar a importância das mídias digitais no processo de ensino-aprendizagem de alunos de química, com aulas interativas por meio de ipads.

Material e métodos

A disseminação e utilização de tablets na sociedade é recente, em especial a partir do ano de 2010 com o lançamento do iPad. Estes dispositivos, em relação aos computadores, têm ganhado a preferência para acessar à internet. A simplicidade e rapidez para utilização, a interface amigável, a facilidade para instalar os aplicativos (Apps) que aos tablets dão múltiplas funcionalidades, são aspectos que contribuem para a rápida aceitação e disseminação deste tipo de dispositivo mundialmente. No contexto educacional, a mobilidade viabilizada por tablets, smartphones, entre outros dispositivos, proporciona o desenvolvimento do mobile learning (mlearning). O m-learning (aprendizagem móvel ou com mobilidade) se refere a processos de aprendizagem apoiados pelo uso de tecnologias da informação ou comunicação móveis e sem fio, cuja característica fundamental é a mobilidade dos aprendizes, que podem estar distantes uns dos outros e também em espaços formais de educação. A proliferação dos meios de comunicação de massa e de novas tecnologias provocou mudanças decisivas nos processos e comportamento da comunicação humana.

Resultado e discussão

A alfabetização informacional empodera as pessoas em todos os caminhos da vida para buscar, avaliar, usar e criar informações de forma efetiva para atingir seus objetivos pessoais, sociais, ocupacionais e educacionais. Esse é um direito humano fundamental no mundo digital e promove a inclusão social em todas as nações. A alfabetização midiática visa a interação entre os cidadãos, provendo-lhes competências (conhecimento, habilidades e atitude) necessárias para engajar a mídia tradicional com as novas tecnologias, incluindo os seguintes elementos ou resultados de aprendizagem: • Compreender o papel e as funções da mídia nas sociedades democráticas; • Compreender a condição sob a qual a mídia pode exercer suas funções; • Avaliar criticamente os conteúdos de mídia; • Engajar-se com a mídia para se expressar e participar democraticamente; e • Revisar habilidades necessárias para produzir conteúdo gerados por usuários. Cada um tem uma maneira de aprender, e como docente de uma escola que adotou uma editora onde sua principal fonte de ensino são as mídias digitais, especificamente, com o uso de ipads e o espelhamento dos conteúdos em lousa digital, percebe-se o racionamento de tempo na hora da explicação, pois não é preciso copiar na lousa para depois explicar, agora com apenas alguns toques, pode-se personalizar o iPad dos alunos com materiais adequados aos seus níveis e estilos de aprendizado. Com o iPad, pode-se ensinar a todos os alunos a mesma matéria, de maneiras diferentes. Os alunos não usam as mídias digitais só para assistir, ouvir ou ler, eles criam conhecimento com o equipamento midiático. De repente, o trabalho que os alunos precisam fazer se torna um trabalho que eles querem fazer, em um dispositivo que eles gostam de usar.

Conclusões

Quando bem utilizado nas aulas, as mídias digitais, como o caso do ipad, torna-se um suporte a mais para o trabalho dos professores, pois ele pode trabalhar o conteúdo de maneira interessante e significativa; pode fazer os alunos refletirem sobre os conteúdos; apresentar um universo novo ao aluno dentro da sala de aula. Além do trabalho que os alunos podem realizar tendo seu próprio ipad (ou um disponibilizado pela escola) para uso individual ou coletivo, o professor pode projetar seu conteúdo através do espelhamento, sua apresentação, páginas da internet, reportagens de jornal e imagens com mais agilidade e mobilidade. A tecnologia, pode-se e deve-se ser usada com uma ferramenta interativa que estreita a distância do conhecimento, sobre tudo em química, do professor ao aluno. Foi perceptível a empolgação dos alunos nessa nova era da educação.

Agradecimentos

A Universidade Estadual do Ceará

Referências

BRASIL – Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, p.135, 2006. (Orientações curriculares para o ensino médio; v. 2, p. 63, 2006).
BRITO, S. L. Um Ambiente Multimediatizado para a construção do Conhecimento em Química. Química Nova na Escola nº 14, novembro 2001.
HACK, J. R.; NEGRI, F. Escola e Tecnologia: a capacitação docente como referencial para a mudança. Ciência & Cognição 2010; Vol 15 (1) 089-099.
KENSKI, V. M.. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2. ed. Campinas: Papirus,2004. (Série Pratica Pedagógica).
PERRENOUD,Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.