Autores

Pinto, J. (UERR) ; Rizzatti, I. (UERR) ; de Lima, E. (UERR)

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo construir a partir de um circuito adaptado um carrinho eletrônico para auxiliar didaticamente o professor no ensino de química. A atividade foi realizada com estudantes do 1o ano do ensino médio em uma escola pública em Boa Vista, Roraima. A aplicação do experimento do carrinho demonstrou ser de baixo custo e contribuiu para o processo ensino-aprendizagem facilitando os estudantes a compreenderem os conceitos de soluções, eletrólitos e a teoria ácido-base.

Palavras chaves

Soluções eletrolíticas; experimentação; teoria ácido-base

Introdução

A experimentação, enquanto proposta metodológica no ensino de química, tem sido bastante discutida e incentivada nos últimos anos, como forma de tornar a disciplina de química mais interessante e próxima do cotidiano do estudante. Neste sentido, a preocupação atualmente não é apenas ensinar química, mas educar quimicamente, formando alunos conscientes que sejam capazes de construir o aprendizado e ampliá-lo para além da sala de aula. Diversos trabalhos e diferentes autores relatam que o uso da experimentação como estratégia pode minimizar as dificuldades de ensino-aprendizagem enfrentadas por professores e alunos, permitindo a transformação da sala de aula em um local de discussão, onde os estudantes tomam-se agentes ativos (MASSAROTO, 2006). O objetivo deste trabalho foi construir um circuito elétrico para alimentar um carrinho, por meio de reações químicas, permitindo aos alunos uma aula mais participativa. Além de promover um ambiente investigativo combinando as teorias de soluções eletrolíticas e de ácido-base.

Material e métodos

O procedimento foi realizado durante uma aula de Química com 20 alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Gonçalves Dias no município de Boa Vista-RR. Foram preparadas soluções aquosas de hidróxido de sódio, cloreto de sódio, ácido cítrico, bicarbonato de sódio e sacarose, todas na concentração 0,1 mol/L. Para construção do circuito no carrinho, utilizou-se uma chave do tipo Philips para auxiliar na retirada dos fios. Ao lado da antena do carrinho foram feitos dois furos para a passagem de um fio condutor para a área externa. Na área superior do carrinho, foi colocado um pedaço de isopor com um orifício no centro para alocação do béquer que armazenará a solução eletrolítica. Como fonte de alimentação do circuito, O procedimento foi realizado durante uma aula de Química com 20 alunos do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Gonçalves Dias no município de Boa Vista-RR. Foram preparadas soluções aquosas de hidróxido de sódio, cloreto de sódio, ácido cítrico, bicarbonato de sódio e sacarose, todas na concentração 0,1 mol/L. Para construção do circuito no carrinho, utilizou-se uma chave do tipo Philips para auxiliar na retirada dos fios. Ao lado da antena do carrinho foram feitos dois furos para a passagem de um fio condutor para a área externa. Na área superior do carrinho, foi colocado um pedaço de isopor com um orifício no centro para alocação do béquer que armazenará a solução eletrolítica. Como fonte de alimentação do circuito, foi colocado na parte de trás do carrinho, uma bateria de 9 V (Figura 01) . Para o estudo do pH das soluções, foi utilizado o indicador universal. Figura 1 – construção do carro movido por reação química. Figura 2 – Apresentação do carro movido por reação química.

Resultado e discussão

Após a construção do carrinho juntamente com os estudantes foram realizados diversos testes utilizando as diferentes soluções preparadas anteriormente, para que os estudantes pudessem observar o que acontecia com o carrinho quando as soluções eram substituídas. Durante as atividades experimentais, os alunos registram as suas observações e, posteriormente os resultados obtidos foram organizados em uma tabela. Esse experimento permitiu aos alunos constatarem as diferentes condutibilidades elétricas das soluções utilizadas, por meio da velocidade do carrinho ou pela intensidade luminosa das lâmpadas. Com a realização do experimento do carro químico, observou-se maior interesse e motivação dos alunos, com a experimentação das soluções eletrolíticas e não eletrolíticas, os alunos puderam relacionar o fenômeno de ionização e dissociação ao conteúdo de ligações químicas abordado teoricamente em sala de aula. Além disso, relacionaram as substâncias de uso cotidiano como condutoras ou não condutoras de eletricidade e comprovaram, por exemplo, que o sal de cozinha ou bicarbonato de sódio dissolvido na água conduz eletricidade, pois há “íons livres”, diferentemente do que ocorre quando estão no estado sólido.

Conclusões

O carro químico demonstrou-se como um material de baixo custo e eficiente na prática, pois facilitou não só o processo de ensino aprendizagem no conteúdo de soluções eletrolíticas, mas também auxiliou no processo de aquisição de conhecimento de ácidos bases e sais, proporcionando ao aluno o raciocínio químico desejado.

Agradecimentos

UERR/PIBID. Esse trabalho é financiado pela CAPES através do Projeto PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência)

Referências

MASSAROTTO, ALEXANDRA M- Refletindo a prática pedagógica: conceito de ácido e base. 29ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2006. Disponível em: sec.sbq.org.br: http://sec.sbq.org.br/cd29ra/resumos/T0376-1.pdf.Acessado em:12 de Agosto de 2014