Autores

Rego Vieira da Luz, A.J. (IFMA) ; Damasceno de Macedo, A. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Silva Pereira, J. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Guimarães, J. (IFMA CAMPUS CAXIAS) ; Chaves Sousa, E.D. (IFMA CAMPUS CAXIAS)

Resumo

Os jogos têm ganhado espaço nos últimos anos no ensino da Química, mas torna-se necessário pensar e planejar o uso dessa proposta pedagógica, tornando-a mais consistente e eficaz. É necessário que os educadores e pesquisadores em Educação Química saibam o significado real do uso da educação lúdica para aplicar nos jogos e usá-los nas aulas de Química. Nesse contexto, o objetivo do projeto é criar jogos e apresentarreferências bibliográficas que exemplificam o uso dos jogos lúdicos como forma de ensino-aprendizagem. Para isso foi usada como metodologia a confecção dos jogos com materiais alternativos pelos pibidianos, relacionando assuntos ministrados em sala de aula pelos professores das escolas Santos Dumont e Clovis Vidigal nas três series do ensino médio. Através desses jogos o projeto

Palavras chaves

Educação Química; Lúdico; Ensino-aprendizagem

Introdução

Os jogos, de modo geral, sempre estiveram presentes na vida das pessoas, seja como elemento de diversão e/ou disputa,contudo nos dias de hoje eles podem ser usados como forma de aprendizagem.Um jogo para ser educativo precisa manter equilíbrio entre duas funções: lúdica e educativa, ou seja, para uma boa aplicação dos jogos educativos, é necessário o equilíbrio dessas funções para se obter um ensino prazeroso e uma aprendizagem significativa. SegundoKishimoto (1196), o lúdico está relacionado ao caráter de diversão e prazer que um jogo propicia. A educativa se refere a apreensão de conhecimentos, habilidades e saberes. Segundo Soares (apud Cavalcanti e Cols., 2007), o jogo é um instrumento que desperta o interesse, devido ao desafio que ele impõe ao aluno. O aluno desafiado busca com satisfação a superação de seu obstáculo, pois o interesse precede a assimilação (p.1.). Em nossa proposta, esse desafio vem com o interesse dos alunos, a aprenderem um pouco mais sobre o assunto exposto em sala de aula, pelos professores, de uma forma considerada monótona. De acordo com GOMES E RODRIGUES (2009, p. 5), é necessário criar novas formas de ensinar e aprender, onde o aprender aconteça de maneira lúdica e significativa, cujo espaço de aprendizagem possa ser transformado em um ambiente de autonomia, iniciativa, criatividade, senso crítico e responsabilidade.Os professores podem utilizar jogos didáticos como auxiliares na construção do conhecimento em qualquer área de ensino, isso também ocorre na química. Mas, deve-se frisar que a utilização dos jogos em sala de aula, não é memorizar os conceitos, nomes ou fórmulas, mas sim como forma de o estudante se familiarizar com a linguagem química e adquirir conhecimentos básicos para aprendizagens de outros conceitos.

Material e métodos

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de um projeto PIBID, realizado nas escolas Monsenhor Clovis Vidigal e Santos Dumont, localizadas na cidade de Caxias, estado do Maranhão, onde o mesmo consiste em aplicar jogos relacionados ao ensino/aprendizagem na área de Química. A pesquisa contempla 197 alunos nas duas escolas, sendo 62 alunos de 1º ano, 67 de 2° ano e 68 de 3º ano. É no espaço da sala de aula que acontecem os encontros, através de discussões, troca de experiência, interação entre alunos e alunos/pibidianos. Nesse contexto podemos observar quais dificuldades os alunos encontram no processo de aprendizagem, sendo os jogos criados a partir de assuntos ministrados pelos professores de ambas as escolas, na qual estão inclusas as três series do ensino médio. O trabalho foi dividido em três etapas: na primeira etapa é realizado um diagnóstico da turma, por meio de um questionário. A segunda etapa, ocorre a observação dos assuntos ministrados em sala de aula pelos professores das escolas, depois dessa observação os alunos bolsistas do projeto confeccionam um jogo, com materiais alternativos, com base no assunto ministrado em sala de aula. Na terceira etapa ocorre a aplicação do jogo, sempre após a finalização da explanação do conteúdo pelo professor, os jogos aplicados têm a finalidade de dinamizar e obter uma melhor assimilação dos conteúdos de Química.

Resultado e discussão

Os jogos têm como principal objetivo levar para os alunos uma forma mais dinâmica e divertida de aprender química, fazendo com que os alunos assimilem melhor o conteúdo. Na primeira etapa do projeto foi aplicado um questionário diagnóstico contendo 10 questões objetivas, aplicado nas três series de cada escola, totalizando 197 alunos, 97 na escola Santos Dumont e 101 na escola Clóvis Vidigal. Uma das perguntas do questionário trata da dificuldade dos alunos em aprender química. Os gráficos abaixo mostram as respostas. Gráfico 1- Respostas dos alunos das Escolas Clóvis Vidigal e Santos Dumont sobre a dificuldade na disciplina de química. A partir desses resultados e de observações feitas em sala de aula foram confeccionados alguns jogos, e estes foram aplicados, houve empolgação e participação por parte de todos os alunos de ambas as escolas. Depois de uma aplicação ocorre uma nova observação em sala de aula, para vivenciar a interação do aluno com o novo assunto, a partir disso são feitos outros jogos, e uma nova aplicação, e assim por diante. É importante ressaltar que para cada assunto se apresenta um novo jogo, para ser mantido o interesse dos alunos, pois cada jogo possui objetivos diferentes, fazendo com que o aluno seja cada vez mais motivado. No decorrer do projeto os alunos conseguiam, brincando, aprender e assimilar melhor os conteúdos propostos em sala de aula, fazendo assim decair essa porcentagem apresentada no gráfico acima.

Gráfico 01

Respostas dos alunos das Escolas Clóvis Vidigal e Santos Dumont sobre a dificuldade na disciplina de química.

Conclusões

Os jogos possuem grandes vantagens, pois ao mesmo tempo que ensinam, divertem. A utilização do lúdico tem se apresentado uma forma inovadora de ensino, por ser atrativa, isso faz com que os alunos aprendam brincando aqueles assuntos em que sentem mais dificuldade.

Agradecimentos

À Capes e ao IFMA Campus Caxias e às Escolas Monsenhor Clóvis Vidigal e Santos Dumont

Referências

GOMES. José Osmando e RODRIGUES. Jader. Aprender Brincando: Dinâmicas, muitas dinâmicas. Página 5. Editora Vozes. Petrópolis, RJ. 2009.
KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 1996.
SOARES, M.H.F.B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de Química. Universidade Federal de São Carlos (tese de doutorado, 2004).