Autores

Augusta da Silva Filha, V.L. (IF SERTÃO - PE CAMPUS FLORESTA) ; Lopes Soares Gomes de Sá, C. (IF SERTÃO - PE CAMPUS FLORESTA) ; Silva, H.C. (IFPB CAMPUS CABEDELO) ; Souza Silva, J.B. (IF SERTÃO PE CAMPUS FLORESTA) ; Marques Costa, A.J. (IF SERTÃO PE CAMPUS FLORESTA) ; Santos Mira, T. (IF SERTÃO PE CAMPUS FLORESTA) ; Nazário, M.A. (IF SERTÃO PE CAMPUS FLORESTA) ; Lopes Nunes, S. (IF SERTÃO PE CAMPUS FLORESTA)

Resumo

O presente trabalho relata a aplicação do minicurso Produção de Velas Artesanais, desenvolvido para alunos do nível médio de ensino e EJA (educação de Jovens e adultos). O minicurso foi preparado por estudantes do curso de licenciatura em química do IF Sertão pernambucano sob a orientação dos professores coordenadores do PIBID subprojeto-química campus Floresta-PE. Teve como objetivo fornecer a interlocução entre a ciência química e o cotidiano do aluno para uma aprendizagem significativa. Além de tornar a aula dinâmica e interativa à aplicação do minicurso possibilitou uma nova visão sobre conceitos químicos importantes, como as características físico-químicas da vela, sua composição e funções orgânicas.

Palavras chaves

Química; Minicurso; Aprendizagem

Introdução

As transformações metodológicas no ensino de química têm contribuído para uma aprendizagem significativa desta ciência, assim destaca-se a relevância do PIBID que favorece uma prática diversificada, bem como uma melhor qualificação na formação inicial de professores. Stanzani e colaboradores afirma que no PIBID os bolsistas estão envolvidos em práticas que buscam a inovação, a contextualização dos conceitos químicos e, assim, por meio das atividades propostas, o projeto procura mostrar aos licenciandos que é preciso enfrentar as adversidades da profissão docente, visando melhores condições no campo profissional (STANZANI, BROIETTI e PASSOS, 2012). Moreira e colaboradores enfatizam que nos cursos de educação de jovens e adultos devem-se valorizar a integração curricular, privilegiar as situações do cotidiano, práticas pedagógicas diferenciadas e introduzir aulas práticas para uma melhor qualidade do ensino da química nesta modalidade de ensino (MOREIRA, et al. 2013). Gomes, Silveira e Veras concluem que os minicursos conduzem a uma aprendizagem propícia ao vínculo interativo com temas afins, destacando-se a disciplina de Química, possibilitando a criatividade e despertando a curiosidade à proporção que o projeto é desenvolvido trazendo resultados satisfatórios (GOMES, SILVEIRA e VERAS, 2012). Buscando efetivar a aprendizagem significativa no ensino da ciência química optou-se em elaborar o minicurso “Produção de Velas Artesanais” para o público de 20 alunos das escolas onde o programa PIBID é desenvolvido.

Material e métodos

Na realização deste minicurso os materiais necessários foram: projetor de imagens, computador, impressora, roteiro instrutivo (manual), parafina sólida comercial (própria para produção de velas), panelas para o derretimento da parafina, termômetro, moldes, giz de cera para a coloração, colher de pau, cortadores ou faca de mesa, pavios parafinados, jornais antigos, fogão de duas bocas, aquecedor elétrico, essência não oleosa, béqueres, prendedores e vaselina sólida. O tempo total deste minicurso foi de três horas e sua aplicação aconteceu no IF Sertão – PE Campus Floresta fazendo parte do I Encontro GEDin Sertão (Grupo de Estudos em Gestão Educacional e Educação Indígena). A princípio optou-se em trabalhar os aspectos históricos da vela e sua utilização como fonte de luz, nesta etapa também houve uma exposição das descobertas relevantes para sua produção bem como a composição das velas que são vendidas atualmente. Após a exposição teórica houve a aplicação da prática de preparo de velas artesanais. Nesta fase seguia-se as instruções do roteiro ou manual, os alunos foram divididos em equipes e ficaram responsáveis pelo preparo, assim podiam escolher a cor e a forma de suas velas, cabendo aos bolsistas do PIBID à tarefa de mediação na realização da prática. Ao final do minicurso os alunos participantes poderiam levar as velas produzidas no laboratório, pois as mesmas já se encontravam prontas para a utilização.

Resultado e discussão

Durante a aplicação do minicurso houve a integração dos conceitos importantes para a produção das velas, tais como: aspectos físico-químicos que são primordiais para saber quanto tempo é preciso para ter-se o produto finalizado, a passagem de estado da matéria para este caso à parafina sólida, também foi um dos pontos de discussão, pois a fase de solidificação deveria ser observada para a introdução do pavio e aplicação da coloração juntamente com a essência disponível. Em todas as etapas os alunos participantes deveriam ter muita atenção para não cometer nenhum acidente, já que a parafina é um produto inflamável e em seu estado aquecido pode provocar queimaduras, portanto algumas instruções quanto ao manuseio foram transmitidas aos participantes. Pode-se refletir também sobre a interatividade entre os alunos que foi um destaque já que os mesmos pertenciam a diferentes modalidades de ensino como a EJA (Educação de Jovens e Adultos) e ensino médio integrado. A fase experimental confirma a curiosidade e o desejo de uma aprendizagem que alie a teoria na prática tornando o ensino de química mais realista e dinâmico como aponta Gomes, Silveira e Veras (GOMES, SILVEIRA e VERAS, 2012). Os educandos vivenciaram uma prática construtiva para o ensino significativo de química, portanto ficou evidente que esse método é eficaz quando se trata em aliar teoria e prática, como também proporcionar a interatividade entre os alunos. O minicurso como recurso para o ensino de química demonstrou ser uma boa alternativa e auxiliou os estudantes na compreensão dos conceitos químicos apresentados, proporcionando uma nova perspectiva sobre esta ciência.

Conclusões

A proposta de desenvolver aulas de química com metodologias inovadoras como o minicurso auxiliou no processo de reconstrução do conhecimento desta ciência tornando a aprendizagem significativa, os alunos obtiveram uma nova perspectiva quanto à disciplina e passaram a compreendê-la melhor. Consequentemente foram impulsionados a aliar a teoria com a prática e a conduzir uma estratégia para a obtenção de resultados, neste trabalho o recurso utilizado confirmou que é possível tornar o ensino desta ciência mais dinâmico sem perder o foco de sua educação.

Agradecimentos

A CAPES-PIBID, ao IF Sertão PE Campus Floresta e a Escola Estadual Deputado Afonso Ferraz, Floresta-PE.

Referências

GOMES, R. O. A.; SILVEIRA, F. A.; VERAS, E. Y. F. O. Uso de Minicursos como Recurso para o Ensino de Química na Perspectiva dos Alunos. XII CONNEPI, 2012. Disponível em http://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/view/828

MOREIRA, F. B. F. et al. Ensino de Química na Modalidade EJA: Uma Proposta de Produção de um Material Didático. IX CONGIC, 2013. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ocs/index.php/congic/ix/paper/viewFile/772/170

STANZANI, E. L.; BROIETTI, F. C. D.; PASSOS, M. M. As Contribuições do PIBID ao Processo de Formação Inicial de professores de Química. Química Nova na Escola, São Paulo, vol. 34, Nº 4, p. 210-219, 2012. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_4/07-PIBID-68-12.pdf